segunda-feira, junho 27, 2022

CARNAVAL ITAUNENSE


  O carnaval em Itaúna possui uma tradição histórica que remonta ao século XIX. A festa já era celebrada desde 1880, quando o município ainda era conhecido como Santana do Rio São João Acima. Ao longo da sua extensa história, a trajetória carnavalesca desempenhou um papel significativo no tecido cultural e social da comunidade local, sublinhando a sua importância duradoura.

   Ao longo dos anos, o carnaval itaunense passou por transformações significativas desde o final do século XIX. Caracterizado inicialmente por festividades simples como bailes e festas, aos poucos evoluiu para desfiles mais elaborados, blocos carnavalescos e escolas de samba. Cada nova geração deixou a sua marca na celebração, enriquecendo ainda mais esta tradição de longa data. 

   Na década de 1980, como por exemplo, o carnaval de Itaúna atingiu seu auge em termos de popularidade e organização, estabelecendo-se como um dos eventos mais aguardados e vibrantes da cidade. Esta época é muitas vezes lembrada como uma época de grandeza, com procissões hipnotizantes de escolas de samba, blocos animados e amplo envolvimento da comunidade.

   Durante a década de 1980, o carnaval de Itaúna, realizado em Minas Gerais, foi uma importante celebração cultural que reuniu a comunidade local e cidades próximas. As festividades foram caracterizadas por festas exuberantes, animados desfiles de rua e envolvimento entusiástico do público.

   No centro do carnaval de Itaúna estavam as cativantes escolas de samba. Essas escolas participavam de competições amistosas, exibindo seus trajes complexos, carros alegóricos deslumbrantes e sambas especialmente elaborados. Com meses de antecedência, a comunidade se reunia para se preparar para este grande evento. Ao lado das escolas de samba, os blocos carnavalescos também desempenharam um papel vital, saindo às ruas e atraindo multidões entusiasmadas com seus trajes lúdicos e pouco convencionais.

   As ruas de Itaúna se transformavam em verdadeiros palcos a céu aberto. As festas de rua eram comuns, com música ao vivo, barracas de comida e bebida, e muita dança. Além disso, clubes locais organizavam bailes de carnaval, onde as pessoas se reuniam para dançar ao som de samba, marchinhas e outros ritmos carnavalescos. O carnaval na década de 1980 em Itaúna era um reflexo da rica cultura local. O evento era uma oportunidade para a expressão artística com muita criatividade e alegria. Era também um momento de confraternização e união comunitária, onde pessoas de todas as idades participavam ativamente.

   A economia local experimentou um impulso substancial como resultado das festividades de carnaval. Diversos setores, incluindo empresas, costureiras e artesãos, colheram os benefícios do aumento da demanda por produtos e serviços associados ao evento. Além disso, o afluxo de visitantes das cidades vizinhas não só impulsionou o turismo, mas também teve um impacto positivo na economia da região. O carnaval de Itaúna da década de 1980 marcou, sem dúvida, uma época de ouro para os festejos carnavalescos da cidade. Estes eventos, caracterizados por uma mistura harmoniosa de tradição, exuberância e participação ativa da comunidade, deixaram uma marca indelével no património cultural da cidade.

 















PESQUISA , ORGANIZAÇÃO e ARTE: Charles Aquino

ACERVO:  Angelo Agostini. O Carnaval de Domingo / O Mosquito 1877

ACERVO: Jean-Baptiste Debret (1768-1848) retratou a prática do entrudo no Brasil.

ACERVO: Via Fanzine – e-book

ACERVO: Professor Marco Elísio Coutinho (In Memoriam)

ACERVO: Charles Aquino

domingo, junho 26, 2022

BLOCO DOS CUECÕES

SUBSÍDIOS PARA HISTÓRIA DO CARNAVAL ITAUNENSE

DESFECHO HISTÓRICO D'OS CUECÕES

Em 1976 um pequeno agrupamento de amigos, resolveu organizar um bloco para desfilar pelo “BLOCO DOS FARRAPOS”, o qual deram o nome de “CUECÕES”, devido ao modelo de fantasia escolhida.

A fantasia se resumia em um cuecão listado de azul e branco, camisa social branca, gravata e chapéu de palha. Tinha com componentes os elementos: Vandão, Paulo, Antônio Albano, Jair (Didi), Joaquim (Didi cobal), Clésio e demais componentes.

Neste mesmo ano, surgiu o bloco dos “LANFRANHUDOS”, também tendo como objetivo desfilar pelo “BLOCO DOS FARRAPOS”. Tinha como fantasia um roupão branco que trazia entre vários desenhos a caricatura de cada componente, entre estes destacamos: Célio, José Augusto (Zéu), Ronaldo (Nem), Antônio Sérgio (Bolão), Gilmar (Gibú), José Barbosa, Luciano Jorge (o poeta) e demais componentes.

