Ramon MARRA*
Ao
longo da nossa infância fomos moldados a imagem e semelhança do meio em que
vivemos e dos nossos progenitores.
Assim,
uma carga forte de tudo que veio dos nossos ancestrais, daquilo que permitimos
receber ou desenvolvemos a partir dos estímulos do meio, são fortíssimos em
cada um de nós.
Uma
grande luta se travou ao longo da nossa formação até que moldados pela incapacidade
de resistir nos tornamos personas deste comportamento.
Acontece
que cada ser precisa se confortar com a interlocução interior para que haja um
equilíbrio existencial.
E
é nesse ponto que o embate, o sofrimento, a dor, a agonia, a indiferença, o medo,
o rancor, o ódio, a timidez, a fraqueza, entre outros, tem levado o ser humano
cada vez mais a acreditar na sua incapacidade de seguir adiante, lutando e
vencendo os obstáculos.
Claro,
há aqueles que superam tudo isso e desenvolvem resistências incríveis para
suportar estas adversidades. Mas a que preço?
Hoje
a psicologia tem sido um porto seguro para trabalhar o sujeito onde ele não
consegue sozinho entender a si próprio e mais ainda, o que fazer para construir
novas portas e janelas para o mundo.
Diante
disso, podemos compreender o quanto muitos podem estar sofrendo por falta de
recursos, ou até mesmo de informação. Vejo isso em minha caminhada existencial.
Percebo
que há muitas demandas escondidas em nosso inconsciente e que são exploradas
indiscriminadamente pelos contextos sociais. Muitas vezes até para se ter
vantagens escusas.
Dizem
que a humanidade caminha a passos largos.
Para
onde?
Com
que autoridade?
Com
que objetivo?
Quem
faz parte desta caminhada?
Qual
o critério desta seleção?
Enquanto
não somos capazes de responder quem somos nós dentro deste contexto, a tal
humanidade, a passos largos vai manipulando de forma irreversível o que podemos
ter de melhor: a vida que damos aos nossos anos.
*Pós-Graduação
em Psicopedagogia
Organização:
Charles Aquino
Acervo:
Shopry