quarta-feira, outubro 31, 2012
domingo, outubro 28, 2012
ESTRADA DE FERRO ITAÚNA
sexta-feira, outubro 26, 2012
ÁGUA ITAÚNA (PARTE I)
Análise do texto
O texto
"Século XX", extraído do livro "Efemérides Itaunenses" de
João Dornas Filho, oferece uma rica descrição histórica da evolução do
abastecimento de água na cidade de Itaúna, revelando a importância das
iniciativas comunitárias e políticas na melhoria das infraestruturas locais. A
análise crítica deste texto pode ser dividida em várias vertentes: a narrativa
histórica, o impacto social, a memória familiar e a transformação urbana.
A descrição de
Dornas Filho começa com a Lei Municipal nº 311, que desapropriou as nascentes
da fazenda do Descoberto para o abastecimento de água na cidade. Esta
iniciativa é contextualizada dentro de um evento religioso, a festa do Divino
de 1884, quando o capitão Custódio Coelho Duarte utilizou seus escravos para
trazer água da fazenda ao Largo da Matriz. Este fato mostra a conexão entre as
festividades religiosas e as melhorias urbanas, destacando o papel dos líderes
comunitários na implementação de infraestruturas essenciais.
A narrativa
prossegue com a concessão de recursos pela Província, através do deputado Dr.
Antônio Felício dos Santos, para a canalização da água. Esta etapa, realizada
em 1887, é um marco significativo, pois ilustra o envolvimento das autoridades
políticas na solução de problemas comunitários, assegurando o abastecimento de
água à população.
A obra de Dornas
Filho expõe a relação entre os eventos culturais e o desenvolvimento urbano,
ressaltando como as festividades religiosas podem influenciar diretamente as
melhorias na infraestrutura pública. A iniciativa de canalizar a água para a
cidade não apenas atendeu a uma necessidade básica da população, mas também
promoveu o bem-estar coletivo durante eventos de grande congregação, como a
festa do Divino.
Memória
Familiar
O relato da avó materna do autor, Avantjour Nogueira, adiciona uma camada pessoal e emocional ao texto. As memórias de Avantjour, que viveu nas décadas de 60 e 70, servem como um testemunho vívido das mudanças que ocorreram na cidade ao longo dos anos. Ela recorda a presença do rêgo, mesmo que já deteriorado, como um vestígio palpável da história e da transformação urbana de Itaúna. Esta memória familiar não só enriquece a narrativa histórica, mas também conecta o passado ao presente de forma tangível e emocional.
A destruição
gradual do rêgo de madeira, observada pelo autor durante sua infância,
simboliza a transição de métodos rudimentares para técnicas mais avançadas de
abastecimento de água. A persistência do filete d'água remanescente atesta a
durabilidade e a importância do sistema original, mesmo com o avanço do tempo e
das tecnologias.
O texto de João
Dornas Filho, complementado pelas memórias familiares, oferece uma visão
detalhada e multifacetada da evolução do abastecimento de água em Itaúna. Ele
ilustra como a união de esforços comunitários, religiosos e políticos pode
resultar em melhorias significativas para a infraestrutura urbana. A inclusão
de memórias pessoais adiciona profundidade e humanidade à narrativa,
ressaltando a importância de preservar e valorizar os testemunhos históricos
individuais como parte integrante da memória coletiva de uma comunidade.
Esta análise
evidencia a relevância de estudos históricos locais para compreender melhor a
evolução das infraestruturas e o impacto das ações comunitárias no
desenvolvimento urbano. Além disso, destaca a importância de documentar e
compartilhar memórias familiares, que enriquecem e humanizam as grandes
narrativas históricas.
