terça-feira, agosto 12, 2025

AS TRÊS IMAGENS DE SOBREIRA

A trajetória de um cristão-novo nas Minas setecentistas: da mácula inquisitorial à fundação de marcos sagrados

Manoel Teixeira Sobreira nasceu na freguesia de Vila Cova da Lixa, concelho de Felgueiras, no Arcebispado de Braga — região do Minho, norte de Portugal.

Filho de Domingos Vaz e de Luiza Gonçalves, ambos naturais da freguesia de Borba de Godim, também no concelho de Felgueiras, era oriundo de uma terra marcada por intensas correntes migratórias rumo ao Brasil. 

Movido por esse fluxo, atravessou o Atlântico e, nas Minas do século XVIII, encontrou o cenário propício para construir sua fortuna. Em Vila Rica, destacou-se como negociante e, posteriormente, como abastado proprietário de terras, firmando alianças estratégicas que asseguraram sua inserção e prestígio na sociedade mineradora.

O casamento com Maria Ribeira da Conceição, filha de Manoel Ribeiro Filgueiras — conterrâneo de Vila Cova da Lixa — e de Ana Maria de Campos, natural de Recife, Pernambuco, evidencia o peso das redes de origem como fator de confiança e apoio na mobilidade social colonial. Essas conexões de terra natal eram comuns entre reinóis no Brasil e serviam de base para parcerias de negócios e alianças matrimoniais.

Em 1742 o negociante já residia em Vila Rica, já casado, requereu em Lisboa a carta de familiar do Santo Ofício — cargo honorífico ligado à Inquisição portuguesa. Esse título não apenas conferia prestígio, mas garantia privilégios jurídicos e proteção em disputas, funcionando também como um selo de “pureza de sangue” para quem o obtinha.

O processo, porém, foi interrompido sem despacho final após diligências na sua terra natal revelarem suspeitas sobre sua ascendência. O comissário inquisitorial recolheu depoimentos que apontavam a avó paterna, Ana Ferreira, como filha de Cecília Ferreira, uma mulher solteira que tivera filhos com Henriques Monteiro, judeu castelhano fugitivo da Inquisição.

O relato das testemunhas de que Manoel teria adotado o sobrenome Sobreira (de seu bisavô, o Reverendo Manoel Sobreira) para se afastar do “Henriques” mostra um caso típico de estratégia onomástica para tentar apagar vínculos públicos com a origem judaica. Essa prática — mudar sobrenomes, enfatizar linhagens “limpas”, buscar alianças matrimoniais estratégicas — era comum entre cristãos-novos em busca de aceitação social.

Essa ascendência o inseria automaticamente na categoria jurídica e social de cristão-novo, grupo marcado por estigma hereditário na sociedade portuguesa de Antigo Regime. Embora o batismo o tornasse formalmente cristão, a “mácula de linhagem” — tida à época como transmissível indefinidamente — impunha barreiras a certos cargos e honras, entre eles a carta de familiar do Santo Ofício.

O caso de Sobreira ilustra bem o mecanismo inquisitorial de “prova de limpeza de sangue”, pelo qual a Inquisição investigava não apenas o candidato, mas seus ascendentes e colaterais por várias gerações. A descoberta de um antepassado “contaminado” bastava para reprovar o pleito, independentemente da conduta religiosa do candidato.

Apesar do insucesso na habilitação ao Santo Ofício, Manoel Teixeira Sobreira consolidou-se nas Minas como um agente econômico multifuncional. Em Vila Rica, atuou como comerciante e credor, figurando em ações cíveis — de Alma e de Crédito — na Execução para cobrar devedores, além de emprestar mercadorias — inclusive em operações com outros abastados comerciantes —, o que evidencia circulação de capital e uma rede de parceiros bem azeitada.

