terça-feira, janeiro 30, 2024

sábado, janeiro 27, 2024

TIME DA ITAUNENSE

DÉCADA 50 
TIME DOS FUNCIONÁRIOS DA CIA. INDUSTRIAL ITAUNENSE - ITAÚNA/MG

Em pé: Calmo, Iraci Morais, Valtinho, Alberto Corradi, Coreia e Toninho.

Agachados: Argeo da Santa, Tito Leite, Tião, Léo e Eli.


Referências:

Arte: Charles Aquino

Acervo: Eli, Charles Aquino

Homenagem a Leonardo Custódio de Aquino (In Memoriam) e demais jogadores

sexta-feira, janeiro 26, 2024

REI MOMO 1985

ABERTURA DO CARNAVAL DE ITAÚNA 

Neste sábado à noite, em promoção da ABESI e Prefeitura de Itaúna, acontece a abertura oficial do carnaval de 1985, com as escolhas das Rainha; Rei Momo e Passistas. Os candidatos sertão julgados por dois júris; compostos de representantes da comunidade e região. Os escolhidos desfilarão pelos blocos.

Participarão os blocos e escolas de samba de Itaúna, em uma festa que deverá ser o carnaval de nossa cidade, e o show contará com samba; desfiles e mulatas na passarela, além de muitas atrações. Para todos os efeitos, apresentaremos os nomes dos candidatos dos blocos que nos foram enviados:

BLOCOS

RAINHAS

REIS MOMO

PASSISTAS

Já Xegó

Valéria Márcia de Oliveira

Vitório Torres

Andréia Soares,

 Ronaldo Soares

 

Demorô

Gislene

 

Wilson José Isaías, Simone Aparecida de Souza, Alvimar Aparecido de Souza e Sílvia Isaías de Souza

 

Império da Vila

Aparecida Castanheira Pimenta

Mário José Donato Ramos

Luís Amaro e Sônia Tomás de Aquino




Referências:

Organização e arte: Charles Aquino

Fonte: Folha do Oeste, Ano XLI nº 1721, Itaúna, sexta-feira, 25 de janeiro de 1985. p.1.

Acervo: ICMC - Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira

Acervo: O Paiz, 1º de fevereiro de 1910.

 Disponível em: http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=178691_04&pagfis=492

terça-feira, janeiro 23, 2024

FAZENDA DAS PEIXOTAS

 LENDAS EM TORNO

 DA FAZENDA DAS PEIXOTAS E DA CAPELA DO ROSÁRIO

O carneiro de Ouro

João Dornas Filho chama a atenção para uma lenda que envolve Felipa Peixota (ou Peixoto), antiga proprietária da fazenda das Peixotas no arraial de Santana do Rio São João Acima, hoje Itaúna/MG. Segundo o historiador, a fazendeira teria adquirido uma vasta sesmaria ao presentear o Príncipe Regente D. João (mais tarde Rei D. João VI) com um “carneirinho” feito de ouro proveniente de uma das suas lavras das Lavrinhas. Essa sesmaria, abrangia Santana e se estendia ao longo do rio de São João Acima até Lavrinhas, do Barreiro até Cajurú e Rio Pará, e mais acima pelo Rio São João em direção a Santana. Segundo o historiador João Dornas é evidente, apenas pelo seu tamanho, que esta tradição é altamente implausível, especialmente quando se consideram as cartas de sesmaria documentadas de Manoel Teixeira Sobreira e Antônio Gonçalves da Guia, bem como as de Manoel Teixeira Mossa - todas elas enquadradas no suposto território de Felipa Peixota, conforme tradição.

A Capela do Rosário

Os antigos habitantes do arraial de Santana foram avisados ​​de que a Capela “ia ser fundada no chapadão dos Capotes”. Porém, devido a doenças prevalentes, decidiu-se construí-lo no morro que hoje é o Rosário. Esta escolha foi influenciada por um certo Torquato Alves, agricultor residente nas proximidades. Reza a lenda que uma próspera fazendeira chamada Felippa Peixoto (Santiago – não sei onde ele tirou esse sobrenome), moradora da fazenda Peixotas, doou generosamente a propriedade à capela. Este lugar sagrado serpenteava ao longo do morro da Laje e dos riachos aninhados nas cristas onduladas que circundavam a humilde igreja. A doação abrangeu inclusive as terras agrícolas pertencentes ao Coronel Quintiliano Lopes Cançado que 1855, registou a Capela “já como sua”, fazendo este significativo registro no livro oficial da Paróquia, conforme estabelecia a Lei de 1850, que atualmente se encontra arquivado no APM - Arquivo Público Mineiro.