quarta-feira, outubro 24, 2012
RENA SUPERMERCADO
Juventino Aeraphe Da Silva (Sr. Juvico)
Supermercados RENA - O Fundador
A
Família de Juventino Aeraphe da Silva tem raíz no libanês MADIG MOSLCH AERAPH,
que para se naturalizar Brasileiro necessitou alterar seu nome para FRANCISCO
JOSÉ DA SILVA e receberia depois o apelido de "CHICO TURCO". Nascido na cidade libanesa de Kfar Matta, a
80 quilômetros de Beirute, no Oriente Médio, em 1878, era filho de JOSEPH
MOSLEH AERAPH e SALMA MOSLEH. Sua chegada ao Brasil se deu em 1905, portanto
aos 17 anos de idade. Veio em busca das riquezas do Ouro em companhia do irmão
FAND MOSLEH AERAPH que optou por morar na Argentina, e do primo GUSTAVO, fixou
morada no povoado de Pedras, em Itatiaiuçu, então distrito de Itaúna. Logo que
chegou ao país procurou a Comunidade Libanesa do Brasil para filiar-se como
vendedor ambulante e foi em suas andanças como vendedor libanês pelos
municípios, distritos e povoados em volta de Itatiaiuçu que CHICO TURCO iniciou
sua vida de comerciante. Andava a pé, levando sua mala, visitando fazendas nas
grotas e cafundós.
Durante
seu trabalho de Mascate, conheceu FRANCISCA MARRA DA SILVA, que tinha ficado
viúva aos 13 anos de idade e sem filhos, na fazenda do pai desta, Gregório
Esteves Gaio (tio de meu avô José Esteves Gaio). O casamento foi realizado três
anos depois quando CHICO TURCO se naturalizou brasileiro e já havia se
estabelecido como comerciante em Itatiaiuçu, além de plantador de café na Serra
dos Vieiros, ocasião em que também comprava, vendia e trocava mercadorias por
ouro. Com a mulher FRANCISCA, também apelidada de CHICA TURCA, teve 11 filhos:
Juventino Aeraphe da Silva, Juversina Maria de Jesus, José Francisco da Silva
(Juca Turco), Antônio Quirino da Silva (primeiro Prefeito Municipal de
Itatiaiuçu em 1963), Amim Geraldo da Silva, Farid José da Silva (Dico Turco),
Afonso Carmo da Silva, Divina Conceição da Silva, Lourdes Maria da Silva,
Jandila da Conceição Silva e Jalile da Conceição Silva.
JUVENTINO
AERAPHE DA SILVA, o Sô JUVICO, o filho mais velho de CHICO TURCO, nasceu em
Itatiaiuçu no dia 25/ 01/1908 e faleceu em 18/01/1970. Casou-se em primeiras núpcias
com MARIA DA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA que faleceu subitamente cerca de 11 anos
depois, deixando-o com 5 filhos pequenos: ANTÔNIO (Tote) então com 9 anos,
IRACEMA, GETÚLIA, SHERIFE e MÁRO (faleceu ainda criança). Ficou viúvo por pouco
tempo, casando-se novamente com MARIA CAROLINA MORAIS DA SILVA (Dª ZINHA), com
quem teve mais 9 filhos: PLÍNIO (Lili), ÁLVARO (Loro), SIGMAIR (Dil), BENIGNO
NABOR, RENATO ARNALDO, APARECIDA, MÚCIO, JUVENTINO WANDEIR (Wands) e ZILÁ. Dª
ZINHA ou Dinha ZINHA como a chamavam os filhos do primeiro matrimônio assumiu a
responsabilidade de criar como se fossem seus, os filhos de Juvico que também a
chamavam de mamãe. Em Itatiaiuçu Sô JUVICO mantinha a família com a loja de
tecidos e armarinho, onde seu filho NABOR desde bem pequeno com 7 anos já o
ajudava muito e com quem aprendeu a contar como seu braço direito.
Como
grande empreendedor Sô Juvico teve a visão de crescer seu comercio e resolveu
junto com Nabor a abrir uma loja em Itaúna! Então em 28 de Junho de 1957, Nabor
com 15 anos de idade, veio para Itaúna sozinho montar e tomar conta da loja em
sociedade com seu pai, a loja São Sebastião de Itatiaiuçu foi montada na Rua
Antonio Corradi esquina com a Av Jove Soares onde criaram o que é hoje o maior
ponto Comercial de Itaúna. O Sr. JUVICO veio com a família 6 meses depois que o
novo negócio estava já estabilizado.