Além do comércio, investiu na mineração e na produção rural, garantindo receitas estáveis e expandindo sua influência. Participou da arrematação de contratos régios e obteve sesmarias estratégicas, transformando mercês reais em patrimônio e consolidando-se na elite mineradora do século XVIII. Ao lado da fortuna material, Manoel investiu na paisagem do sagrado, pedindo de Setúbal, Portugal três imagens por promessa: Senhor do Bonfim e duas Sant’Ana. Em contexto setecentista, devoção pública funcionava tanto como expressão religiosa quanto como estratégia de legitimidade — aproximando o benfeitor da comunidade e blindando reputações em tempos sensíveis à pureza de sangue.

Bonfim: o Senhor do Bonfim como padroeiro e identidade

Foi nas terras da Rocinha, onde Manoel Teixeira Sobreira fixara residência, que a primeira das imagens encontrou repouso. Em 1750, já na Fazenda Palestina, no vale do rio Águas Claras, ele obteve licença episcopal para erguer uma capela; ali foi entronizada a imagem do Senhor do Bonfim, núcleo do culto que mais tarde daria lugar ao atual Santuário.

Mais que um objeto devocional, a imagem funcionou como marco fundador do povoado: em seu entorno consolidaram-se vizinhanças, abriram-se caminhos, organizaram-se procissões, e multiplicaram-se promessas e ofertas votivas (os chamados ex-votos, objetos oferecidos aos santos como agradecimento por graças recebidas), estruturando uma sociabilidade centrada na fé, em uma religiosidade que combina o catolicismo tradicional com elementos populares, herdados da tradição ibérica e adaptados ao contexto mineiro.

O nome da cidade de Bonfim é uma homenagem direta à imagem do Senhor do Bonfim. A própria toponímia evidencia o papel estruturante dessa devoção: Bonfim é o nome que substituiu “Bonfim do Paraopeba” após a emancipação e elevação do arraial à categoria de cidade, em 1860. A fé e o reconhecimento popular à imagem foram tão marcantes que influenciaram, inclusive, os registros administrativos e a formação simbólica da comunidade.

 Santana do Paraopeba: a imagem de Sant’Ana e o barroco da fé rural

A história da imagem de Nossa Senhora Sant’Ana em Santana do Paraopeba — distrito do município de Belo Vale/MG — está intimamente ligada aos primórdios da colonização do Vale do Rio Paraopeba e ao desenvolvimento cultural e religioso da região. Erguida como expressão de fé e devoção pelos primeiros colonos portugueses, a imagem representa não apenas um símbolo religioso, mas também um testemunho material do processo de formação social e espiritual do interior de Minas Gerais no século XVIII.

Destinada à então São Pedro do Paraopeba, a segunda imagem de Sant’Ana acompanhou a frente mineradora que Manoel Teixeira Sobreira e o sócio Manoel Machado abriram na região. Por volta de 1735, ergueram no alto de um outeiro uma capela dedicada à padroeira, que rapidamente se tornou o núcleo religioso e organizador do povoado, rebatizando-o como Santana do Paraopeba. A imagem trazida por Sobreira permanece no altar; a capela, de feição barroca, foi restaurada e hoje é bem tombado do município de Belo Vale. A devoção se renova anualmente, sobretudo em 26 de julho, quando peregrinações e festejos reafirmam a memória devocional e a identidade local — sinais da durabilidade do gesto fundador de Sobreira.

A imagem de Sant’Ana, mais que um objeto de culto, representa um elo entre o passado e o presente, entre o sagrado e o território. Sua presença foi determinante para a formação espiritual, urbana e social de Santana do Paraopeba, que por sua vez é parte indissociável da história de Belo Vale.

Itaúna: a Sant’Ana das barrancas do Rio São João Acima

A imagem de Senhora Sant’Ana, padroeira de Itaúna, representa não apenas um símbolo religioso, mas também um marco histórico e identitário da cidade. A trajetória dessa imagem entrelaça-se com a própria formação do município, sendo possível traçar suas origens até os primeiros momentos da colonização da região, ainda no século XVIII.

