quarta-feira, abril 18, 2018

SERESTEIROS DE SANTANENSE

As serenatas, uma tradição profundamente enraizada no bairro Santanense na década de 60, representavam um importante elemento cultural e social, evidenciando a vitalidade comunitária e a valorização da música como forma de expressão e entretenimento. 

Este jovem sexteto de seresteiros, formado por Diogo ao violão, José Honório ao trombone de vara, José da Tita ao cavaquinho, Lindolfo ao pistom e cantores como João do Augusto, se reunia nas noites de sextas e sábados para tocar valsas, boleros e outras canções. Essa prática, que se estendia até as altas horas da madrugada, não apenas proporcionava momentos de prazer e alegria aos ouvintes, mas também fortalecia os laços comunitários e mantinha vivas as tradições musicais da época.

O bairro Santanense, com sua gente acolhedora e seu espírito comunitário, era o cenário perfeito para essas celebrações musicais. As ruas ecoavam com as melodias suaves e os acordes harmoniosos, criando uma atmosfera de encantamento e camaradagem. Os moradores, orgulhosos de sua história e de suas tradições, reuniam-se para apreciar as serenatas, que se tornavam uma espécie de ritual social e cultural, reafirmando a identidade coletiva do bairro.

A história do bairro Santanense é rica e marcada por esses momentos de união e celebração. As serenatas, ao longo do tempo, tornaram-se um símbolo do espírito vibrante e da coesão social de sua comunidade. Mais do que apenas música, elas representavam a resistência das tradições e a capacidade do bairro de se adaptar e florescer, mantendo-se fiel às suas raízes. Assim, as serenatas do bairro Santanense simbolizam não apenas a importância da música e das tradições comunitárias na construção de um sentido de pertencimento, mas também a própria essência de um bairro cuja história é feita de encontros, memórias e harmonia.


Acervo: Dinarte / Santanense
Organização & Arte: Charles Aquino