sexta-feira, outubro 26, 2012

ÁGUA ITAÚNA (PARTE I)

Século XX

Vejamos o que nos diz nosso conterrâneo e Historiador João Dornas Filho em seu livro "Efemérides Itaunenses".

"A Lei Municipal nº 311 desapropria por utilidade pública as nascentes da fazenda do Descoberto para o abastecimento d'água à cidade. O abastecimento d'água potável à cidade tem a sua origem numa festa do Divino, em 1884. É que, sendo festeiro ou imperador da festividade o capitão Custódio Coelho Duarte, este fez com que a água do Descoberto (depois fazenda de Alfredo Gonçalves) viesse ter ao Largo da Matriz em rêgo aberto pelos seus escravos.

 A água se destinava ao povo que concorresse às festas, pois até essa data não havia água na Praça da Matriz. Mais tarde, em cumprimento a uma promessa feita aos eleitores de Santana pelo deputado geral Dr. Antônio Felício dos Santos, uma lei da Província, de 1887, concedia nove contos de réis para a canalização dessa água, que feita em madeira pelo carpinteiro Antônio Joaquim Marques, e por muitos anos serviu à população".
Sant'Ana 31 de janeiro de 1918




Minha avó materna Avantjour Nogueira, falecida há 42 anos e aos 85 de idade, já nas décadas de 60 e 70 contou-me várias vezes que, quando se mudou para o casarão onde criou os filhos e viveu o restante de sua vida, à Avenida Getúlio Vargas (já foi assunto deste site), ainda havia restos do rêgo acima descrito por João Dornas e com um filete d'água ainda passando.

Pessoalmente conheci o rego, já sem a madeira, destruída pelo tempo e seco atravessando o quintal de um lado a outro em direção ao centro da cidade. Esta água, canalizada por rego, era do Córrego do Sumidouro.









Referências:
Texto: Juarez Nogueira Franco
FILHO, João Dornas. Efemérides Itaunenses João Dornas Filho, p.26, 1951, ed. Calazans
Pesquisa: Juarez Nogueira Franco & Charles Aquino
Revisão e Arquivo: Prof. Marco Elísio Chaves Coutinho
Organização: Charles Aquino

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