A imagem depositada em Itaúna foi colocada inicialmente em um oratório simples de taipa de pilão no alto do morro, próximo a um antigo cruzeiro. Estima-se que esse oratório tenha sido erguido por volta de 1739. Foi nesse espaço que a imagem em madeira entalhada, proveniente da cidade de Setúbal, passou a receber as primeiras manifestações de fé da população local. Com o tempo, esse oratório daria lugar à Capela de Sant’Ana, construída com autorização do Bispo de Mariana, Dom Frei Manoel da Cruz, em 1750. A capela foi concluída em 1765 e, no ano seguinte, foi nomeado o primeiro capelão: o padre José Teixeira de Camargos.

A importância da imagem de Sant’Ana transcende sua presença física e simbólica. A devoção à santa impulsionou a nomeação do arraial como “Sant’Ana do Rio São João Acima”, expressão do vínculo afetivo e devocional da comunidade com sua padroeira. A própria origem do nome “Itaúna” não apaga essa marca inicial: antes de ser cidade, o lugar era reconhecido como um espaço de fé e pertencimento sob o manto de Sant’Ana.

Ao longo dos séculos, a imagem acompanhou o desenvolvimento do povoado, atravessando as transformações dos períodos colonial, imperial e republicano da história brasileira. Foi testemunha do surgimento de uma paróquia em 1841, da fundação da Companhia de Tecidos Santanense em 1895, e da emancipação político-administrativa do município em 1901. Em 1961, por Bula do Papa João XXIII, Sant’Ana foi oficialmente declarada Padroeira de Itaúna.

A imagem de Sant’Ana que hoje repousa na Matriz da cidade é considerada uma das relíquias religiosas mais importantes de Itaúna. Trata-se de uma escultura barroca em madeira policromada do tipo “Sant’Ana Mestra” — representando Sant’Ana ensinando a Virgem Maria. É, muito provavelmente, o bem religioso mais antigo do município e está protegida por tombamento municipal.

Seu valor ultrapassa o aspecto material: a imagem carrega consigo um elo emocional com a comunidade, sendo objeto de orações, promessas e peregrinações. Sua presença na vida litúrgica da cidade é marcada, especialmente, pela tradicional festa de julho, celebrada há quase três décadas, reunindo milhares de fiéis em novenas, procissões e outras manifestações de fé.

A imagem em cedro de Senhora Sant’Ana é mais que uma peça devocional — é uma herança cultural que guarda em si a memória da fé dos antepassados, dos pioneiros, das famílias, das comunidades negras e brancas que ali ergueram capelas, cantaram ladainhas e construíram a cidade ao redor da fé. Hoje, protegida como patrimônio tombado, a imagem continua a exercer sua função simbólica de agregação comunitária, memória viva e resistência cultural. Ao preservá-la, Itaúna preserva a si mesma — sua história, sua identidade e sua alma coletiva.

Tutela, casamento e cautela historiográfica

Em 1737, Manoel Teixeira Sobreira requereu a D. João V licença para transportar seus sobrinhos órfãos ao Reino, “debaixo de fiança”, a fim de apresentá-los “em juízo competente” e assumir a tutoria. O pedido descreve quatro menores (“três fêmeas e hum macho”), filhos de Manoel Ribeiro Filgueira; são nomeados Manoel, Anna Maria e Thereza, informando-se ainda que até então a mãe, Ana Maria de Campos, fora sua tutora e administradora.

Dado que outras fontes identificam a esposa de Sobreira como Maria Ribeira da Conceição, filha de Manoel Ribeiro (Filgueira) e de Ana Maria de Campos, é altamente plausível que Maria seja a menor nomeada no requerimento de 1737 — o que implicaria que Sobreira casou-se com uma das órfãs sob sua tutela. A hipótese é coerente com o conjunto documental (parentesco, redes de conterrâneos, cronologia), mas reclama confirmação direta em assento matrimonial e/ou autos de tutela (prestação de contas, termo de exoneração) conforme o direito vigente.