Testamento de Felipa Peixota 1804 ITAÚNA - MG

Sant'Anna de São João Acima

TTro: O filho Domingos Francisco Peixoto

“Em nome de Deos amem=Saybam quantos este testamento virem que sendo no anno de Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oito centos e quatro aos vinte e hum dias do mes de Julho do ditto anno nesta Fazenda do Corgo do Soldado Termo da Villa de Pitangui em casas de morada do Alferes Antonio Soares Braga onde eu Filippa Peixota me achava, que por estar em meu perfeito Juiso quero fazer as minhas dispoziçoens de ultima vontade na forma seguinte= Declaro que sou natural da Cidade da Bahia filha legitima de João Peixoto e de Theresa Crioulla já falescidos= Declaro que fui casada com Manoel Francisco Simião já falescido, de cujo matrimonio tivemos os filhos seguintes= Martinho= Domingos= Antonio= Maria já falescida casada com Luis Moreira e deixou huma filha por nome Genovefa= Theresa também falescida casada com Antonio Peixoto e deixou dous filhos por nomes Jose e Anna= Izabel solteira também falescida e deixou hum filho por nome Antonio que todos são meus universais erdeiros asim como he de minha meação do casal= Manoel e Rosa casada com Domingos da Silva Porto, os quais dous filhos são adulterinos pellos haver concebido durante o Matrimonio em ausência do dito falescido meu marido= Declaro, instituo por meus testamenteiros em primeiro lugar a meu filho Domingos Francisco Peixoto, em segundo a outro meu filho Antonio Francisco Simião, e em terceiro lugar a meu neto Jose Francisco e lhes deixo hum anno para dar contas deste testamento= Declaro que por meu falescimento sera meu corpo amortalhado  no habito de Nossa Senhora do Monte do Carmo por ser irmaa professa na ordem Terceira da Villa Rica e sepultada na Capella de Nossa Senhora Santa Anna de São João Asima desta Freguesia de Pitangui e acompanhara meu corpo o Reverendo Capellam e outros sacerdotes que comodamente se ajuntar a quem se dara cera de meya [?] e se distribuira no dito meu enterro meya arroba de cera = Declaro que se dirão por minha Alma vinte missas e outras tantas pella Alma de meu falescido marido de esmolla costumada= Declaro que pellos bons serviços que me tem feito minha escrava Custodia crioulla a deixo forra e meu testamenteiro lhe passara logo depois do meu falescimento sua Carta de liberdade asim como tambem fara o mesmo a Rita crioulla e Joanna crioulla que sera incluido na minha terça os seus valores= Declaro que meu testamenteiro dara a cada huma das duas filhas de Antonio de Medeiros Rosa por nomes de Rufina e Manuella desasseis oitavas de ouro para ambas como tambem a Dona Bernarda Maria orfa irmãa do Capitam João Baptista Leite des oitavas de ouro. E nesta forma hei por acabado este meu testamento de ultima vontade que o mandei escrever pelo Tabeliam Jose Moreira de Carvalho no mesmo dia mes e anno asima declarado, e por não saber ler nem escrever mandei que asignase a meu rogo meu filho Martinho Francisco Simião.” A rogo de minha mãe Filippa Peixota= Martinho Francisco Simião=

APROVAÇÃO: em 21 de Julho de 1804 na Fazenda do Corgo do Soldado Termo da Cidade de Pitangui em casa do Alferes Antonio Soares Braga;

ABERTURA: em 26 de Julho de 1808 em Santa Anna de São João Acima pelo Capelão Jose Bernardino de Sousa;

ACEITAÇÃO: em 22 de Agosto de 1808 pelo filho Domingos Francisco Peixoto;

 

 FAMÍLIA GONÇALVES DE SOUZA E A FAZENDA DAS PEIXOTAS

O historiador e genealogista Guaracy de Castro Nogueira em suas pesquisas a família Gonçalves de Souza, destaca que no arraial de Sant'Ana, (hoje Itaúna/MG), Manoel Gonçalves Cançado alcançou grande prosperidade e riqueza como fazendeiro. Seus sobrinhos, naturais do Bonfim e filhos de sua irmã Maria Sabina do Nascimento, chegaram a Sant'Ana. Maria Sabina era casada com o estimado guarda-mor Antônio de Sousa Moreira. Um por um, esses sobrinhos casaram-se com as filhas de Manoel, suas primas, e receberam dotes substanciais. Fruto dos casamentos entre os cinco irmãos Souza Moreira e os seus cinco primos Gonçalves Cançado, surgiu a estimada família conhecida como Gonçalves de Souza de Itaúna.

Manoel Gonçalves Cançado faleceu em Sant'Ana e o inventário de seus bens foi iniciado em Pará de Minas em 6 de outubro de 1877. O valor total de seus bens atingiu impressionantes 49:576$864 (quarenta e nove contos, quinhentos e setenta e seis mil e oitocentos e sessenta e quatro réis), que incluíam numerosos móveis, escravos, propriedades, dotes e dívidas pendentes. Notavelmente, seus bens abrangiam três fazendas e seis casas. Após cuidadoso exame, apurou-se que a Fazenda dos Campos, avaliada em 2.870$000 (dois contos e oitocentos e setenta mil réis), foi herdada pela viúva Dona Tereza Maria de Jesus. 

