quarta-feira, setembro 11, 2024

CANÇÃO PARA ITAÚNA

O poema "Canção para Itaúna", de Maria Lúcia Mendes, é uma expressão clara do amor profundo que a poeta nutre por sua terra natal, Itaúna, celebrando suas paisagens, história e cultura. 
Através de versos que evocam imagens como "terra dos quintais maduros" e "crepúsculo no Bonfim", Maria Lúcia nos transporta para uma Itaúna rica em memórias e significados. 
As referências ao Rosário e ao Bonfim revelam uma conexão espiritual com a cidade, onde o sagrado e o cotidiano se entrelaçam.
No verso "A seiva minando do chão bruto", a poeta sugere a força e a riqueza de Itaúna, tanto em termos naturais quanto humanos. O minério e os teares simbolizam o trabalho e a história industrial da cidade, enquanto o "riso e suor" remetem ao esforço coletivo de seus habitantes ao longo do tempo. 
Ao declarar "amo tuas virtudes, teus pecados", Maria Lúcia nos mostra uma relação sincera e completa com Itaúna, reconhecendo tanto os aspectos positivos quanto os desafios da cidade.

O poema culmina com a afirmação "Sou tua filha, a pedra negra eu beijo", uma metáfora poderosa que remete às raízes históricas de Itaúna, antigamente conhecida como Santana do Rio São João Acima, associada à famosa "Pedra Negra". 

Esse poema, apresentado como uma homenagem em comemoração à emancipação de Itaúna em 16 de setembro, nos brinda, assim, com uma celebração poética que reforça o orgulho e a ligação afetiva com a cidade.


CANÇÃO PARA ITAÚNA

Eu te amo, terra dos quintais maduros

Do Rosário na laje, onde pastam sonhos ...

Crepúsculo no Bonfim, como não vê-los ?

A seiva minando do chão bruto

É minério que engendras, são teares

Riso e suor no tempo emoldurados.

A tempo de viçar toa uma história

Terra que se soprou ventos viários

Fome, razão, cicatriz, desejo

Amo tuas virtudes, teus pecados

Sou tua filha, a pedra negra eu beijo.


Prepare-se para uma viagem emocionante no tempo e no coração!  Agora, essa experiência está disponível também em vídeo! Não perca essa oportunidade imperdível de celebrar a essência de Itaúna de uma forma única e tocante. Venha viver essa poesia com a gente!"


Poema: Escritora Maria Lúcia Mendes 

Organização e arte: Charles Aquino. 

Santana do Rio São João Acima, hoje Itaúna, Minas Gerais: Pedra Negra.