Já em 1977, houve a fusão dos blocos acima mencionado que passou a denominar-se “CUECÕES DOS LANFRANHUDOS “, que tinha por objetivo apenas participar de uma forma mais ativa do carnaval de Itaúna. Contávamos com uns quarenta elementos, onde o ideal era apenas curtir da melhor maneira possível o carnaval de 1977, uma vez que, não tínhamos nenhuma organização e muito menos uma bateria adequada.

Entusiasmados com o efeito de 1977, passamos a encarar de uma forma o carnaval de 1978, passando o bloco a denominar-se “D'OS CUECÕES”, devido a melhor originalidade do nome.

O objetivo maior estava incutido em nossas cabeças, o de se fazer um verdadeiro Bloco carnavalesco, e com ele as dificuldades, entre podemos citar a financeira como a principal pra dar início ao desenvolvimento do bloco, por isso lançamos mão de várias promoções, entre ela podemos destacar, rifas, emblemas em camisas com a finalidade de promover o nome do bloco, etc.

Em 1978 saímos realmente como um bloco carnavalesco. Ficamos surpresos com o grande número de componentes que desfilaram, pois não tínhamos feito nenhum controle, ou seja, a inscrição para sabermos realmente quantos foliões participaram. Em uma estatística feita pressupomos a participação de mais ou menos 350 figurantes.

Entusiasmados com a grande arrancada e tentando aprimorar ainda mais nosso bloco, passando a encarar o carnaval par 1979, fizemos várias promoções onde tentamos levantar alguma renda, entre estas podemos destacar a apresentação do time de futebol da AGAP de Belo Horizonte que enfrentou a seleção de Itaúna.

Com a renda adquirida, investimos em nosso bloco aprimorando e aumentando nossa bateria, procuramos melhorar ainda mais nossas alegorias, etc.

Apesar da grande indecisão a respeito do carnaval para 1979, nosso bloco não desanimou, o tecido para nossa fantasia já estava a venda, a diretoria se movimentava procurando avisar nossos componentes que se preparassem, pois os CUECÕES acreditavam na realização do nosso brilhante carnaval itaunense.

Este ano estamos desfilando com aproximadamente 300 componentes e nosso tema abordado é a Natureza letra composta pelo nosso poeta Luciano que cada ano que passa, vem aprimorando mais e mais nosso bloco. Queremos dizer que tudo que estamos apresentando é fruto de nosso próprio esforço, uma vez que não tivemos ajuda financeira direta de ninguém, tivemos sim, um grande apoio moral de todos, o que para nós, foi o suficiente para encararmos novamente a luta e colocarmos nosso bloco em desfile, tendo como objetivo o de abrilhantar ainda mais o carnaval de Itaúna. 

CARNAVAL 80 – ITAÚNA/MG

BLOCO D'OS CUECÕES 

Samba enredo do Bloco D'OS CUECÕES

Autor: Luciano Jorge

I

Os jardins – A nossa passarela.

Viemos cantar a natureza,

A nossa de todas a mais bela!

II

Oh! Que lindo azul,

Encontrando com o mar,

E praias tão brancas

Tão cheias de sol!...

III

Gira, Gira, girassol

Pro lado de lá

Vai mandar esse progresso

Para outro lugar

Sempre outro lugar

Sempre, sempre, sempre viva

Há de ficar

A nossa liberdade

De se respirar.

Samba, samba, samambaia

Quero ver sambar

Com as forças da natureza

Ninguém poderá ... 

___________________________________

CÂMARA MUNICIPAL DE ITAÚNA

 

Carlos Roberto de Freitas, o Carlinhos da Prefeitura

“Fundador e presidente penta campeão do Bloco de Carnaval Cuecões.”


PROCESSO DE MOÇÃO 12/2019

MOÇÃO DE APLAUSOS

Autoria: Vereadora Otacília Barbosa


A Câmara Municipal de Itaúna, Estado de Minas Gerais, apresenta Moção de Aplausos ao Sr. Carlos Roberto de Freitas pelos 41 anos de serviço público com fiel dedicação, competência e compromisso na prestação de serviços ao município de Itaúna.

 

JUSTIFICATIVA 

Carlos Roberto de Freitas, o Carlinhos da Prefeitura, nascido e criado em Itaúna. Casou- se com Maria Cristina Pereira de Freitas, professora, com quem teve os filhos Ana Luiza Pereira de Freitas, urbanista e escritora fundadora da Academia Itaunense de Letras, e Victor Eduardo Pereira de Freitas, estudante da Escola Técnica SENAI [...].

Em sua vida pública, foi fundador da associação dos funcionários Publicos Municipais, do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, que presidiu por três anos, bem como presidiu também a Associação Comunitária dos bairros Pio Xll e Morro do Sol. Foi ainda diretor do Clube União e do Iate Clube Itaúna por dois mandatos, fundador e presidente penta campeão do Bloco de Carnaval Cuecões[...].