Quanto à Fazenda das Peixotas, anteriormente propriedade de Felipa Peixota, parece que Antônio José Lício, através de suas comparações, revelou que na verdade pertencia à família Fernandes. Dentro desta propriedade, Manoel Gonçalves Cançado tinha a propriedade partilhada de cinco alqueires, indicando que a adquiriu e posteriormente a repassou ao seu genro, José Gonçalves de Sousa Moreira, durante o processo de inventário, pelo valor de 3: 700$000 (Três contos e setecentos mil réis). Passando para a Fazenda da Cachoeira, originalmente propriedade de Manoel Jacinto Madeira e Antônio Gonçalves Bonfim, foi posteriormente transferida para os quatro genros de Manoel Gonçalves Cançado, recebendo cada um quarto de participação. O valor total deste imóvel ascendeu a 5.500$000 (Cinco contos e quinhentos mil réis). 

Os genros em causa eram Manoel José de Sousa Moreira, Vicente Gonçalves de Sousa, Francisco Gonçalves de Sousa e José Alves Moreira. Após o falecimento de Dona Teresa Maria de Jesus, em 13 de abril de 1880, três anos após a morte de seu marido, em Pará de Minas, foi realizado seu inventário amigável.

 

CRISTAL DE ROCHA NAS PEIXOTAS

Nas pesquisas sobre a Fazenda das Peixotas, encontramos uma autorização dada a José Gonçalves Franco, que obteve permissão para investigar cristais de rocha através da assinatura de um decreto em 1942, conforme registro abaixo:

Decreto nº 9.449, de 22 de Maio de 1942

Autoriza o cidadão brasileiro José Gonçalves Franco a pesquisar cristal de rocha no município de Itaúna do Estado de Minas Gerais. O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 74, letra a, da Constituição e nos termos do decreto-lei n. 1.985, de 29 de janeiro de 1940, (Código de Minas), DECRETA:

Art. 1º. Fica autorizado o cidadão brasileiro José Gonçalves Franco a pesquisar cristal de rocha numa área de dez hectares e trinta e um ares (10,31 Ha) situada na "Fazenda das Peixotas", município de Itaúna do Estado de Minas Gerais e delimitada por um retângulo que tem um vértice a trezentos e dez metros (310 m), na direção três graus nordeste (3º NE) magnético, da confluência dos córregos "Peixotas" e "Tamancas" e cujos lados adjacentes a esse vértice têm os seguintes comprimentos e rumos magnéticos: trezentos e quarenta e sete metros (347 m) e vinte oito graus e trinta minutos noroeste (28º 30' NW); trezentos metros (300 m) e sessenta e um graus e trinta minutos nordeste (61º 30' NE).

Art. 2º. Esta autorização é outorgada nos termos estabelecidos no Código de Minas.

Art. 3º. O título da autorização de pesquisa, que será uma via autêntica deste decreto, pagará a taxa de cento e dez mil réis (110$0) e será transcrito no livro próprio da Divisão de Fomento da Produção Mineral do Ministério da Agricultura.

Art. 4º. Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 22 de maio de 1942, 121º da Independência e 54º da República.

GETULIO VARGAS.

Apolonio Salles.

 

Organização, pesquisa e texto: Charles Aquino - Historiador Registro nº 343

Paleografia do Testamento de Felipa Peixota: Genealogista Dr. Alan Penido

Testamento Felipa Peixota - AJP – Arquivo Judicial de Pitangui - Processo V,109-1810-G.1-Pitangui – In IPH – Instituto Histórico de Pitangui.

Testamento Felipa Peixota, Cx91/Dc3164, 1804. ICMC. Instituto Cultural Maria de Castro.

Câmara dos Deputados - Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes. Legislação Informatizada - Decreto nº 9.449, de 22 de Maio de1942 - Publicação Original. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1940-1949/decreto-9449-22-maio-1942-471084-publicacaooriginal-1-pe.html

NOGUEIRA, Guaracy de Castro. In Enciclopédia Ilustrada de Pesquisa: Itaúna em detalhes. Ed. Jornal Folha do Povo, 2003, fascículo 26.

FILHO, João Dornas. Itaúna: Contribuição para a história do município, 1936, págs. 14-16.

Acervo: ICMC. Instituto Cultural Maria de Castro.

domingo, janeiro 21, 2024

sábado, janeiro 20, 2024

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO

ETE - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO
 Projeto de Lei nº 39/2023
Denomina Próprio Público: Estação de Tratamento de Esgoto de Itaúna Marco Elísio Chaves Coutinho

O Povo do Município de Itaúna, por seus representantes aprovou e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Denominar-se-á “Estação de Tratamento de Esgoto de Itaúna Marco Elísio Chaves Coutinho” o Próprio Público (Estação de Esgoto de Itaúna, imóvel procedente ao Setor CDI, Zona 09, Localização à Rua do Horto s/nº, Distrito Industrial, Lote 29, Quadra 05, Itaúna - MG. CEP 35681-779, Coordenadas 20°03'13.0"S 44°36'26.4"W.
Art. 2º A Administração Pública Municipal providenciará a colocação de placas indicativas, bem como a comunicação à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Itaúna e a Companhia Energética de Minas Gerais.
Art. 3º As despesas decorrentes desta Lei correrão por conta de dotações próprias do orçamento vigente do Executivo Municipal.
Art. 4º Revogadas disposições contrárias a esta lei. Art.5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, 24 de março de 2023.
   
