quinta-feira, fevereiro 28, 2019

GUIMARÃES ROSA

 

Lei Municipal 1244/75 - CEP: 35680-107
Denomina logradouro público: Rua Guimarães Rosa - Bairro Irmãos Auler

 O povo do Município de Itaúna, por seus representantes, decreta e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Denominar-se-á “Bairro Auler” o atual loteamento de Irmãos Auler, Ltda.
Art. 2º - As ruas atualmente somente numeradas do loteamento Irmãos Auler, Ltda, terão as seguintes denominações:
Rua Guimarães Rosa -  A atual Rua 1, que tem seu início na Rua 12 e termina na Rua 2.

Sala das Sessões, em 24 de novembro de 1975
Raimundo Santos Nogueira> Vereador

A Comissão de Justiça e Redação
Sala das Sessões em 26 de novembro de 1975
Nomeio relator o vereador Nelson Ferreira da Silva
Assinado> Joaquim Antônio Diniz

O projeto merece aprovação em primeira discussão
Sala das Sessões em 26 de novembro de 1975
Waldemar Gonçalves de Sousa>Relator
Geraldo Alves Parreira>Presidente Comissão
Luiz de Oliveira Guimarães>Membro

Aprovado em 1ª discussão
Sala das Sessões em 26/11/1975
Jaime Nogueira Rodrigues>Presidente da Câmara

Aprovado em 2º discussão
27/11/1975
Jaime Nogueira Rodrigues>Presidente da Câmara

A Comissão da Justiça e redação é pela aprovação com a redação primitiva do Substitutivo, incorporadas as emendas aprovadas.
Salas das Sessões, em 28/11/1975
Joaquim Antônio Diniz>Membro
Valdir Corradi>Vereador

Aprovado em 3º discussão
Ao Sr. Prefeito Municipal.
Sala das Sessões, em 28/11/1975
Jaime Nogueira Rodrigues>Presidente da Câmara

 

JUSTIFICATIVA
João Guimarães Rosa
Conhecido por Guimarães Rosa, nasceu em Cordisburgo, Estado de Minas Gerais, em 27 de junho de 1908. Formou-se em medicina e por volta de 1931, ainda jovem, residindo em Itaguara, começou seus laços de verdadeira amizade com nossa terra.
Em algum tempo começou a dedicar grande tempo a escrever e conseguiu acumular através dos anos um grande talento. Como escritor, ficou famoso no Brasil e Europa. Em alguns de seus livros destacou seu afeto por Itaúna.
Como médico, sempre desempenhou sua profissão com amor e desprendimento, atendendo sempre a qualquer hora, saindo de casa em qualquer condução, até mesmo a pé.
Na capa da Revista Bel Contos, mostra Guimarães Rosa montado em um burro. Suas obras foram editadas em vários idiomas e fazem parte da Academia Brasileira de Letras.
Poderíamos citar algumas de suas obras por exemplo: Noites do Sertão, Sagarana, Primeiras Histórias, Ave Palavra, Rosa Seleta, Tutamélia, Duelo e muitos outros.
Mais o Brasil, no dia 12 de julho de 1967, foi surpreendido com a morte do famoso escritor. Fazia apenas dois dias que seu nome fora colocado na Academia Brasileira de Letras.
O Governo do Estado de Minas Gerais decretou Utilidade Pública, a casa onde João Guimarães Rosa nasceu e ali instalou um Museu em homenagem póstuma ao famoso escritor.
Itaúna também rendeu homenagens póstumas, concedendo uma láurea ao famoso escritor.   

Itaúna 18 de novembro de 1975
Raimundo Santos Nogueira
Vereador


REFERÊNCIAS:
ACERVO E PROJETOS DE LEIS DOS LOGRADOUROS: Câmara Municipal de Itaúna.
Colaboração: Patrícia Gonçalves Nogueira
PESQUISA E ORGANIZAÇÃO: Charles Aquino
FOTOGRAFIA: Charles Aquino
ACERVO: Rede Social


domingo, fevereiro 24, 2019

ANTIGO HOSPITAL ITAÚNA


Av. Dr. Miguel Augusto Gonçalves, 1902 – Centro, Itaúna – MG, 35680-147














Referências:
Produção executiva de Fábio Corradi: Desenhos 3d
Acervo: Professor Marco Elísio Chaves Coutinho, Charles Aquino
Organização para o site: Charles Aquino  