Por tudo isso, julgo conveniente, oportuno, justo e merecido que a Câmara Municipal de Itaúna preste uma homenagem ao Sr. Carlos Roberto de Freitas, com a aprovação desta MOÇÃO DE APLAUSOS E RECONHECIMENTO pelos 41 anos de trabalho público, competência e respeito junto ao nosso Município de Itaúna.  

________________________________________


O Osnofa e as boas lembranças do carnaval de Itaúna

“Tivemos os nossos Blocos de Carnaval na mais lúdica folia, na rua São Vicente, dois famosos Blocos de Carnaval da maior qualidade: os Terríveis e os Cuecões. Os diretores dos Cuecões, Bolão, Carlinhos da Prefeitura e Mestre Pimenta; em nome de todos os carnavalescos de Itaúna faço a minha homenagem ao Mestre Pimenta, vai gostar de carnaval assim no Rio de Janeiro, mais Hélio Panela, Flavinho, Cizil, Tilinho e Paulo Maçã de Peito”.

  

Referências:

Organização, arte e pesquisa: Charles Aquino – Historiador nº 343/MG

Texto, Acervo: Professor Marco Elísio

Apoio a pesquisa: Markinhos Crispim - Bibliotecário/Historiador 

Lembranças do Carnaval de Itaúna: Osnofa Silva  - Recanto das Letras

Fotografia Shorpy : meramente ilustrativa

Moção de Aplausos: Vereadora Otacília Barbosa – Câmara Municipal Itaúna. Disponível em: http://cmiserverip.hopto.org:8090/sapl/sapl_documentos/materia/454_texto_integral


terça-feira, junho 21, 2022

CLUBE DOS ZULUS

 ESCOLA DE SAMBA CLUBE DOS ZULUS

Breve Histórico

Nossa origem remonta ao ano de 1958. Itaúna não tinha o título (mundial) de Cidade Educativa, conferido pela ONU. Seu parque industrial não tinha ainda a pujança que tem em nossos dias. Nossa Universidade e outros colégios só viriam anos depois.

Naquele ano alguns jovens itaunenses que estudavam em outros centros, resolveram, para despedir das férias, abrilhantar um pouco o carnaval da cidade, com um novo bloco. Já existia o tradicional “Farrapos da Lagoinha”, mas nem o Newton Regal saia ainda com o “Eu Sozinho”.

Rumaram os jovens para a casa do Tucha e, vestidos com sacos de aniagem, se pintaram com pó preto e pomada. Era apenas uma brincadeira e nem bateria havia. “Todos os anos repetiam o bloco, variando as fantasias. Em 1963 o bloco saiu com bateria, o que era inédito na cidade. Tambores de carburetos foram transformados na oficina do Afonso Franco em surdos e tamborins, aos quais a turma juntou frigideiras obtidas em suas cozinhas.

Em 1965, surgiu o nome ZULUS, com fantasias de couro, confeccionadas pelo Vico Sapateiro. De onde velo essa denominação? Vamos responder.

Tarefa, conversando com outros do bloco em um banco da praça, imaginou reforçar o clube com belas mulatas. Como parecia difícil conseguir que as famílias deixassem suas cabrochas participar de carnaval de rua, alguém sugeriu que se importasse espécimes da tribo africana dos Zulus. A brincadeira evoluiu e o audacioso plano previa até uma criação de mulatas numa fazenda (com altas cercas, é claro) na Bagaginha ou na Vista Alegre. Foi daí que a fantasia do bloco em 1965 se inspirou nas vestes, armas e totens zulus, saindo o cortejo da casa do Nô do Jove. Face ao grande êxito, a fantasia do ano seguinte foi ainda baseada na tribo africana.

Em 1967 criou-se o estatuto do Clube dos Zulus, registrado em 1968, quando o bloco alugou uma casa, para sede, na rua do Correio, perto do Bazar do Abelardo. Nessa altura foi que o Zé Waldemar desenhou o Zuluzinho, nosso símbolo. Em 1968 os rapazes conseguiram incorporar diversas: moças ao bloco, o que foi uma novidade na cidade, E hoje podemos até “exportar” mulatas, pois temos tido diversos convites para desfilar em Belo Horizonte e outras cidades.

Em 1969, desfilamos no sábado, usando pólvora e outras milongas. Fomos proibidos de queimar pólvora na rua é tivemos que continuar nosso carnaval na vizinha cidade de Mateus Leme, ficando, assim, excluídos do primeiro concurso, patrocinado pela Folha do Oeste...

Saímos pela primeira vez como Escola de Samba em 1970 e ganhamos competindo com a Unidos do Mirante e com a tradicional Unidos da Ponte, pioneira em Itaúna. Mas nossa Escola foi, aqui, à primeira a sair dividida em alas, com mestre-sala, porta bandeira, enredo e samba enredo.