JUSTIFICATIVA

Histórico da Obra Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Itaúna/MG.


Com a implantação da ETE, iniciada no ano de 2009, haverá a melhoria da qualidade de vida de toda a população Itaunense e, consequentemente, dos habitantes das cidades à jusante do Rio São João. A boa gestão dos recursos hídricos é diretamente ligada ao desenvolvimento sustentável da sociedade, e, por meio do tratamento do esgoto de Itaúna, haverá progresso nos índices de saúde e melhoria do bem estar das pessoas do Município, haja vista que toda a população urbana será contemplada, principalmente daquelas que moram próximos ao Rio.

A ETE será constituída pelas seguintes etapas: tratamento preliminar; tratamento secundário – 98% concluídos. O tratamento preliminar possui como objetivo principal a remoção de sólidos grosseiros e de areia. No tratamento secundário há remoção de matéria orgânica.
O tratamento secundário é o que ocupa maior espaço na estação e é composto por 04 (quatro) Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente (UASB) e pelos filtros biológicos percoladores (FBP). Com esse sistema combinado está prevista a remoção de aproximadamente 90% da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) presente no esgoto, ou seja, a remoção de 90% de toda a matéria orgânica presente nos esgotos.

As estruturas e os equipamentos garantirão o tratamento de 219 litros de esgotos por segundo, no início de plano, (que corresponde a 788.400 mil litros de esgoto por hora), vazão estimada de acordo com o número de habitantes de Itaúna atualmente. No entanto, a capacidade máxima instalada é de até 397 L/s (que corresponde a 1.430.000 de litros de esgoto por hora), para atendimento às demandas causadas pelo possível aumento da população até o ano de 2050.
O empreendimento encontra-se implantado em uma zona estritamente industrial, sem a presença de residenciais (uni ou multi) familiares. O empreendimento não está em operação no momento, visto que ainda estão sendo instalados os últimos dispositivos necessários ao seu funcionamento. A previsão de finalização da implantação é até julho/2023 (prevendo-se o início dos testes operacionais), para posteriormente iniciar suas atividades.
 
Biografia de Marco Elísio Chaves Coutinho

Marco Elísio Chaves Coutinho, filho de Dr. Antônio Augusto de Lima Coutinho e Nair Chaves Coutinho, nasceu em Itaúna/MG no dia 1.º de dezembro de 1935. Casou-se no dia 04 de janeiro de 1963 com Vera Lúcia Amaral Coutinho e tiveram 4 filhos e 6 netos. Graduou-se em Filosofia, Ciências e Letras pela Universidade de Itaúna e fez Pós- Graduação em Literatura Brasileira na Universidade Católica de Minas Gerais, onde concluiu também o curso de Geografia.

Educador nato e portador de admirável cultura humanística, foi professor de Geografia, His- tória, Ciências, Inglês, Francês e Educação Moral e Cívica em diversos colégios da cidade, tais como o Colégio Estadual, Colégio Santana e Ginásio Judith Gonçalves. Também lecionou por muitos anos na Universidade de Itaúna as disciplinas de EPB (Estudo de Problemas Brasileiros), Literatura Brasileira, Ética, Ciências do Meio Ambiente, Política na Educação e Sociologia e Cultura Brasileira. Sempre foi um grande “Guardião do Meio Ambiente”, combatente das boas causas ecológicas, incentivando e orientando o uso racional da natureza, natureza esta que, segundo ele, deve atender às necessidades do momento sem comprometer as necessidades futuras.

Foi Secretário Executivo da Fundação de Cultura, Desportos e Turismo de Itaúna no governo do prefeito Célio Soares de Oliveira, dedicando-se aos problemas ecológicos e ambientais da cidade em uma época em que ninguém sabia o que isto significava.
No município de Itaúna, participou na pesquisa de estudos preliminares sobre projeto de organização do Serviço de Água e Esgoto de Itaúna (Considerado de grande valia pelo SAAE), foi Presidente do CODEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) e atuou no levanta- mento das áreas degradadas do município.

Recebeu homenagens  de Honra ao  Mérito pela Prática de Conservação  do Solo e Água  pela Comissão Regional de Divinópolis MG e de Mérito Ecológico pelo Rotary Club de Itaúna. Recebeu a Medalha da Inconfidência pelo então governador Newton Cardoso, sendo esta a mais alta comenda concedida pelo Governo de Minas Gerais, atribuída somente as personalidades que contribuíram para o prestígio e a projeção mineira.

