sábado, novembro 17, 2018

CASA PAROQUIAL DE ITAÚNA

Benção da Pedra Fundamental
29 de julho de 1945
Graças à Nosso Senhor e a generosidade de seis moças da sociedade de Itaúna, vamos começar no dia 7 de janeiro a construção da nova Casa Paroquial, sendo já a planta aprovada pelo Sr. Arcebispo. O orçamento ficou em cento e cinquenta mil cruzeiros (CR$ 150. 000,00).
Devo deixar aqui um voto de louvor à srta. Ivolina Gonçalves, residente a praça da Matriz, pelo trabalho que fez em pedindo as 6 moças o seu valioso auxílio em prol de tão grande obra. O sr. Arthur Contagem Vilaça aqui prontamente cedeu um pedaço de terreno para aumentar a Casa Paroquial.
No dia 29 de julho foi solenemente benta a primeira pedra fundamental pelo representante do Sr. Arcebispo — o Revmo. Padre Armando de Marco, chanceler do Arcebispado, com a presença do sr.  Prefeito Dr. Lincoln Nogueira Machado, Pe. João Ferreira, Pe. Waldemar Teixeira — vigário de Igaratinga, Pe. José Nobre — diretor do Ginásio, Pe. Ignácio Campos —vigário Bom Sucesso, Pe. Ubaldo Silveira — capelão da Santa Casa de Itaúna, José de Cerqueira Lima — gerente da Itaunense, Arthur Contagem Vilaça.
Enfim, todos os elementos representativos de Itaúna e grande número de pessoas.  Tudo vai correndo bem pela união de trabalho.


 Inauguração e Benção da Nova Casa Paroquial

26 julho de 1948

 Já há muito Itaúna vinha necessitando de uma casa paroquial digna de tão boa paróquia. Procurei fazer um apelo ao bom e caro povo itaunense. Imediatamente apareceu uma criatura boa e dedicada dando-me sugestão como deveria fazer.
Dirigi-me à sete moças abastadas e fui imediatamente atendido por seis, uma se esquivou, apesar de seu riquíssima. As doadoras foram: Laura Gonçalves de Sousa, Maria de Cerqueira Lima, Lígia Gonçalves de Sousa, Alice de Cerqueira Lima e Maria Gonçalves de Sousa. A grande benemérita organizadora foi a srta. Ivolina Gonçalves. A construção ficou em mais de duzentos mil cruzeiros (Cr$ 200.000,00). Além da caridade tão elevada destas moças, quis ainda outras pessoas oferecer os móveis, assim distribuídos:
1) um escritório completo, duas estantes, um balcão, cadeira giratório, um arquivo e três cadeiras — doação feita por Dona Teresa Gonçalves e srta. Ivolina Gonçalves;
2) sala de visitas, um sofá, duas poltronas, uma mesa de centro — doação da família Olímpio Nogueira;
3) Sala de jantar doação de um anônimo;
4) uma copa completa — doação de Francisco Edwards Santiago;
5) duas mobílias simples de quarto — doação da Pia união das Filhas de Maria e do Apostolado da Oração;
6) três mobílias boas e completas para quarto — doação feita pelo senhor Roman Soares, Geniplo Dornas e José Carvalho Júnior.
7) um fogão de ferro usado, oferta da dona Maria Gonçalves de Sousa (Dona Cotinha);
8) uma panela de alumínio para cozinha — oferta da família Tavares;
9) um aparelho de louça fina para jantar — oferta da família Pereira;
10) Copos, taças e cálices — oferta da família Astolfo Dornas;
11) um aparelho de louca para jantar — oferta dos Congregados Marianos; 12) Talheres — doação do dr. Ademar Gonçalves e Tales Santos;
13) Sete cobertores — oferta da família Luís Ribeiro;
14) dois jogos de linho (talheres e guardanapos) para jantar — oferta de dona Zezé Dornas e srta. Maria José de Faria Matos;
15) sete crucifixos para os quartos e sala de visitas — oferta de Ítalo Mirra e senhora;
16) Dois quadros do Coração de Jesus e de Maria — oferta das alunas da Escola Normal;
17) Lenções e fronha de linho, 2 pares — oferta de dona Teresinha Guimarães Lima e família Augusto Alves de Sousa;
18)  A planta da Casa Paroquial foi feita por um engenheiro residente no Rio de Janeiro. As obras da construção foram confiadas a Companhia Imobiliário (Cicobe) sob orientação do senhor José de Cerqueira Lima. A obra ficou pronta em meados do mês de julho de 1948. A Casa Paroquial foi inaugurada no dia 26 de julho de 1948, festa da Padroeira da Paróquia Sant’Ana.
Após a missa cantada em procissão da Matriz para nova Casa Paroquial, os sacerdotes presentes e o povo seguiram para assistir à benção solene. Não podendo comparecer o Exmo. e Revmo. Sr. Arcebispo Dom Cabral, foi o mesmo representado pelo digno vigário geral Monsenhor José Dias Bicalho que oficiou a benção da nova Casa. Achava-se presentes, as doadoras da casa (menos Maria e Alice Lima), Frei Carlos, vigário de Divinópolis, padre José Mariano Tavares, cooperador do Divino em Divinópolis, Frei Resprício, O.F.M., guardião de Divinópolis, 17 colegas do Seminário Franciscano de Divinópolis, Frei Ambrósio, Diretor do Ginásio Sant’Ana, Frei Cipriano, O.F.M, dr. Antônio de Lima Coutinho, D.D. Prefeito Municipal, Padre Cooperador, Padre Ubaldo da Silveira, autoridades civis e militares e grande massa do povo. Usaram da palavra, o Vigário, o Prefeito e monsenhor Bicalho — abrilhantou bastante as solenidades a Escola [...] dos frades de Divinópolis. Após a benção da Casa o vigário ofereceu um almoço as doadoras, sacerdotes e seminaristas franciscanos, no Ginásio Sant’Ana; A tarde procissão de Sant’Ana, Te Deum e Benção do Santíssimo Sacramento.

 * 1) Pe. José Netto 2) Pe. Waldemar Teixeira 3) Pe. José Nobre 4) José de Cerqueira Lima 5) Olímpio Arruda 6) Francisco Santiago 7) dr. Lincoln Machado 8) Pe. Armando de Marco






REFERÊNCIAS:
ACERVO: Paróquia de Sant’Ana de Itaúna e Prof. Marco Elísio Chaves Coutinho (In memoriam)
COLABORAÇÃO HISTÓRICA: Paróquia de Sant’Ana de Itaúna
COLABORADOR: Prof. Marco Elísio Chaves Coutinho (In memoriam)
LIVRO TOMBO I: Paróquia de Sant’Ana de Itaúna — 1902 a 1947, p. 85.
LIVRO DO TOMBO II:  Paróquia de Sant’Ana de Itaúna — 1948 a 1992, p. 4,5.
PÁROCO E REGISTRO NOS LIVROS DE TOMBOS I & II: Padre José Ferreira Netto (In memoriam)
PESQUISA E ORGANIZAÇÃO: Charles Aquino

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