O enredo foi Gonçalves da Guia, bandeirante fundador da cidade. Procuramos, desde o início, exaltar coisas, figuras e fatos de nossa terra. Em 1971 conseguimos o bicampeonato com Brasil, Riquezas de Norte a Sul. Em 1972 apresentamos Nordeste, Lendas e Glórias, com nova vitória. Em 1973 fomos, tetracampeões, com Zumbi, Rei dos Palmares. Em 1974, com Um Sonho em um País de Sol, obtivemos à preferência, popular. Não houve concurso da Prefeitura no ano de 1975, em virtude do grave surto de meningite que atingiu a cidade, mas a Escola estava quase toda - montada, com o enredo Domingo na Praça e o samba já escolhido.

Em 1976 obtivemos o penta campeonato, com O último Boêmio do Império (No Tempo de Paula Ney). Finalmente, no ano de-1977 a Escola se Sagrou hexacampeã, homenageando um escritor itaunense, com seu enredo baseado no conto Abunã. Em 1978 conseguimos o heptacampeonato com “Ameno Resedá” O Rancho que foi Escola.

 

UMA ESCOLA DE SAMBA AUTÊNTICA

Escola de samba CLUBE DOS ZULUS congrega em suas alas, destaques, bateria e passistas, elementos representativos de toda a comunidade itaunense. São muitos aqueles que, com seu trabalho voluntário, colaboram para o engrandecimento da Escola. Costureiras, bordadeiras figurinistas, pesquisadores de enredos, artistas plásticos, compositores, cantores, ritmistas e uma longa lista de destacados maiorais e encarregados de diversos setores, chefes de alas, coordenadores, etc., emprestam a Escola todo o seu talento e criatividade.

Já apresentamos diversos enredos de cunho Folclórico, de lendas, visando sempre divulgar coisas do Brasil para maior aprimoramento cultural de nosso povo, como ABUNÃ e O ÚLTIMO BOÊMIO DO IMPÉRIO (No Tempo de Paula Ney). Sempre promovemos concursos de enredo e de samba enredo e de samba-enredo, dos quais participam representantes da própria Escola, valorizando, assim, a prata-da-casa. No próximo ano haverá concursos também para escolha de Porta-Estandarte, Porta-Bandeira e Mestre-Sala. A ala de compositores já ê bem grande. Nossos concursos de samba-enredo movimentam a cidade, dele participando até 12 composições musicais, como ocorreu em 1974.

Nossa Escola mais se assemelha a uma república livre e democrática, onde todos se confraternizam em sadio lazer e onde só existe um status: o de sambista. Em 1978 nosso enredo foi Ameno Resedá, onde revivemos o glorioso rancho que foi Escola. Este ano apresentaremos “A Casa da Fantasia” escrito pelo: nosso garoto-poeta Dênio de Carvalho.

Diretoria da Escola de Samba Clube dos Zulus:

Presidente: Silmar Moreira de Faria

Vice Presidente: José Eustáquio Campolina Diniz

1º Secretário: José Estevão Pércope

2º Secretário: Roosevelt Montecastelo Machado

1º Tesoureiro: Sílvio Diniz Souza

Diretor de Carnaval: Olber Moreira de Faria

Membros do Conselho:

Raimundo da Silva Rabello

Valmir Falcão

Suely de Faria Nogueira

 

Referências:

Organização para o blog: Charles Aquino

Panfleto da Escola de Samba Clube dos Zulus – Carnaval de Itaúna 1980

Apoio a pesquisa: Markinhos Crispim - Bibliotecário/Historiador 

sábado, junho 18, 2022

PEDRA NEGRA EDIÇÃO 04

 JESUS FERREIRA iniciou seus estudos no Instituto São Raphael desde tenra idade, onde logo mostrou seus talentos intelectuais e musicais. Ele fez grandes avanços na pesquisa acadêmica, mas dedicou sua vida à música. No instituto estudou teoria musical, harmonia e contraponto para os cursos de violino e regência.




Organização, arte e pesquisa: Charles Galvão de Aquino - Historiador

segunda-feira, junho 13, 2022

EMANCIPAÇÃO SANTANENSE


   Os temas dos textos, registrados por Miguel Augusto de Souza em sua obra e pelo jornalista Sebastião Nogueira Gomide do Jornal Folha do Oeste, giram em torno da polêmica questão da candidatura de emancipação do bairro Santanense, que é de competência do município de Itaúna. Isto resultou num conflito entre diferentes figuras políticas e comunitárias que defendem pontos de vista opostos. Um movimento, liderado pelos líderes locais e pelo deputado Alvimar Mourão, defende a emancipação, enfatizando o apoio da população local e afirmando que a integração dos bairros de Santanense e Garcias em Itaúna foi uma decisão artificial. Afirmam que a oposição é movida por agendas ocultas e exortam os deputados a avaliar imparcialmente a situação.

