sexta-feira, julho 12, 2024

TESTAMENTO JOÃO LOPES

O Testamento de João Lopes da Silva, datado de 26 de setembro de 1848, é um documento em que o testador, gravemente enfermo, estabelece suas últimas vontades e distribui seus bens. João Lopes da Silva, natural da Freguesia de Santa Anna do Rio São João Acima, do povoado do Córrego do Soldado, filho de Salvador Lopes Rodrigues e Maria Fernandes da Silva... declara que sempre se manteve solteiro e não possui herdeiros diretos.

João nomeia seus irmãos Alexandre Lopes da Silva e Manoel Lopes da Silva como seus testamenteiros, dando prioridade ao primeiro. Ele premia Alexandre com os bens das casas da Fazenda da Cachoeira, exceto os trastes, além de seis alqueires de terras de cultura na Cachoeira. A Manoel, João deixa um par de esporas de prata e um garrote lavrado de dois anos.

Como irmão terceiro da Senhora do Carmo, João solicita que seu testamenteiro pague qualquer dívida à Irmandade. Ele especifica que seu corpo seja acompanhado por dois clérigos no enterro e que sejam celebradas 140 missas para sua alma, incluindo dois oitavários, e mais 40 missas, divididas igualmente entre as almas de seus falecidos pais.

João também deixa uma novilha de um ano para cada um de seus três afilhados: Antônio, filho de seu irmão Antônio; José, filho de seu irmão Manoel; e Manoel, filho de seu irmão José. Adicionalmente, determina que um carro de milho seja distribuído aos pobres.

O restante de seus bens é legado a Rita, filha de Manoel Lopes Rodrigues, morador desta Freguesia. Alexandre, como testamenteiro, é encarregado de administrar os bens de Rita até que ela esteja habilitada ou incapaz de fazê-lo, atuando também como seu tutor.

O testamento foi redigido pelo tabelião Quintiliano José Pinto, a pedido de João, e assinado pelo testador. Foi aberto em 11 de outubro de 1848 em Santa Anna pelo juiz de Paz João Nogueira Coelho Duarte, com Alexandre Lopes da Silva aceitando seu papel de testamenteiro.

Narrativa em áudio! Imperdível!

Referências:

Pesquisa e Paleografia: Dr. Alan Penido.

Elaboração, arte e roteiro: Charles Aquino.

Fonte: Acervo Testamentário do IHP – Instituto Histórico de Pitangui – Minas Gerais

Transcrição do documento disponível em: Resgate da História