MUSEU ITAÚNA: SINO BRASIL IMPÉRIO
Organização, arte e pesquisa: Charles Aquino
MUSEU ITAÚNA: SINO BRASIL IMPÉRIO
Organização, arte e pesquisa: Charles Aquino
O trabalho realizado por Fábio Lopes de Lima em relação ao
Museu Etnográfico Antônio Martins de Lima é uma iniciativa notável para a
preservação do patrimônio cultural e histórico de Itaúna, Minas Gerais. Fundado
em 2000, o museu foi inspirado pela memória do avô de Fábio, Antônio Martins de
Lima, que trabalhou na restauração de monumentos históricos. A influência do
avô, mestre de obras que colaborou com o SPHAN (atual IPHAN) sob a direção de
Rodrigo Melo Franco de Andrade em São João del Rei, foi crucial para a formação
do museu.
O principal objetivo do Museu Etnográfico era recolher,
restaurar e expor objetos utilizados pelos antepassados da região,
proporcionando ao público uma compreensão detalhada do modo de vida, trabalho,
e das relações sociais, jurídicas, econômicas, religiosas e culturais ao longo
da história. Além disso, o museu aspirava tornar-se um centro de referência
para pesquisas histórico-etnográficas, funcionando como um irradiador de
conhecimento e formador de conservadores da história local.
Em 2003, o acervo de 312 peças do Museu Etnográfico Antônio
Martins de Lima foi tombado como patrimônio protegido pelo município de Itaúna,
oficializando a importância do museu e garantindo a preservação de seus
artefatos para futuras gerações.
No entanto, lamentavelmente, não há mais informações
disponíveis sobre o Museu Etnográfico. Espera-se que algum dia surjam notícias
sobre este importante bem material do município de Itaúna, cuja ausência de
informações atuais impede a apreciação completa de seu valor cultural e
histórico. A continuidade do museu e a atualização sobre seu estado são
essenciais para assegurar que seu acervo e a memória cultural que ele
representa sejam preservados e valorizados.
O Museu Etnográfico Antônio Martins de Lima, por meio dos
esforços iniciais de Fábio Lopes de Lima, representa um compromisso profundo
com a preservação da história e cultura locais. A falta de informações atuais
sobre o museu é uma perda significativa, e há uma expectativa de que sua
relevância e função sejam retomadas e reconhecidas no futuro.
DENOMINAÇÃO
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ENDEREÇO
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ANO DE TOMBAMENTO
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Acervo do Museu Etnográfico Antônio Martins
de Lima (312 peças)
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Museu Etnográfico Antônio Martins de Lima
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2003
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1) Duas estatuetas esculpidas em madeira por
Aleijadinho
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2) Um Tinteiro feito de lavas do Vesúvio
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3) Uma taça encontrada nas ruínas de Pompéia
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4) Uma caixa diminuta com estampa de D. Pedro I,
contendo, em páginas e letras microscópicas, a primeira “Constituição do
Império do Brasil” 1824.
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5) Um talismã de esteatita dos Incas
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6) Uma tela feita de cabelos reproduzindo
Napoleão em seu degredo, na ilha de Santa Helena.
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7) Uma tela de D. Pedro II na Quinta da Boa
Vista
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8) Uma tela do julgamento da célebre cortesã
grega Frinéia no Areópago.
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9) Uma tela com moldura artística contendo a
fotografia dos 31 membros do primeiro Congresso Nacional.
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10) Trabalhos em madrepérola.
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11) Uma máscara de um rei da China.
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12) Um par de alpercatas, vendidos pela famosa
Chica da Palha.
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13) Um armário grande e sólido com joias.
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14) Um leque de ouro com as armas do Império em
filigrana.
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15) Objetos em ouro: brincos, braceletes, facas,
colheres, garfos, bules açucareiros, coroas e castiçais.
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16) Armas: Maças, tacapes, flechas, pequeno
canhão, espingardas, dardos, trabucos, mosquetes, bacamartes de mecha,
adagas, alabardas (pretorianos do tempo de César), abuses e lanças.
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17) Coleções de Borboletas
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18) Coleções de Insetos
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19) Livros: Humolt, Martius, Saint-Hilaire,
Fábulas do Esposo, Walter Scott, Shakespeare, São Tomás de Aquino, Dante com
a sua divina comédia, Goethe, Cervantes e uma bíblia do século XVII.
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20) Peso padrão que pertenceu a Intendência de
Vila Rica usado para pesar ouro.
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21) Um livro sendo a 1ª Constituição Política do
Brasil, dentro de um estojo de ouro, com 3 centímetros de dimensão.
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22) Um álbum com incrustação a ouro das
celebridades mundiais, com 360 retratos, colecionados pelo Márquez da Penha.
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23)Uma vara do Ouvidor de Sabará, com armas
portuguesas e uma lança da Guarda Pretoriana de César com efígie de
Nero.
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24) Um tamanquinho com que o cel. João Lima
(fundador da fábrica da Itaunense) veio de Portugal
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25) Moedas de cobre do Império Romano e Colônia
do Brasil
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26) Moedas de prata e de ouro do Império
Brasileiro
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27) Uma lança autêntica usada por cavaleiros da
Idade Média
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28) Louças da China e da Índia
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29) Uma bengala de madeira feita a canivete
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30) Uma caveira de veado com chifres de pelo
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31) Dois machados de pedra indígena
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32) Uma palma marítima
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33) Uma peia de Ferro (Instrumento para tortura
de escravos. Constava de uma espécie de algema ou corrente que prendia os pés
do escravo).
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34) Um Libambo (Que em língua bunda significa
corrente que era colocado ao pescoço. Nesta corrente de ferro, vai-se
perdendo de pouco em pouco espaço cada um dos pretos escravos da maneira
seguinte: pelo anel da corrente no espaço competente fazem os sertanejos, e
os do comboio passar um pedaço de ferro e com ele à força de pancada fazem
outro anel; e sobrepondo as pontas de ferro uma a outra, fica a mão do
escravo presa, e metida nesta nova argola).
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