   Por outro lado, o deputado João Gomes Moreira e outros políticos, incluindo o prefeito de Itaúna, criticam a proposta, afirmando que Santanense não atende aos requisitos legais para se tornar um município e que a maioria da população local é contrária à separação. Eles destacam a unidade histórica e cultural entre Itaúna e Santanense e alertam para os prejuízos que a divisão causaria.

   A "Folha do Oeste" desempenha um papel e ativo na oposição à emancipação, organizando campanhas e mobilizando a comunidade contra o projeto de Mourão. A resistência culmina na rejeição oficial do pedido de emancipação pelo CEDAJE em 1963, após uma análise detalhada dos requisitos legais não atendidos.

   Embora o deputado Mourão tenha feito esforços significativos e tenha havido tensão inicial, a unidade de Itaúna ainda permanece forte. A comunidade e os líderes locais continuam a sublinhar a importância de permanecerem coesos para impulsionar o progresso na região. A história final ressalta os desafios políticos, a mobilização comunitária e o papel crucial da integridade territorial no avanço contínuo de Itaúna.

   Este movimento ocorre em um contexto histórico onde o gentílico "Santanense" deriva do antigo nome do município de Itaúna, que era "Santana do Rio São João Acima". Assim, os nascidos naquela época eram chamados de santanenses, nome que persiste no bairro em questão.



EMANCIPAÇÃO SANTANENSE PARTE II

EMANCIPAÇÃO SANTANENSE PARTE III

EMANCIPAÇÃO SANTANENSE PARTE IV 

EMANCIPAÇÃO SANTANENSE PARTE V 

EMANCIPAÇÃO SANTANENSE PARTE VI 



REFERÊNCIA:

Pesquisa e organização para o blog: Charles Aquino

TEXTO: Dr. Miguel Augusto Gonçalves de Souza

TEXTO: Sebastião Nogueira Gomide - PIU - Jornalista itaunense

FONTE IMPRESSA: SOUZA, Miguel Augusto de. Capítulos da história itaunense/Miguel Augusto de Souza – Itaúna: Universidade de Itaúna, 2001.Ed. Impressa Oficial de Minas.


EMANCIPAÇÃO SANTANENSE PARTE VI

Aproveitamos o ensejo para levar ao conhecimento de V. Exa. alguns reparos à margem do que vem acontecendo nesse tão falado caso de Santanense. Nossa formal repulsa ao movimento suspeito partido de descontentes e agitadores que em Itaúna chegaram até a promover o enterro simbólico de V.Exa. num evidente desrespeito à sua pessoa de homem de bem e trabalhador. E essa repulsa ganha mais campo e evidência, quando sabemos quanto o ilustre deputado tem feito para amparar e ajudar as indústrias siderúrgicas daquele município, quer pleiteando melhores preços para seus produtos, quer conseguindo melhoria através da concessão e amparo de crédito para as mesmas.

Bem sabemos que, passados os movimentos de agitações, aqueles círculos responsáveis vão saber quão erradas e injustamente agiram em relação à pessoa de V.Exa. que tem pautado a sua vida apenas em fazer o bem. Ademais, não podemos concordar em absoluto e protestamos energicamente contra os insultos e injúrias lançados contra as pessoas dos eminentes e ilustres colegas de V.Exa. que aqui vieram para conhecer Santanense naquele memorável domingo.

De fato a visita da caravana de deputados naquele domingo foi a maior honra que se poderia prestar ao humilde povo de Santanense e a todos nós foi dado presenciar talvez um dos maiores acontecimentos democráticos de todos os tempos. Estavam ali o prestígio e a independência do Poder Legislativo verificando “in loco” as condições para a prática de um ato de sua exclusiva competência e soberania. Por isso mesmo deixamos aqui bem claro o nosso protesto contra o modo descortês e desrespeitoso com que foram tratados pelos agitadores em Itaúna que, em praça pública, lançaram toda a sua ira contra o Poder Legislativo mineiro, na pessoa daqueles eminentes deputados.

Senhor deputado, os interesses de nossos opositores são inconfessáveis. Daí a violência de seus ataques injustos. Na realidade, queremos uma coisa muito simples: o direito de um governo municipal próprio. Essa oposição violenta tem origem na nossa capacidade tributária e no aspecto evidente de nossa prosperidade. V.Exa. tem nos ajudado e muito. Mas, enganam-se aqueles que julgam ter nascido o movimento por injunção pessoal de V.Exa. Esse movimento é legitimamente popular e nasceu de nossas próprias condições geográficas e sociais.

Não somos bairro de Itaúna, nem o é também a vizinha localidade de Garcias. Se estamos assim classificados é por artificialismo de uma lei municipal votada em Itaúna que assim nos considerou antes do último recenseamento. Talvez tal lei visasse a tola finalidade de demonstrar o progresso de Itaúna que assim apareceu com porcentagem enorme de crescimento demográfico.