Em regra, tutores que se casavam com tuteladas deviam prestar contas e obter autorização da justiça eclesiástica/cível; rastros dessa tramitação podem constar dos livros de casamentos paroquiais (Vila Rica e entorno) e dos autos cíveis das comarcas.

Em suma, o raciocínio é consistente — mesmos pais, mesma rede e cronologia compatível —, e a identificação de Maria como uma das órfãs é provável. A demonstração cabal, contudo, depende da localização do assento de casamento (com menção da filiação e, idealmente, referência à tutela/dispensa) e/ou de peças judiciais relativas à tutela. A hipótese, agora fortalecida pela menção explícita do nome, permanece historiograficamente prudente até sua confirmação documental.

Cristão-novo

A trajetória de Manoel Teixeira Sobreira, cristão-novo nas Minas setecentistas, condensa as ambivalências do Antigo Regime luso-brasileiro: entre o estigma inquisitorial e a mobilidade social, entre a devoção sincera e a estratégia de legitimação, entre o capital econômico e o capital simbólico. Reprovado na habilitação ao Santo Ofício por “mácula de sangue”, Sobreira não permaneceu à margem: acumulou terras, diversificou negócios, firmou contratos régios e inscreveu o sagrado na geografia de Bonfim, Santana do Paraopeba e Itaúna. Cada uma dessas fundações religiosas, ancoradas em imagens trazidas de além-mar, revela como a fé podia se converter em instrumento de coesão social e em legado duradouro.

As Minas ofereceram condições únicas para a ascensão social dos cristãos-novos, com oportunidades mais rápidas e amplas do que em regiões como a açucareira. Espalhados por todo o território, eles mantinham redes de comunicação que atravessavam fronteiras e conectavam diferentes partes da América e da Europa. Nesse contexto, Manoel Teixeira Sobreira se destaca como exemplo de quem soube transformar essas conexões e oportunidades em patrimônio, influência e memória.

Mais que um proprietário ou negociante de vulto, foi mediador de sentidos e construtor de marcos de identidade coletiva. Ao redor das imagens que introduziu, consolidaram-se arraiais, moldaram-se paisagens e perpetuaram-se devoções que atravessaram séculos. Assim, a biografia de Manoel Teixeira Sobreira ultrapassa os limites da vida individual para se projetar na memória e no patrimônio de comunidades que, até hoje, rezam, celebram e se reconhecem sob a sombra de sua obra.

 Nota final

Esta pesquisa já estava concluída e pronta para ser publicada quando o jovem historiador Filipe Abner fez uma pergunta que mudou totalmente meu olhar sobre Manoel Teixeira Sobreira: sobre a possibilidade de ele e seus antepassados terem sido cristãos-novos.
Essa indagação abriu um leque de informações e conexões que até então eu não havia observado, levando-me a retomar os estudos, buscar novas fontes e aprofundar a análise. O resultado foi uma compreensão mais ampla e precisa de quem ele foi. Agradeço ao historiador Filipe por sua contribuição valiosa e o encorajo — assim como a todos os jovens pesquisadores — a continuar fazendo perguntas instigantes. São essas inquietações que movem a pesquisa histórica e fazem toda a diferença na construção do conhecimento.

Ao longo dos anos, realizamos visitas e pesquisas empíricas nos três locais históricos diretamente ligados à trajetória de Sobreira, acompanhados dos genealogistas Aureo Nogueira, Alan Penido e Alexandre Campos, cujo apoio e incentivo à valorização da história mineira foram fundamentais. Nessas ocasiões, fizemos registros fotográficos e filmagens que contribuíram para documentar e preservar a memória desses espaços. 