A
loja sortida com artigos variados como sapatos, aviamentos, bijuterias, artigos
de perfumaria, logo fez sucesso na cidade.
Muito comunicativo Sô JUVICO ficou muito conhecido por toda vizinhança e
aos poucos foi cativando seus fregueses, sempre muito simpático com todos.
Todos os meses Sr. JUVICO e seu filho NABOR pegavam suas "malas" e
iam para Belo Horizonte fazer compras.
Bons
comerciantes e grande visão de futuro, foram percebendo a necessidade dos
clientes e resolveram ampliar o negócio, instalando bancas onde vendiam frutas,
doces e bolinhos feitos por Dª ZINHA, a matriarca da família. Logo foram
aparecendo novos fregueses e o Sr. JUVICO, que dividia com NABOR a
administração dos negócios, viu-se obrigado a diminuir a loja de armarinhos e
acrescentar a venda produtos alimentícios. Nascia assim a "VENDA DO
JUVICO". O negócio foi prosperando. Em 1967, onde hoje está Loja Matriz, à
Rua Antônio de Matos, estava o casarão do Sr. Juquita Antunes (pai do Dr. Délio
e onde ele e os irmãos nasceram. Conheço bem tal fato porque defronte, onde
está hoje a Padaria do Zé Brotinho e o escritório da Cemig, existia o casarão e
a oficina de meu avô ZECA FRANCO, onde passei parte de minha infância).
Em
16/08/67 alugaram dois cômodos e transformaram as 2 janelas em portas,
inaugurando a primeira filial. Nesta época Nabor passou a contar com a ajuda do
irmão RENATO para tomar conta da filial e posteriormente se tornar sócio do negócio. Em 1970 faleceu o Sr. JUVICO, deixando para
seus filhos a missão de continuar os negócios. Em 1972 NABOR montou o primeiro
armazém da cidade, na praça Dr. Augusto Gonçalves, com o nome de "Pegue e
Pague" ou seja, a filosofia do autosserviço, usando prateleiras onde os
próprios fregueses escolhiam as mercadorias e pagavam na saída. Estava
inaugurado um modelo que era novidade pelo mundo, o modelo do Supermercado, na
época também chamado de Armazém. Neste ínterim o Sr. Juquita Antunes vendeu seu
casarão e os agora sócios RENATO e NABOR transferiram a filial para a Lagoinha,
onde hoje está a sorveteria Kalafrio.
Em
1973, onde existia o casarão, estava pronto o atual prédio e surgiu aí a
oportunidade de comprar um ponto na Rua Antônio de Matos. NABOR e RENATO uniram
todas as suas forças e se desfizeram de suas duas lojas para montar o primeiro
RENA em 1974. RENA leva as iniciais seus sócios RE de Renato e NA de Nabor e
ainda o slogan: Real Economia Na Alimentação.
FRUTOS
DO TRABALHO e da vida do grande visionário "JUVENTINO AERAPHE DA
SILVA", o eterno SÔ Juvico!
Texto:
Juarez Nogueira Franco
Fontes
de Consulta:
Guaracy
de Castro Nogueira
Nágela
Chaves Silva Maromba - (neta)
Valdete
Silva Nogueira e Franco - (neta)
Organização:
Charles Aquino
sexta-feira, outubro 19, 2012
CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO ITAÚNA
Dr. Augusto Gonçalves de Sousa Moreira
|
Presidente da Câmara Itaúna
|
Padre Antônio Maximiliano de Campos
|
Vice-Presidente Itaúna
|
Jove Soares Nogueira
|
Vereador Itaúna
|
Mardoqueu Gonçalves de Sousa
|
Vereador Itaúna
|
Luiz Ribeiro de Oliveira
|
Vereador Itaúna
|
Flávio José de Faria Santos
|
Vereador Itaúna
|
Padre Euzébio Nogueira Penido
|
Vereador Itatiaiuçu
|
Antônio Faria
|
Vereador Cajuru
|
Luiz Augusto da Silva
|
Vereador Conquista
|