A matriz foi iniciada como capela do Rosário em 1840, sendo vigário o padre Antônio Domingues Maia; a sua ampliação teve começo com o vigário João Batista de Miranda em 1854;
em 1875 o vigário
Antônio Campos a concluía; em 1916 o padre João Ferreira Álvares fazia-lhe
grande reparos, assim como o vigário Cornélio Pinto da Fonseca em 1926; e em 1934
o padre Ignácio Campos demolia-a, para edificação da nova matriz à altura do
desenvolvimento de Itaúna (DORNAS,
págs. 24,25).
Numa das torres da velha matriz
existia um galo de lata, de significação litúrgica. Se caso esse galo, por
efeito do vento, voltava o bico para o lado do cemitério, grandes mortandades se
verificavam na cidade ... (DORNAS,
pág. 99).
Os sinos e relógio da torre foram adquiridos por subscrição pública, iniciada por um grande benemérito de Sant’Anna — João Antônio da Fonseca ... (DORNAS, pág. 24).
A ampliação da matriz custou a vida de João Júlio Cesar Silvino, carpinteiro, que trabalhava nas obras de cobertura, em 1857, e que precipitara ao solo. No Livro de óbitos nº 1 consta o lançamento do seu enterramento no interior da igreja, em homenagem ao fato de trabalhar nas obras, parecendo ser o primeiro sepultado ali (DORNAS, pág. 24).
(clicar para ampliar)
Só em 1875 é que terminaram as obras
com a pintura interna feita pelo artista Pedro Campos, de Sabará, auxiliado por
Antônio José dos Santos (Tonho do Bá, como o chamavam). Era uma pintura medíocre, que os consertos de
1916 e 1926 fizeram desaparecer (DORNAS,
pág. 24).
Era uma igreja de linhas simples por
fora, não tendo nada de arte. Simples por fora, mas pomposa por dentro; era bem
pintada, com lindas telas, tinha no teto anjinhos e medalhões nas paredes do
lado direito do altar-mor era a tela da degolação dos inocentes, a fuga para o
Egito e, do lado esquerdo, o casamento de Nossa Senhora ... (Sousa, pág.37).
No ano de 1917, quando o pintor
Otávio Vítor (o Otavinho) restaurou a pintura da igreja, não quis tocar nem de
leve na tela, por se tratar de obra de arte de algum pintor famoso como mestre
Ataíde. Ele ignorava quem havia pintado um azul tão parecido como o desse
mestre. Só ele sabia misturar aquela cor, só ele conhecia o segredo (Sousa, pág.37).
Passados muitos anos da demolição da velha
Matriz, encontrei no Lar Católico a estampa do casamento de Nossa Senhora com
São José. O quadro é o mesmo da pintura de nossa igreja. É de *Rafael e foi
pintado para a igreja de São Francisco em Cittá di Castello no ano de 1504 (Sousa, pág.38).
*Raffaello Sanzio
Saiba mais em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rafael
As colinas vão ser abaixadas / Memórias Sonoras e Afetivas
Organização, Pesquisa e Arte: Charles
Aquino
TEXTOS DE: João Dornas Filho e Iracema Fernandes de Sousa.
TEXTOS DE: João Dornas Filho e Iracema Fernandes de Sousa.
FILHO, João Dornas.
Itaúna: Contribuição para a história
do município, 1936, págs. 25,99.
SOUSA, Iracema Fernandes de.
Itaúna através dos tempos, Ed. LEMI S.A., BH, 1984, págs. 37,38.
Fotografias meramente ilustrativas disponíveis em : Anjos& Medalhões, Casamento da Virgem, Massacre dos Inocentes e Fuga para oEgito.
Acervo: Charles Aquino, Paróquia Sant'Anna de Itaúna.
Family
Search disponível em:
"Brasil, Minas Gerais, Registros da
Igreja Católica, 1706-1999," database with images, FamilySearch (https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-D791-R9?cc=2177275&wc=M5FD-2NP%3A370882003%2C369941902%2C370938801: 22 May 2014), Itaúna > Santana >
Óbitos 1840, Jan-1888, Fev > image 78 of 92; Paróquias Católicas (Catholic
Church parishes), Minas Gerais.