SOLAR VILAÇA

Solar Artur Contagem Vilaça

Praça Dr. Augusto Gonçalves – Centro Itaúna – MG, 35680-054






Referências:
Produção executiva de Fábio Corradi: Desenhos 3d
Acervo: Prof. Marco Elísio, Charles Aquino
Organização para o site: Charles Aquino
Acervo: Itaúna Bons Tempos


VILLA YEDDA

Rua Dr. José Gonçalves - Itaúna/MG









Referências:
Produção executiva de Fábio Corradi: Desenhos 3d
Acervo: Prof. Marco Elísio
Organização para o site: Charles Aquino
Acervo: Itaúna Bons Tempos
Acervo: Yedda de Paula Machado Borges


sábado, fevereiro 23, 2019

A CRUZ DA TORRE

Olhando para a torre da Suntuosa Igreja Matriz, observamos a luminosidade daquela Cruz, vista em quase todos os postos de nossa simpática Itaúna.
De braços abertos, apontando o caminho da redenção, daquela cruz veio despertar a musa quando escrevemos:
Na Matriz desta Cidade
Em torre bem majestosa,
Bela Cruz mostra a verdade,
Triunfante, esplendorosa
Temos sempre um pensamento
Ante o facho luminoso:
Cruz não é sofrimento,
Pois, nos dá o fim glorioso!

Lauro Matos / 1988

Do céu vai descer o Cordeiro / Memórias Sonoras e Afetivas

Referências:
MATOS, Lauro de Faria. Lauro do Jubito em Palavras e Versos, Itaúna, 1988, p.28.
Datilografia: Lilianne Gonçalves Burrini
Revisão: Maria Lúcia Mendes de Oliveira
Organização: Ângelo Braz Matos
Colaboração: Avelino (Gráfica da Itaunense), Reginaldo (Fortil).
Organização e fotografia para o blog: Charles Aquino 

sexta-feira, fevereiro 22, 2019

APENAS UM ANJO!

Ramon MARRA*

Eu tenho um anjo que me conforta, e que me ilumina.

Eu tenho um anjo que sabe quem sou eu e que mesmo assim se permite ser meu amigo.

Eu tenho um anjo, que sabe os meus sonhos, desejos, que me protege, que me guarda e, quando precisa me repreende sutilmente com sinais inefáveis.

Eu tenho um anjo que está comigo vislumbrando a minha existência.

Que diante dos meus pensamentos exacerbados me aquieta, que diante da minha pequenez me agiganta, diante da minha vaidade, me repreende, diante das minhas inquietudes me mostra o caminho.

Eu tenho um anjo, que me conduz na busca da utilidade, que faz da minha existência, possibilidades para vislumbrar o meu existir.

Um anjo que faz das minhas incompreensões, alimento para construção do meu saber.
Um anjo que diante das grandezas de almas vazias, me modera com a lucidez das pequenas coisas.

Mas acima de tudo, um anjo que deseja a plenitude existencial, para que dela eu possa usufruir e compartilhar com toda a humanidade.

Esse anjo é o amor incondicional do Criador para a sua criatura.

Esse anjo é a luz que brilha sempre em frente, nos mostrando que o PASSADO não existe mais, exceto, para ser referência no aqui e agora, onde todos vivemos este PRESENTE, para que, construindo algo novo, possamos chamá-lo de AMANHÃ.

Um anjo, apenas um!!!

Permita-se !!





*Pós-Graduação em Psicopedagogia  
Acervo: Shorpy
Organização: Charles Aquino

quinta-feira, fevereiro 21, 2019

BLOCO DEMORÔ

DEMORÔ

“A grata surpresa do carnaval itaunense. O Bloco veio de Santanense, pela sua primeira vez, deu o seu recado, todo mundo cantou o seu samba, bem organizado na rua e não tenha dúvidas se os líderes de lá quiserem no próximo ano poderá surgir uma Escola de Samba que vai dar trabalho. ”

Jornal Folha do Oeste
Reportagem Cosme Silva
Itaúna, sábado 23 de fevereiro de 1980









" Com a dignidade de Mestre-Sala e Porta-Bandeira ..."