Foi membro fundador da APAC (Associação de Proteção aos Condenados de Itaúna) onde foi homenageado com seu nome o Viveiro de Mudas Marco Elísio Chaves Coutinho, oferecendo plantio de mudas nativas, ornamentais, exóticas e frutíferas,  proporcionando oficinas profissionalizantes para os recuperandos. Palestrou sobre conscientização do Meio Ambiente em diversas escolas, empresas e instituições em Itaúna-MG e municípios vizinhos. Escreveu os livros: O Sopro de Esperança - Em favor da Vida; Sopros – Questão Ecológico-Humanista Urgente; O Rosário Bíblico Meditado e Ave, Maria

Participou do Programa Tribuna Independente da emissora Rede Vida, abordando em rede nacional o tema Ecologia e o livro de sua autoria “O Sopro da Esperança”. Além disso, foi ministro da Eucaristia, do Batismo e do Matrimônio na Paróquia de Santana. Muito à frente de sua época, o professor Marco Elísio Chaves Coutinho herdou as qualidades atemporais paternas e maternas, consolidando-se em sua singular personalidade de “patriota itaunense”, amando a nossa Sant’Ana de São João Acima com a pureza de sua fé, ficando sempre a serviço de todos. Seus feitos são lembrados com imenso carinho não somente pela família, mas por amigos, colegas de trabalho e todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo. Seus ensinamentos nunca se tornarão obsoletos, mas deixam um legado a ser seguido pelas gerações presentes e as que estão por vir.





Referência: 

Projeto de Lei - Lacimar Cezário da Silva -Vereador



sexta-feira, janeiro 12, 2024

quarta-feira, janeiro 10, 2024

VISITA DO CARDEAL MOTTA

 ESCOLA NORMAL DE ITAÚNA - 1946

Dia 4 de maio, sábado, recebemos de Belo Horizonte comunicação de que no dia seguinte chegaria aqui em nossa paróquia o excelentíssimo senhor cardeal de São Paulo, o primeiro cardeal mineiro e o primeiro do segundo cardinalato no Brasil. Procedente de Itajubá recebemos o honroso telegrama de Dom Carlos Vasconcelos Motta comunicando a sua vinda a esta cidade. Desde que aqui cheguei em 1943, foi me prometida uma visita deste meu grande e íntimo amigo, a quem tanto devo.

Não posso transcrever aqui o júbilo imenso que senti e comigo os meus caros paroquianos. Foi a primeira paróquia da Arquidiocese de Belo Horizonte, que sua Eminencia visitou depois que recebeu a púrpura cardinalícia. Foi a maior honra que Itaúna já recebeu através de seus anos. D. Carlos tendo um carinho muito especial para esta terra, como tem aqui um coração que o ama com amor filialque o quer como o seu maior amigo, desde os saudosos anos de seminário, o humilde vigário desta terra.

A cidade se encheu de contentamento e movimento. Raiou o dia 5 de maio de 1946, a pequena estação da Rede Mineira de Viação, estava repleta. Prefeito Municipal Dr. Lincoln Nogueira, Juiz de Direito e Cooperador, Pe. José Mariano, Banda de música, alunos de Ginásio e Academia de Comércio Santana, Escola Normal, Grupo Escolar, Associação religiosa da paróquia e grande massa popular.

As 8 horas e 15 minutos, entrou na grande na grande estação local, o trem que conduzia em carro especial o Exmo. D. Carlos. Palmas e vivas cobriram o ar festivo da cidade. Todos ansiosos para ver o nosso querido Cardeal Motta. Recebido no carro pelo vigário e autoridades, foi levado da porta da estação à praça. Foram momentos de delírio.

Saudou em nome da cidade ao Cardeal o Exmo. Sr. Prefeito, depois agradeceu aquela manifestação e sua Eminencia, dizendo que foi de propósito que escolhera Itaúna para descer e ficar um pouco com este bom e querido povo, celebrando o santo sacrifício da missa. Era a primeira missa que celebrava na Arquidiocese de Belo Horizonte depois da recepção da púrpura cardinalíciaDisse também que Itaúna o prendia ainda por outros laços. Aqui no tempo de Padre Cornélio, hoje, Frei Paulo, Carmelita. [...]

Debaixo de calorosas palmas, terminou o seu agradecimento. Tomando o automóvel e seguido pelas autoridades e da grande massa popular, banda de música, seguiu rumo a matriz, [que] estava lindamente ornamentada. Celebrou sua eminência o Santo Sacrifício da missa, acompanhado pelo coro local.

Receberam todas as bênçãos do excelentíssimo prelado e em seguida foi levado para Escola Normalonde lhe foi oferecido um singelo banquete. As 3 horas da tarde o Sr. Exmo. Motta se despedia da cidade, seguido de automóvel para Belo Horizonte. Foi acompanhado do vigário e coadjutor e autoridades. O cortejo foi de 5 automóveis. Assim Itaúna recebeu [...].







REFERÊNCIAS:

Pesquisa e Organização: Charles Aquino

Apoio a pesquisa: Professor Luiz Mascarenhas

Livro do Tombo I da Paróquia de Sant'Ana de Itaúna -  15/09/1902 a 31/12/1947, páginas, 91r,91v,92r.
Fotografias do acervo iconográfico sob a guarda do APM - Arquivo Público Mineiro - (João Dornas Filho em companhia do Padre Carlos de Vasconcelos). Disponível em:  http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/fotografico_docs/photo.php?lid=33967.

