Luiz Mascarenhas
Eia pois, ante meus olhos
Os umbrais do templo
Templo de templos
Da minha Itaúna
Transponha os umbrais do templo
Do venerando templo
E transporás o tempo
Tempo dos tempos
Da minha Itaúna
Do tempo sem tempo
Do eterno
tempo
Dos sinos do templo
Do toque das almas
Do toque das coisas
Do toque do vinho
Do toque da música
Do toque de Deus
Do toque do Amor...
Das janelas mudas do templo
Fitam-nos os tempos de outrora
Como olhos curiosos
Repostos sobre o tempo de agora
Outros sons
Outras gentes
No mesmo eterno
Na mesma Arte
Na mesma sede
Na mesma faina
No mesmo viço
É Vida que
se renova
É Vida que grita ao Eterno
Eterno da Fé
Transponha os umbrais do templo!
Vinde...veja...ouça...sinta!
O Tempo sem tempo
Pelos umbrais do templo...
Do venerando templo...
*da Academia Itaunense de Letras
Fotografia: Adilson Nogueira