Mas, na verdade não somos de fato bairro de Itaúna, como podem os senhores deputados verificar, somos sim um próspero povoado próximo de Itaúna e claro, cerca de quatro quilômetros, mas não ligado é à mesma como acontece com os bairros.

Outrossim, passamos às mãos de V. Exa. a transcrição de um editorial publicado em O Diário, edição de 13.9.63, relativo à rebelião dos sargentos, acontecimento semelhante ao verificado em Itaúna, quando da sabida agitação social. Pedimos a V.Exa. a divulgação do - mesmo relacionando-o com o nosso movimento pela emancipação.

Ao terminar, fazemos aqui um apelo a V.Exa. para ser transmitido aos ilustres deputados: “Conheçam a Santanense, antes do pronunciamento final dessa egrégia Assembleia”.

Com os nossos cumprimentos.

(a) Pe. Antônio João Maria Wiemers, Vigário.

(a) João de Souza Barbosa, escriturário.

(a) Geraldo Lopes de Magalhães, jornalista.

(a) Dorvil Rocha, técnico em contabilidade e professor.

(a) Pedro de Magalhães, comerciante.

(a) Dorvil Rocha, membro do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis.

(a) Atacílio Henriques, vereador pelo PTB.

(a) Nivaldo José da Silva, industriário.

(a) Aníbal Nogueira dos Santos, comerciante.

(a) Herzaide de Souza Franco, industriário.

(a) Antônio Gonzaga da Rocha, vereador pela UDN.

(a) Vicente Amâncio de Oliveira, industriário.

(a) Nilo Magalhães, técnico em contabilidade.

P.S.: Já tendo assinado várias listas de adesões encaminhadas à Cedaje e à Assembleia Legislativa praticamente toda a população de Santanense, somente assinaram a presente os coordenadores do movimento.

(a.) João de Sousa Barbosa, escriturário.”

O debate, na segunda e decisiva votação do Projeto de nova divisão administrativa do Estado, atingiria o seu clímax. Ergueu-se, na Assembleia Legislativa, em oposição à do deputado Alvimar Mourão, a voz do parlamentar natural de. Itaúna, João Gomes Moreira, cuja personalidade já tivemos oportunidade de analisar. O Diário da Assembleia, de 14 de setembro de 1963, publica o seu discurso de seguinte teor:

“O sr. Gomes Moreira — Sr. Presidente e srs. Deputados. Ocupamos esta Tribuna para encaminhar a votação do Requerimento do nobre Deputado Cícero Dumont, no qual S. Excia. solicita rito periódico para a tramitação da proposição que trata da emancipação dos novos distritos de Minas Gerais.

Nesse instante, Sr. Presidente, em que assumamos a Tribuna desta Casa, levamos a nossa modesta palavra ao povo mineiro, lamentando profundamente que nestes últimos anos nosso País tenha vivido momentos tão tumultuados. Ainda para agravar a situação, lamentamos também profundamente o que vem ocorrendo no Estado do Paraná, onde terríveis incêndios têm levado o luto, a orfandade, a viuvez, a miséria a muitos lares dos nossos patrícios paranaenses.

Julgamos, sr. Presidente, de nosso dever, da nossa obrigação, como lídimo representante do povo mineiro nesta Assembleia, estarmos na obrigação de procurar e envidar esforços no sentido de que a paz, a tranquilidade e o sossego público, possam voltar a reinar no seio da família mineira, no seio da família brasileira. Infelizmente, sr. Presidente, há certos problemas que surgem da parte, muitas vezes, de uma minoria absoluta que não representa a vontade da maioria, que procura dividir a opinião pública, concorrendo, ainda mais para proporcionar mais intranquilidade, maior desassossego, e afastar o espírito de fraternidade que deve ser mantido entre todos nós mineiros e todos nós brasileiros.

Refiro-me, Sr. Presidente, à emancipação proposta a esta Assembleia de um dos bairros de minha terra natal; refiro-me ao Bairro Santanense, que fora criado pela Câmara Municipal de Itaúna, lei essa que recebeu o número 169, cujo texto diz: “O povo do Município de Itaúna, por seus representantes decreta e em seu nome sanciona a seguinte lei:

“Art. 1º - Fica a sede do município de Itaúna, além da zona urbana já limitada em lei, dividida em sete (7) bairros, a saber: - Lourdes, Vargem da Olaria, Graça, Santanense, Serrado, Mirante e Garcia.”