FGV – Fundação Getúlio Vargas. Disponível em: http://fgv.br/CPDOC/BUSCA/arquivo-pessoal/JG/audiovisual/juscelino-kubitschek-e-outros-durante-solenidade. CPDOC -  O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil é a Escola de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas. Fotografia de Juscelino Kubitschek

Restauração da imagem e cor: Myheritage 

Acervo: Charles Aquino, Professor Marco Elísio (In Memoriam)

domingo, janeiro 07, 2024

RUAS DE ITAÚNA

É lamentável o que ocorre em Itaúna. A vida de uma cidade está na sua alma, a qual, ao longo de sua existência, vai-se vitalizando pelo potencial da gente que se destaca por entre a urdidura humana que a compõe e impele.

As personalidades marcam um povo, uma localidade. Pará de Minas é apontada como a terra de Benedito Valadares; Três Corações nos lembra de Pelé; Pitangui nos traz às memórias de dona Joaquina do Pompéu e dona Maria Tangará; Bom Despacho recorda Olegário Maciel; Araxá não deixa dona Beja ser esquecida e São João Del Rei é a terra de Tancredo Neves. Estas comunidades se ufanam quando lembradas pelo valor de seus filhos. Nos meus encontros com os jovens que me procuram para saber um pouco da história de Itaúna, faço questão de lhes perguntar:  Onde você mora?

Na Rua João de Cerqueira Lima, na Rua Josias Nogueira Machado, na Rua Gonçalves da Guia, na Praça Luís Ribeiro e citam, sem dúvida, nomes de pessoas ilustres que ajudaram a construir a grandeza de nossa comunidade.  Quando lhes pergunto quem foram tais personalidades que deixaram seus nomes em ditas ruas, nada explicam, nada sabem, tudo ignoram. Ninguém está mais aí, para essa do quem é ou quem foi. E, lamentavelmente, há nomes que todos ignoram e que me surpreendem, só conhecidos do autor da lei que os propôs.

Melhor seria, quem sabe, trocar os nomes dos logradouros públicos de nossa cidade que não cultua seus líderes dos idos passados, para coisas que o povo conhece, porque não, delas dependem para orientar e circular: Rua Direita, Beco da Caridade, Rua do Comércio, Porteira do Mirante, Bairro da Ponte, Beco do Jota, Travessa 2 de Janeiro, Rua das Viúvas, Bairro do Serrado, Rua São Vicente, Rua da Harmonia, Bairro da Vargem, Rua do Rosário, Rua da Linha e tantas outras das quais não me lembro, nomes que fazem parte de nossa história e ainda povoam nossa memória.

Defendo intransigentemente a manutenção dos nomes dos logradouros públicos. Não será por mera bajulação ou mesmo para homenagear mortos ilustres que se lhes trocará a denominação. Não faltam logradouros públicos novos para se utilizarem no preito àqueles que o merecem. Quem dá nome a logradouros públicos é o povo, através dos vereadores e do consenso da Câmara Municipal. Só em regimes autoritários é que o Prefeito ou a autoridade executiva dá nomes às coisas. Os nomes antigos foram batizados pelo uso e costume dos cidadãos. A lei apenas homologava a vontade popular.

Até por respeito à história, conveniente seria que se preservassem os nomes antigos muitos dos quais mais saborosos. Onde estão a Rua do Cascalho, a Rua do Canto, a Rua das Piteiras e o Alto da Laje?

A política é terrível. O nosso Largo da Matriz já se chamou Praça João Pessoa, Praça Mário Matos, Praça Benedito Valadares e agora se chama Praça Dr. Augusto Gonçalves. Extinto o velho cemitério, onde se tentou construir a nova Matriz, boicotada pelos ricos da época, contra a bela planta do arquiteto italiano Rafello Berti, o logradouro ia se transformar numa praça ajardinada em respeito aos mortos que lá foram sepultados, a ele deu-se o nome de Praça Mário Matos.

A política destruiu a praça lá edificando o Grupo José Gonçalves de Melo, um clube dançante, um sindicato, e o prédio dos Correios e Telégrafos.  Não arrancaram o nome de Mário Matos, mas destruíram a praça com seu nome, porque todos o consideravam como o autor intelectual do fechamento de nossa Escola Normal.

Dois nomes em Itaúna foram impostos pelo governo ditatorial: Avenida Getúlio Vargas e Praça Benedito Valadares. A avenida, que era rua, e a praça principal se tornaram nomes dos detentores do poder na época, por força de um decreto do ditador. Os udenistas radicais, que depuseram Getúlio e Benedito, arrancaram o nome do Benedito da praça principal, porque ele havia fechado nossa Escola Normal e só não arrancaram as placas da Avenida Getúlio Vargas, porque o líder queremista Zé Biscoitão, à frente dos operários, se opôs à turba da UDN.

No fundo foi um ato de coragem do líder dos trabalhadores e a perspectiva histórica nos diz hoje que Getúlio, no balanço de sua passagem pelo governo, foi um estadista, responsável pela implantação da legislação social em benefício dos mais humildes e dos trabalhadores de um modo geral.

 Trata-se de um problema cultural. Às vezes somos progressistas e até civilizados, mas pouco cultos. Cultura é a expressão máxima de um povo!



