Nise Campos
1934
Corre o São
João, ao longe, preguiçosamente,
Talvez as
suas tradições cantando ...
Como
soberano, corta a várzea ao meio
E segue o
seu caminho ...
— Que será
que esse rio pensa?
— Nem um
pescador na praia! ...
— Nem uma
morena a lavar cantando! ...
Deixemos
que ele chore a Sant’alma antiga,
Pois que o
eco do progresso nos acorda ...
Canta a
indústria e o comércio canta...
E a alma
vibra longe do rio ...
Itaúna vive
à luz de um claro sol,
Que ilumina
a escola e a oficina aquece...
A alma se
levanta com o fragor das máquinas.
E o
espírito dorme no fervor da prece!
Olho o
poente, onde a cor deslumbra,
Irisando o
céu onde as nuvens erram...
Rogam numa
saudade as águas do rio...
E Itaúna
dorme como Sant’Anna Velha...
Referências:
Organização: Charles Aquino
Colaboradora: Lindomar Batista Lage
Texto: Nise Álvares da Silva Campos (In Memoriam)
Acervo: Professor Marco Elísio Chaves Coutinho(In Memoriam),
Instituto Cultural Maria de Castro Nogueira, Charles Aquino.
0 comentários:
Postar um comentário