Este é o texto da lei, sr. Presidente, subdividindo o município de Itaúna em 7 bairros. O único distrito que Itaúna possuía emancipou-se recentemente — Distrito de Itatiauçú. — Hoje, o município de Itaúna tem um território restrito e, ainda mais, para se emancipar é condição “sine qua non” que tenha, primeiro, a condição de Distrito, para depois poder pleitear a sua emancipação. Esta qualidade, Santanenses não a têm, porque ela é apenas um bairro, criado pela Lei 169. Outro dispositivo inconstitucional, é a população que consta, apenas, de dois mil novecentos e doze habitantes e, sobretudo, sr. Presidente e srs. Deputados, destes 2.912 habitantes que constituem a honrada e progressista classe operária de Santanense, 95% é constituída de operários daquele bairro que não têm, absolutamente, o mínimo interesse de emancipação, porque Itaúna começou, exatamente, em Santanense. O povo de Santanense e de Itaúna estão absolutamente unidos pelo laço de fraternidade e não desejam, constitucional, nova discussão da matéria, no segundo semestre de 1964 ou no ano de 1965.

5.5 - Itaúna, na luta pela preservação da integridade física de seu território, para usar expressão popular, havia ganho duas importantes batalhas, na CEDAJE, órgão presidido pelo Secretário de Estado do Interior, e no Plenário da Assembleia Legislativa, com a não aprovação do Projeto nº 324/63, mas ainda não havia vencido a guerra, pois restavam a ameaça da Emenda Constitucional proposta pelo deputado Jorge Vargas, transferindo a revisão administrativa para o segundo semestre de 1964 ou o ano de 1965, e o forte ressentimento existente entre as ativas lideranças do bairro da Santanense que contavam com majoritário apoiamento dos deputados que compunham a Legislatura a encerrar-se em dezembro de 1966, sob o comando de Alvimar Mourão.

Ao ser convidado, pelo eminente Governador Magalhães Pinto, para a missão de Secretário do Estado a Fazenda, em momento dos mais difíceis da vida nacional, dissemos que aceitaríamos, honrados, o encargo, mas em nenhuma circunstância poderíamos concordar com a criação do município de Santanense, pretensão ilegal, que mutilaria nossa terra natal de Itaúna, e para isso, usaríamos de todos os poderes legítimos que o cargo colocaria à nossa disposição, para o que pedíamos a prévia aprovação. O Governador, após dizer-nos que o homem político tem o dever de colaborar para o progresso de sua cidade natal, aprovou nossa atitude e recomendou-nos agir com discrição, pois grandes eram os interesses políticos envolvidos na questão, como já lhe fora dito por influentes deputados, seus amigos e correligionários.

Coube-nos, como Secretário de Estado da Fazenda e Secretário de Estado de Governo e Coordenação Política, no segundo semestre de 1964 e ano de 1965, superar estes dois obstáculos e encerrar, em definitivo, o litígio, com a eliminação das tensões e da ameaça à integridade física do município, tarefa que o destino nos reservara, obtendo-se o consenso e a paz, tão necessários ao desenvolvimento de Itaúna, e afastando-se, para sempre, o sombrio amanhã anunciado pelo deputado Alvimar Mourão. Relataremos, a seguir, como isto foi alcançado.

Ficara evidente, em meados de março de 1964, que não haveria tempo hábil para aprovação da projetada Revisão Administrativa, tema apaixonadamente discutido na Assembleia. As Reuniões Extraordinárias se sucediam, pela manhã e à noite, improficuamente, e com negativas repercussões perante a opinião pública, tendo-se em vista o ônus financeiro acarretado para os cofres estaduais. A situação nacional, por outro lado, se agravava e estávamos na antevéspera do movimento revolucionário que se iniciaria exatamente em Minas Gerais, na madrugada do dia 31 de março. O Parlamento mineiro necessitava de tempo para se concentrar no debate dos grandes temas nacionais. Surgiu, então, como fórmula para adiar o debate da Revisão Administrativa, conforme já exposto, a Emenda Constitucional de autoria do deputado Jorge Vargas, apoiada por todas as principais lideranças do Legislativo mineiro, independentemente de coloração partidária. Esta Emenda Constitucional foi apresentada na 66º Reunião Extraordinária, realizada em 18 de março de 1964, e era do seguinte teor:

Emenda Constitucional.

Artigo 1º - O artigo 80 da Constituição do Estado de Minas Gerais passa a ter a seguinte redação "Artigo 80 — São condições essenciais para a criação do município:

I - população mínima de dez mil habitantes;

II - renda anual mínima de trezentos mil cruzeiros;

III- existência, na sede, de, pelo menos, duzentos moradores, edifícios com capacidade e condições para o Governo Municipal, instrução pública, posto sanitário e matadouro, bem como terreno para cemitério.

Artigo 2º - O artigo 81 da Constituição do Estado de Minas Gerais passa a ter a seguinte redação: “ Artigo 81 — São condições essenciais para a criação do Distrito:

I - População mínima de três mil habitantes;

II - renda anual mínima de cinquenta mil cruzeiros;

III - existência, na sede, de, pelo menos, cinquenta moradores, edifícios para instrução pública e terreno para cemitério para 27 de fevereiro de 1.985.

