quinta-feira, junho 20, 2024

PATRIMÔNIO NAS BARRANCAS


PATRIMÔNIO NAS BARRANCAS

“Apenas posso lamentar...História virando pó...cegueira e ignorância...não quero congelar a cidade no Tempo... o espaço sempre muda, sempre se altera…, porém, algumas belas edificações da Itaúna da Década de 20 e outras, virando poeira...porque mesmo??? As Gerações do Futuro hão de condenar-nos e com muita razão…em outros lugares, mais cultos e instruídos, o futuro sempre chegou e respeitando o passado...nossa Identidade! Ser Nobre é ter Memória! E ter Memória é ter Identidade!”

Prof. Luiz Mascarenhas 30/04/2012

 

“Nossa cidade não tem como característica, nem mesmo vocação, ser uma cidade histórica, ou melhor, patrimônio da humanidade como Ouro Preto. É claro que está aberta ao desenvolvimento, à modernização, e, por isso se transforma. Isso não significa que o velho não pode conviver com o novo. O grande problema não está em demolir casarões centenários... é o que fazer no lugar... deixar lote vazio está sendo a opção... (na maioria das vezes, e apenas para inflacionar os imóveis do centro). A pergunta que faço é: não existe um Estatuto da Cidade? Uma propriedade urbana não tem que exercer uma função social? E qual a função social dos terrenos baldios que hoje estão sendo criados no centro da cidade? Responder que é para criar mato não vale!!!!”

Prof. Phonte Boa 12 /05/ 2012

 

ANÁLISE BARRANQUEIRO

Os textos dos professores barranqueiros Luiz Mascarenhas e Geraldo Phonte Boa, aproximadamente escritos há 12 anos, revelam uma preocupação profunda com o patrimônio histórico e o desenvolvimento urbano da cidade de Pedra Negra — Itaúna, Minas Gerais. Ambos os professores registraram perspectivas complementares sobre as mudanças que a cidade tem enfrentado e as implicações dessas transformações.

Em seu texto, Mascarenhas lamenta a perda de edificações históricas, destacando que a destruição dessas construções resulta em um empobrecimento cultural e histórico da cidade. Ele enfatiza que a memória e a identidade de Itaúna estão sendo comprometidas pela falta de preservação, e critica a cegueira e a ignorância das gerações atuais em relação à importância do passado. Mascarenhas defende que ser nobre é ter memória, e que essa memória constitui a identidade da cidade.

Por outro lado, Phonte Boa reconhece que Itaúna não possui a vocação para ser um patrimônio da humanidade como de Vila Rica — Ouro Preto, mas critica a demolição de casarões centenários sem um plano adequado para o uso dos terrenos resultantes. Ele aponta que muitos terrenos no centro da cidade são deixados vazios, contribuindo para a especulação imobiliária ao invés de exercerem uma função social. Phonte Boa questiona a existência e a aplicação do Estatuto da Cidade, que deveria garantir que propriedades urbanas cumpram uma função social, criticando a transformação dos espaços em terrenos baldios que não beneficiam a comunidade.

Passados 12 anos desde que os professores barranqueiros escreveram seus textos, a situação de Itaúna parece não ter melhorado significativamente. Provavelmente as interrogações levantadas pelos professores sobre o futuro da cidade e o respeito ao seu passado continuam sem respostas concretas. A destruição de edificações antigas e a falta de um planejamento urbano que considere o patrimônio histórico ainda são problemas prementes.

Estariam ainda os problemas mencionados por Phonte Boa, continuando a proliferar, refletindo uma ausência de políticas eficazes que integrem desenvolvimento e preservação? As gerações futuras, conforme predito por Mascarenhas, podem de fato condenar a atual geração por sua incapacidade de equilibrar a modernização com a conservação da identidade cultural de Itaúna?

A crítica central dos professores aponta para uma falha coletiva em reconhecer e valorizar a história local. Apesar das mudanças inevitáveis que o espaço urbano sofre, a preservação de elementos históricos não deve ser negligenciada. Acredito que a cidade de Itaúna necessita de uma abordagem mais consciente e equilibrada que respeite seu passado enquanto promove um desenvolvimento sustentável e socialmente responsável. A cidade ainda tem a oportunidade de reverter essa tendência e mostrar que modernização e memória podem coexistir harmoniosamente, evitando que a história se torne apenas pó.

Só para relembrar ... perguntei um amigo barranqueiro sobre a biblioteca da cidade que certamente é também nosso patrimônio histórico e cultural... ele informou que ainda continua fechada!!! Em todos sentidos!!!  ... aproximadamente mais de 1 ano !!!😴

 Charles Aquino - Barranqueiro 


 

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