                                                    

Organização e pesquisa: Charles Galvão de Aquino – Historiador Registro nº 343/MG

Colaboradores:

Filipe Abner Silva Souza

Dr. Alan Penido

Alexandre Magno Martoni Debique Campos

Aureo Nogueira da Silveira


Referências consultadas:

Fontes Primárias:

ARQUIVO HISTÓRICO ULTRAMARINO – AHU (Portugal). Minas Gerais, caixa 29, doc. 3087, 1737, p.1-8.  Projeto Resgate – BNDigital. Disponível em: http://resgate.bn.gov.br/docreader/017_RJ_AV/20771. Acesso em: 13 ago. 2025.

ARQUIVO NACIONAL TORRE DO TOMBO. Extinção do Tribunal do Santo Ofício e da Inquisição. Portugal. Exposição virtual. Disponível em: https://antt.dglab.gov.pt/exposicoes-virtuais-2/tribunal-do-santo-oficio/. Acesso em: 12 ago. 2025.

PORTUGAL. Tribunal do Santo Ofício. Conselho Geral. Diligência de habilitação de Manuel Teixeira Sobreira. Habilitações incompletas, doc. 4695, 1741-1742. Disponível em: https://digitarq.arquivos.pt/documentDetails/788ee5ed33844c6392cd1cc2df2333ab .Acesso em: 12 ago. 2025.

Fonte Impressa:

Itaúna em Detalhes – Pesquisa Guaracy de Castro Nogueira - Enciclopédia Ilustrada de Pesquisa. Edição: Jornal Folha do Povo, 2003, fascículo, 2- 6.

Bibliografias: 

NOVINSKY, Anita. Ser marrano em Minas Colonial. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 21, n. 40, p. 203-220, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/m9BHw96SxvjbjZwVbkvfpqr/?lang=pt . Acesso em: 11 ago. 2025. 

PEREIRA, A. M. Trajetórias individuais: uma proposta metodológica para o estudo dos comerciantes nas Minas setecentistas. Locus: Revista de História[S. l.], v. 22, n. 2, p. 495-496, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/20836 . Acesso em: 12 ago. 2025. 

RODRIGUES LOPES, L. F. Os que fracassaram: os candidatos rejeitados pelo Santo Ofício em Minas Gerais Colonial. Locus: Revista de História[S. l.], v. 27, n. 1, p. 215–216, 2021. DOI: 10.34019/2594-8296.2021.v27.31898. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/31898 . Acesso em: 12 ago. 2025.

TRIGUEIRO, Renato. Museu de Cabeceira – Bonfim/MG – Documentário. Belo Horizonte, edição do autor, p, 8-10, 2008.

Sites: 

IBGE – Histórico do município de Bonfim – Disponível: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/bonfim/historico 

Jornal S’Passo – Luiz Mascarenhas, “Capela do Rosário” e “Sant’Ana, nossa Padroeira”. Disponível: https://jornalspasso.com.br/santana-nossa-padroeira/ 

Memorial Santana Belo Vale. Disponível em: https://visitebelovale.com.br/memorialdesantana     

Prefeitura de Belo Vale – Tombamento da Igreja de Santana. Disponível: https://www.belovale.mg.gov.br/pagina/11653/TOMBAMENTO%20IGREJA%20DE%20SANTANA

Prefeitura Municipal de Bonfim – Informações Históricas. Disponível: https://www.prefeiturabonfim.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/conheca-a-historia-de-bonfim/6594 

Prefeitura Municipal de Itaúna/MG – Quadro III Processo Tombamento da Imagem de Sant’Ana Mestra. Disponível: https://www.itauna.mg.gov.br/arquivos/imagem_da_senhora_de_santana_01105806.pdf

Prefeitura Municipal de Itaúna/MG: Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Codempace Bens Patrimoniais Tombados e Registrados.  Disponível: https://www.itauna.mg.gov.br/portal/secretarias-paginas/154/relacao-de-bens--protegidos-por-tombamento/

Ilustração criada com IA, inspirada no conteúdo do texto.