Permanecemos, por todo dia, no aeroporto de Amsterdam, pois ali chegamos pela manhã, aguardando o avião da Varig que nos conduziria, á noite, para o Brasil. Recordamo-nos do Padre Antônio Wemers e, realmente, tivemos desejo de visitá-lo, mas não nos foi possível, pois não localizamos o seu endereço, que imaginávamos constar de nossas anotações. Teria sido boa oportunidade de debater, com ele, os angustiantes problemas do mundo moderno, que se refletem sobre a Igreja de Cristo, sobretudo para quem retornava, como era o nosso caso, deste país-mártir que é a Polônia.

Julgamos, ademais, ser de justiça, escrevermos algumas palavras sobre a personalidade do Deputado Alvimar Mourão, também figura central deste dramático episódio da moderna história itaunense. Trata-se de cidadão de grandes méritos, empresário vitorioso, chefe de família exemplar é uma das riais expressivas lideranças divinopolitanas, nas últimas décadas.

Somos testemunhas, como ex-Secretário de Estado e ex-Presidente de importantes Empresas Públicas, que ele, como Deputado Estadual, por várias legislaturas, prestou, a Divinópolis e ao Estado de Minas Gerais, relevantes serviços. No caso específico da tentativa malograda de emancipação, do bairro de Santanense, todavia, agiu, com a sua inata sagacidade, induzido por razões político eleitorais e informações deformadas que “lhe foram transmitidas. Foi combatido, frontalmente, como não poderia deixar de acontecer, por lideranças itaunenses e, assim, não poderia obter êxito, como, de fato, aconteceu. A vida pública é assim mesmo: uma sucessão de vitórias e derrotas, razão pela qual ela é tão atraente. Alvimar Mourão soube assimilar, com elegância, o insucesso inevitável da tese separatista. Manteve seu habitual “sense of humor”, sua maneira cavalheiresca de tratar indistintamente todas as pessoas e soube preservar, no plano pessoal, as suas amizades itaunenses, entre as quais honrosamente nós incluímos.

Consideramos nossa viril ação, nos anos de 1.963, 1.964 e 1.965, com o objetivo de manter a integridade física da cidade de Itaúna, decisiva em decorrência das altas missões que exercíamos, muito embora nossas limitações humanas, a segunda maior contribuição que, através dos tempos, nos foi possível prestar á nossa terra natal, precedida, em importância, tão somente, pela criação da Universidade de Itaúna, obra de inigualável significação.

O Governo do Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, a partir de 1.966, adotou diversas medidas centralizadoras, em detrimento dos Estados da Federação e respectivas Assembleias Legislativas, e a capacidade de legislar em matéria de revisões administrativas, tendo-se em vista abusos e condenáveis atos de liberalidade praticados, foi, praticamente, eliminada, razão pela qual não se realizou qualquer revisão administrativa até o ano de 2.000, como aquela prevista para 1.965. Hoje, ao lermos, no noticiário da imprensa itaunense, notícias como as da inauguração da Avenida Albino Santos, ligando Santanense e Garcias, bem como os demais bairros que inevitavelmente surgiram, na região, ao longo dos últimos vinte anos, no natural processo de crescimento urbano da cidade, sentimo-nos extremamente felizes com a cordialidade reinante entre os habitantes dos dois bairros citados, pois ela contrasta, felizmente, com o espírito de animosidade suscitado, há trinta e cinco anos atrás, pelo lamentável movimento separatista que, em boa hora, superamos. (Vide, edição de 21 de setembro de 1963, do jornal “Folha do Oeste”).

O Congresso Nacional, recentemente, revogou a legislação originária do presidente Castelo Branco, permitindo, às Assembleias Legislativas Estaduais, com facilidades, criar novos municípios, no ano de 2000. Estes, com o acontecido, se elevaram para o número de 813, e, em sua maioria, no Estado de Minas Gerais, não dispõem condições de autossustentação.

Quanto à Itaúna, definitivamente continuará a progredir e, no máximo dentro de 15 anos, superará o número de 100.000 habitantes, enquadrando-se, como cidade de médio porte, mesmo em termos nacionais, em harmonia com os ditames dos planejadores federais, fato que, em muito lhe facilitará a obtenção de recursos para áreas clássicas, com prioridade para o saneamento básico, saúde, educação e segurança.

 

REFERÊNCIA:

Pesquisa e organização para o blog: Charles Aquino

TEXTO: Dr. Miguel Augusto Gonçalves de Souza

FONTE IMPRESSA: SOUZA, Miguel Augusto de. Capítulos da história itaunense/Miguel Augusto de Souza – Itaúna: Universidade de Itaúna, 2001.Ed. Impressa Oficial de Minas, p.408-411,420-421, 440-441.