Texto: Guaracy de Castro Nogueira (In Memoriam)

Acervo: Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira

Acervo: Imagens da internet

Organização: Charles Aquino 



terça-feira, janeiro 02, 2024

PROFESSORA DOLORES


 Caro leitor, esta pesquisa inédita inclui a biografia da professora Dolores Nogueira Penido, elaborada por Agostinho Nogueira Araújo em 1982. Inclui também um conciso estudo genealógico de sua linhagem familiar, bem como a imortalização através do projeto de lei que nomeia uma escola municipal em homenagem a sua contribuição e o sincero agradecimento que lhe é demonstrado pelos moradores do "Povoado de Pedra", ou São José de Pedras, no município de Itaúna/MG. Boa leitura.

Escola Rural do “Povoado de Pedra” do Município de Itaúna.

A Escola Rural do povoado de Pedra, deste Município de Itaúna, vem funcionado há longos anos, prestando inestimáveis serviços à comunidade. Os registros revelam que centenas de pessoas nascidas e criadas nas imediações, tiveram a alfabetização realizada naquela Escola. Principalmente no princípio, quando a dificuldade de comunicação era imensa, quando as famílias se fixavam no local com os seus componentes, a Escola exercia uma função muito importante.

A Professora liderava todos os movimentos e estava na frente de todas as programações, colaborando de maneira decisiva na formação das gerações que passavam pela Escola. No povoado de pedra há uma situação especial a ser considerada, que é a dedicação de uma grande mestra: DONA DOLORES NOGUEIRA PENIDO.

A referida Professora exerceu o magistério naquela Escola durante 21 anos e 25 dias, revelando uma dedicação impressionante. Era a mestra dos alunos, a orientadora dos pais, a conselheira das autoridades no local. Exercia tudo isto com muito carinho e ainda lhe sobrava tempo para cuidar de sua própria família. Os mais antigos radicados no povoado poderão dar notícia do trabalho de Dona Dolores como educadora e líder na região. De maio de 1926 a abril de 1954, viveu os problemas daquela comunidade como se fossem os seus, colaborando em todos os empreendimentos da época, não se limitando às funções do magistério.

Deixa Dona Dolores numerosa descendência, bastando considerar que a mesma se casou por duas vezes e estão vivos uns 400 (quatrocentos) bisnetos e uns 200 (duzentos tataranetos, todos residentes nesta cidade e imediações.

Primeiro casamento: Dolores Nogueira Penido e Horário Lopes de Araújo, o casal teve 5 filhos (Coriolano Nogueira de Araújo, Maria Nogueira de Araújo, Luiza Nogueira de Araújo, Ana Nogueira de Araújo e Geraldo Nogueira de Araújo) e 49 netos.

Segundo casamento: Dolores Nogueira dos Santos e Antônio Gonzaga dos Santos, o casal teve 3 filhos (Antonieta Nogueira dos Santos, Antônio Nogueira dos Santos e Dolores Nogueira dos Santos) e 14 netos.

Dona Dolores Nogueira Penido nasceu em 1877 no arraial de Santana do Rio São João Acima, hoje Itaúna/MG e faleceu em 22 de maio de 1954 com 77 anos de idade.

Tamanha a sua dedicação ao ensino que trabalhou até pouco antes de morrer, pois esteve em pleno exercício do magistério até maio de 1954, mesmo com a avançada idade e sempre firme no cumprimento de seu dever, aconselhando, ensinando, participando de todos os acontecimentos. Foi uma vida inteiramente voltada para a comunidade e por isto está credenciada a ser homenageada com a indicação de seu nome para a Escola da povoação de “Pedra”. A sugestão de se dar a Escola do povoado de Pedra o nome de Dolores Nogueira Penido será um ato de justiça a quem deu a vida pelo ensino e pela comunidade onde exerceu com exigência o magistério. 

Itaúna, 23 de junho de 1982 - Pesquisa feita por Agostinho Nogueira Araújo

LEI No 1.625, de 20 de agosto de 1982

Dá denominação a Escola Municipal, situada na Zona Rural.

O Povo do Município de Itaúna, por seus representantes decreta, e eu, em seu nome, sanciono a seguinte lei:

Art. 1o Denominar-se-á “Dolores Nogueira Penido” a escola municipal do povoado de Pedra, no Município de Itaúna.

Art. 2o Revogadas as disposições em contrário e derrogada a Lei n.º 1.179, de 25/10/1974, esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Prefeitura Municipal de Itaúna, 20 de Agosto de 1.982

Célio Soares de Oliveira

Prefeito Municipal


CERTIDÃO

Certifico que, revendo os Livros e Arquivos, Ordens e Folhas de pagamento desta Prefeitura, delas constam que, a senhora Dolores Nogueira Penido, trabalhou nesta prefeitura com as funções de professora da zona rural, na “Escola Rural Mista” do Povoado de “Pedra” sendo professora substituta do período de : 1/5/1926 a 31/12/1927; e do período de 1/03/1933 a 30/04/1954, sendo professora titular, perfazendo um total de 7.690 dias (sete mil seiscentos e noventa dias) conforme a discriminação no quadro anexo, de ano, mês e dia.

