"ANA CINTRA"
*Vicentina BRANT
Fui aluna da primeira turma do Jardim de Infância Ana Cintra, uma escola de fazer criança feliz...
A diretora da época e primeira delas - Graciana Coura de Miranda - era um amor de pessoa! Graciosa e zelosa com seus alunos, ela era presente e atuante em todas as nossas atividades. As minhas queridas professoras Noêmia Delgado (filha do Sr. Abelardo) e Terezinha Lara eram outros amores de pessoas, às quais sou eternamente grata pelos desafios. O Sr. Jaime, impecável, nos recepcionava todos os dias, com alegria e prontidão. A equipe administrativa garantia o funcionamento perfeito da escola, parecia uma extensão da nossa casa.
Logo nos primeiros dias de aula, ao voltar para casa cantando várias “cantigas de roda”, a minha mãe - saudosa Poetisa Maria Martins Vilaça - percebeu que a filha estava cantando corretamente e bem afinada, e se encantou! Sabe-se como são as mães: encantam-se com os seus filhos. Muito breve, ela soube que estrearia na ZYZ4 - Rádio Clube de Itaúna, o Programa “Garotas em Desfile”, tendo como produtor o grandioso (e agora saudoso) Cosme Silva. Foi quando então, aos meus 05 anos de idade, ela inscreveu-me para a primeira apresentação de estreia desse Programa.
Lembro-me que, no primeiro ano no Jardim, ganhei lá numa rifa, uma linda boneca da Estrela, oferecida pela loja “A Princesinha”. Dona Graciana, carinhosamente, sugeriu fazer o batizado. Pela equipe foi escolhido o padre e por mim, os 04 padrinhos (batismo, representação e consagração). A organização da festa foi por conta da “vovó da boneca” (minha mãe, na época com 21 anos de idade) que soube cuidar de tudo com primazia e muito amor! Tenho um grande sonho de descobrir e rever o padre e essas minhas comadres/compadre, rsrs...
No Jardim nenhum evento, datas nobres e comemorações oficiais, passava despercebido aos olhos de D. Graciana. Tudo era motivo de comemoração a rigor, ora na Escola, ora no Automóvel Clube. Festas tão elegantes quanto ela e a sua equipe. A presença das famílias era um critério. A boneca recebeu o nome de Elizabeth, nome com o qual eu seria registrada. Porém, a avó materna pediu à sua filha (minha mãe) que meu nome fosse Vicentina, no que foi prontamente atendida.
Acredito que D. Graciana, com a sua sabedoria e expertise na educação e no estreito relacionamento com as famílias e o Município, foi capaz de formar bons frutos para o país e o mundo.
*Vicentina Brant estudou no Jardim de Infância Ana Cintra, nos anos de 1956 e 1957. Trabalhou na CFLMG e depois foi transferida para a CEMIG, onde trabalhou no Serviço Social até aposentar-se por tempo de serviço. Não teve a oportunidade de prosseguir na música, mas nunca a abandonou. Cantou por todas as escolas que passou e entre amigos da música.
Para a sua mãe, sempre cantou músicas de recordações dela e de ambas. Era uma questão de honra, pelo carinho e apreço de uma para com a outra, afagando assim, o sonho de cantar... Sonho que foi realizado com a gravação do CD: “Que Bem me Faz - Um sonho de menina”, lançado na Matriz de Itaúna em 15/09/2016, à véspera do aniversário desta Cidade.
Para a sua mãe, sempre cantou músicas de recordações dela e de ambas. Era uma questão de honra, pelo carinho e apreço de uma para com a outra, afagando assim, o sonho de cantar... Sonho que foi realizado com a gravação do CD: “Que Bem me Faz - Um sonho de menina”, lançado na Matriz de Itaúna em 15/09/2016, à véspera do aniversário desta Cidade.
Fez na UFMG um ano e meio de Canto e hoje faz aulas com Eladio Pérez, profissional do Canto, um talento paraguaio, de 90 anos de idade. Nos ensaios, gravações, apresentações e no violão, está sob a maestria do professor, compositor, instrumentista e criador do Grupo “Quinto do Choro”, André Oliveira.
Organização: Charles Aquino
Organização: Charles Aquino