Referências:
Organização e Pesquisa: Charles Aquino
Acervo: Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira Icmc - Jornal Folha do Oeste, Itaúna 1980.
Acervo Fotografias: Temo Santos, Maria Madalena Silva, Marisa Gonçalves de Sousa

domingo, fevereiro 17, 2019

AVENIDA JOVES SOARES

 Lei Municipal 0214/53 - CEP: 35680-346 e 35680-352
Denomina logradouro público: Av. Jove Soares / Centro,Graça, Pio XII

LEI Nº 214, de 29 de dezembro de 1953
Denomina avenida marginal ao Córrego da Praia...
O Povo do Município de Itaúna, por seus representantes, decreta e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Denominar-se-á CEL. JOVE SOARES a avenida marginal do Córrego da Praia.
Art. 2º Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Mando, portanto, a todas autoridades, a quem o conhecimento desta Lei pertencer, que a cumpram e a façam cumprir tão integralmente como nela se contém e declara.

Prefeitura Municipal de Itaúna, 29 de dezembro de 1953
Dr. Victor Gonçalves de Souza - Prefeito Municipal
Antônio Orlando Botelho Nogueira - Secretário


BIOGRAFIA


Ombro alto, magro, 1,75 de altura, cenho carregado, cabelos ralos e grisalhos, barba e bigode feitos, lúcido e jovial, aos 85 anos de idade, andava o Cel. Jove Soares Nogueira teso e desempenado como um moço.

Nascera aqui mesmo na fazenda das Três Barras, quando Sant'Ana do Rio São João Acima era distrito da cidade de Pitangui, em 8 de julho de 1868, na quadra mais tormentosa da guerra do Paraguai, entre as batalhas de Humaitá e Itororó.

Era filho de Firmino Francisco Soares, de Jaguaruna, hoje Onça de Pitangui, e de Fabiana Nogueira Duarte, filha caçula do velho Manoel Ribeiro de Camargos, da fazenda da Vargem da olaria, um dos turunas da sua época, nos tempos de Santana.

Aos 26 anos de idade, isto é, em 25 de agosto de 1894, casara-se com sua prima Augusta Gonçalves Nogueira, uma garota de 16 anos , viva e bonita, inteligente e prendada, filha primogênita de Josias Nogueira Machado, que lhe enfeitiçou a vida e lhe infundiu animo e força de vontade para trabalhar como um gigante, criar uma família de onze filhos, dar a estes educação e estudo nos melhores colégios, deixando a todos, tranquilo e orgulhoso de sua obra, o amparo de uma dignificante educação moral e cívica, de uma boa cultura e de regular fortuna. No tempo de sua mocidade, fora sobretudo boiadeiro.

Não era do tipo desgracioso, desengonçado e torto da personagem de Euclides da Cunha, mas possuía em toda a sua plenitude a tenacidade, a bravura e a fortaleza do sertanejo.

Não possuía o hábito de se recostar, quando parado, ao primeiro umbral ou à parede que encontrasse; nem cair de cócoras sobre os calcanhares; nem o de descansar sobre   os estribos, quando sofreava o animal, pra trocar duas palavras com um conhecido. Era um sertanejo um tanto quanto civilizado, sem chapéu de abas largas, de vestimenta comum, com muita compostura nos gestos e nas palavras.

Impulsionado pela fibra inata, deste meninote se acostumou a varar os sertões. Acompanhado do criolo Hortêncio, ou do preto Paulino, ou do seu primo Versol, ombro alto, relho de cabo de peroba à mão, tronco pendido para frente e oscilando à feição do trote de seus surrados cavalos, desferrados e tristonhos, rumava para Goiás, por trilhos, veredas e estradas quase intransitáveis, em busca de gado.

 Sem saber nadar, vadeava rios caudalosos agarrado à cauda de seu animal. Isto numa era em que não existia nem o avião, nem o automóvel e nem o rádio. Levava três meses tangendo vagarosamente, daquelas brenhas longínquas para Santana, o gado bravio e chucro ali adquirido. Ora cantarolava em surdina atrás daquela mole ondulante toada de senzala; ora afundava nas caatingas garranchentas colado a um garrote arribado e esquivo; ora lutava loucamente para conter o estouro da boiada.

