segunda-feira, junho 05, 2017

OS UMBRAIS DO TEMPLO

Luiz Mascarenhas


Eia pois, ante meus olhos

Os umbrais do templo
Templo de templos 
Da minha Itaúna 

Transponha os umbrais do templo
Do venerando templo
E transporás o tempo
Tempo dos tempos
Da minha Itaúna

Do tempo sem tempo
Do  eterno tempo 
Dos sinos do templo 
Do toque das almas
Do toque das coisas
Do toque do vinho
Do toque da música
Do toque de Deus
Do toque do Amor...

Das janelas mudas do templo
Fitam-nos os tempos de outrora
Como olhos curiosos
Repostos sobre o tempo de agora

Outros sons
Outras gentes
No mesmo eterno
Na mesma Arte
Na mesma sede
Na mesma faina
No mesmo viço
É  Vida que se renova
É Vida que grita ao Eterno
Eterno da Fé

Transponha os umbrais do templo!
Vinde...veja...ouça...sinta!
O Tempo sem tempo 
Pelos umbrais do templo...
Do venerando templo...


*da Academia Itaunense de Letras






Fotografia: Adilson Nogueira