Por ser verdade, firmo a presente certidão

Itaúna 14 de junho de 1982

José Alves Capanema > Chefe da Seção de Protocolo e Arquivo reg. Nº 2664

Visto: Célio Soares de Oliveira > Prefeito Municipal.

 

Projeto de Lei nº 06/82 / Lei Municipal nº 1.625 / Em: 20/08/1982

Assunto: Da denominação a Escola Municipal situada na zona rural

Autoria: Vereador Dorinato Moreira da Silva

Relatora: Vereadora Elza Alves Nogueira

Presidente da Comissão de Justiça e Redação: Joaquim Antônio Diniz

Membro: Pedro Alberto

Primeira discussão: Aprovado (17/08/1982)

Relator: João Viana da Fonseca

Presidente da Comissão: Elza Alves Nogueira

Membro: Nelson Bernardes Alves

Segunda discussão: Aprovado (18/08/1982)

Presidente da Comissão: Joaquim Antônio Diniz

Secretária: Elza Alves Nogueira

Membro: Pedro Alberto

Terceira discussão: Aprovado (19/08/1982)

Prefeito Municipal e Presidente da Câmara


TRONCO DOS NOGUEIRA PENIDO

Breve genealogia da Professora Dolores Nogueira Penido

Manoel Nogueira e Maria Francisca (Hexavós)

Manoel Nogueira Penido e Luísa Rodrigues Sousa (Pentavós)

Capitão Custódio Nogueira Penido e Maria Angélica dos Serafins (Tetravós)

Maria Custódia Nogueira Penido e Ajudante Camilo Coelho Duarte (Trisavós)

Alferes Custódio Coelho Duarte e Ana Maria Vilela (Bisavós)

Custódio Coelho Duarte (Custodinho da Bagagem) e Diolinda de Faria (Pais)

 

Manoel Nogueira Penido, que se crê ter nascido no início dos anos 1700  em Guardão, freguesia de São Miguel de Gandra, conselho de Paredes, comarca de Penafiel, distrito e bispado do Porto, província do Douro, era filho de Manoel Nogueira e Maria Francisca. O seu pai, nascido por volta de 1660, era também natural  de Guardão e sua mãe da aldeia de “Penedos-Pedras” (daí o topônimo Penido), da freguesia de Santo André de Sobrado, concelho de Valongo, mesma comarca, distrito e bispado do Porto.

No início do século XVIII, Manoel Nogueira Penido rumou para Minas (como atesta a sua presença no censo de 1731 em Vila Rica), onde casou com Luísa Rodrigues Sousa em primeiro de agosto de 1746, em Mariana; ele faleceu na sua Fazenda de Porto Alegre em 11/5/1785. Luísa nasceu em São Sebastião Vila do Carmo e recebeu o batismo em 25 de agosto de 1729, na Igreja de São Sebastião, que fica no distrito e diocese de Mariana. Era filha de Pedro Dias Teixeira e de Santa Rodrigues de Sousa.

O casal instalou-se na fazenda Porto Alegre, na freguesia de Itabira do Campo e tornou-se progenitor da família Nogueira Penido em nossa região, dando origem a numerosos filhos e filhas, dos quais dezesseis nos são conhecidos: 1. Joana Maria Nogueira; 2. Maria Nogueira Rodrigues; 3. Rosa Maria Nogueira - ou de Jesus; 4. Padre Manoel Nogueira Rodrigues 5. Padre José Nogueira Penido; 6. Ana Nogueira Rodrigues 7. Inácia Nogueira Penido; 8. Teresa Nogueira Penido; 9. Custódia Maria Nogueira; 10. João; 11. Antônio Nogueira Penido; 12. Custódio Nogueira Penido; 13. Sargento-mor Agostinho Nogueira Penido; 14. Sargento-mor Inácio Nogueira Penido; 15. Francisca Nogueira Rodrigues; 16. Feliciana Nogueira Penido.

Observações: no inventário de Manoel Nogueira Penido, há participação de 2 inconfidentes;

1. A viúva fez procuração para seu procurador em Ouro Preto, Cláudio Manoel da Costa;

2. No inventário de Manoel, seu sobrinho Capitão João Nogueira Duarte assinou a rogo da viúva e de algumas filhas;

3. O juiz que deferiu o inventário em Ouro Preto foi Tomaz Antônio Gonzaga, o inconfidente;


Referências:

Organização e arte: Charles Aquino - Historiador Registro nº 343/MG

Pesquisa ao acervo da Câmara Municipal de Itaúna: Patrícia Nogueira, Charles Aquino

Pesquisa genealógica: Guaracy de Castro Nogueira (In Memoriam), Dr. Alan Penido, Aureo Nogueira da Silveira.

Andrade, Elias Alves de. Os Nogueira Penido: a descendência de Aurora Alves Penido e Aladim de Aguiar Vieira, SP, Paruna Ed, 2021, p.7-8, 11.   

Acervo e brasão do município: Prefeitura e Câmara Municipal de Itaúna.

segunda-feira, janeiro 01, 2024