Em casa, só ficava o tempo necessário à engorda do gado invernado nas suas fazendas da Bagagem, das Três Barras e do Pedro Gomes.

Se não lhe aparecesse comprado à porta, com a mesma fibra e tenacidade, punha o gado gordo em marcha e ia vende-lo à charqueada de Santa Cruz, ou abatê-lo em Niterói, no Estado do Rio, outra tirada de mais de seiscentos quilômetros no lombo de seus célebres cavalos.

Tinha apenas o conhecimento das primeiras letras; mas, inteligente e cônscio disso, sabia porta-se com compostura, nas reuniões mais seletas. Trazia sempre pronta uma verve de ironia para os pomadistas, para os pelintras e para os metidos a sabichões. Bom palrador, deliciava-se com uma boa prosa, simples ou picante. Pouco crédulo, desconfiado e sem respeito humano, nunca se deixou apanhar por espertalhões. Estava sempre a par do que ia pelo mundo, através da leitura dos jornais, no que era um viciado. Não fumava, não bebia e não jogava, mas em compensação fora um emérito galanteador, fino e respeitoso.

Na luta pelo direito, era um obstinado; demandista, ferrenho, porém leal. Chegara até a demandar, em pleitos memoráveis, na repulsa daquilo que julgava intolerável injustiça, com um irmão amado e com o vigário João Ferreira Álvares da Silva. Era visceralmente econômico. Dava ao dinheiro extraordinário valor, talvez pelas canseiras do trabalho honrado e duro em adquiri-lo e por possuir no mais alto grau o senso da previdência. 

Depois dos quarenta e dois anos, convidado respectivamente pelos amigos Dr. Augusto Gonçalves de Souza, Cel. João de Cerqueira Lima, Dr. Cristiano França Teixeira Guimarães, e Dr. Tomas de Andrade, fundara com os mesmos, em maio de 1911, a Companhia Industrial Itaunense, e em janeiro de 1923 o Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais, S.A., de que fora grande entusiasta e onde invertia invariavelmente as suas economias na compra de suas ações.

Com o falecimento do Cel. Antônio Pereira de Matos, ocorrido em 27 de fevereiro de 1926, fora eleito diretor secretário da Itaunense , posto em que se manteve pela consideração de seus amigos até o fim de sua vida.

Nunca fora forte em política.  Mas vangloriava-se em tom de caçoada, em poder contar, em qualquer emergência, com dois votos seguros: o da Galinha Gorda, seu rendeiro da fazenda da Bagagem, e o do Antônio Luiz, seu sobrinho por afinidade. Mas, mesmo assim , foi vereador à primeira Câmara Municipal de Itaúna , em 1902 , mandato que lhe foi renovado até 1916; e foi Conselheiro Municipal  em 1932 e 1936.

Enviuvou-se em 14 de maio de 1935. E venerou a memória de sua esposa querida até o último alento. Todas as tardes, ao pôr do sol, em casa ou em qualquer lugar em que estivesse, voltava-se em espírito e coração pra o local onde jazia a amada, guardando uns minutos de silêncio, rezando baixinho, ou balbuciando coisas ininteligíveis, como a confidenciar com alguém de muita estima e respeito.

Falecera em 17 de novembro de 1953. Fora um bravo até para morrer. Se lhe fosse possível vencer a morte, ele a venceria, porque com ela disputava palmo a palmo, conscientemente, bravamente, o direito de viver um pouco mais, contendo, inúmeras de suas tremendas investidas, contrariando todos os prognósticos dos médicos assistentes, até tombar inconsciente, debaixo de seus inexoráveis tentáculos.






REFERÊNCIAS:
Pesquisa: Charles Aquino, Patrícia Gonçalves Nogueira.
Organização & Fotografia: Charles Aquino
Biografia: Mário Soares
Projeto de Lei dos Logradouros: Prefeitura Municipal de Itaúna
Texto: Revista Acaiaca nº 56, org. Celso Brant,1952, p.28,29,30,31.
Acervo: Instituto Cultural  Maria de Castro Nogueira - ICMC