Em
pesquisas sobre a cultura popular, especialmente em Minas, o historiador
itaunense João Dornas Filho, nos fornece estudos sobre a natureza das lendas e
sua popularização. O historiador destaca que, o Diabo, por ser peça relevante no
imaginário de um povo, não deixaria de figurar na demologia brasileira.  
Dornas destaca que o Diabo no lendário do povo português é encarnado por vários nomes: 
No
início do século XIX, um padre apóstata do arraial de Sant’Ana de São João Acima, hoje Itaúna, apareceu sob
forma de um veado.
Na
paróquia de Sant'Ana havia o pároco, o Revdº Antônio Maximiano de Campos e o
padre Delfino José Rodrigues.  Certa certa vez, o padre Delfino saiu para caçar em companhia de seus cães em um domingo pela manhã. Os
caçadores correram toda manhã atrás do veado, todavia, o animal não deixava
rastro e os farejadores começaram a cansar.
No
meio do matagal já desiludido e rezando algumas Ave-marias para São Longuinho,
o padre já dava por perdido à caça ao Demonho, todavia, eis que surge o
Mafarrico ao alcance da mira da espingarda do padre Delfino. O atirador não
pensou duas vezes, apertou o gatilho o mais rápido possível — click, click,
click, a espingarda negou o maldito fogo e o veado fugiu!!!
Ao
examinar novamente a arma, o padre Delfino verificou que, “a escova estava
umedecida por líquido catinguento, que não podia deixar de ser mijo do diacho”. 
Referência: FILHO,
João Dornas. Achegas de etnografia e folclore. Imprensa Publicações. Belo
Horizonte,1972, p.194.
Pesquisa e elaboração:
Charles Aquino, graduando em História 7º período, UEMG/Divinópolis. Nosso grifo* "diacho"
Acervo: Figura meramente ilustrativa da internet. 
 https://orcid.org/0009-0002-8056-8407
      https://orcid.org/0009-0002-8056-8407
    
 
