Ramon MARRA*
Então
soprou sobre a terra a sabedoria. Não
houve sequer um lugar em que ela não tenha chegado. Sua
beleza, sua desenvoltura, seus discernimentos encantavam a todos que dela
saboreavam o que havia de melhor.
Cresciam
e se desenvolviam todos uns com os outros. Quanto
mais transmitíamos, mais aprendíamos com ela. Houve
um tempo, houve um momento, houve uma luz.
Então,
sorrateiramente o homem percebeu que poderia dominar tudo ao seu redor se
aprisionasse a majestade das majestades. E
assim a sabedoria foi trancafiada nos porões do orgulho, da
inveja, da
maledicência, do
poder, do
status e, do
ódio.
Presa,
sem sua liberdade e limitada aquele pequeno espaço ela adormeceu.
Então,
os homens foram dominados pelo retrocesso do livre saber.
Em
lugar do aprender absorveram as ideologias, em lugar das verdadeiras histórias tiveram
que engolir as manipulações.
Em
lugar do belo, cristalizou-se nas mentes a ideia da pseudo-liberdade de
expressão de consciência do todo, de responsabilidade com o aqui e o agora e, da
esperança de um futuro. A
grande mentira dominava a todos.
Destruiu-se
o amor próprio, o
amor pela vida, o
conceito de belo e, nos
tornamos bois de piranha, numa
investida jamais vista em nosso meio.
Mas,
houve um dia e houve uma noite e como o universo foi criado para a beleza,
para
a retidão e, para
todos, ele
se rebelou.....
A
história continua, e por mais que o paraíso ainda esteja longe de se alcançar uma
nova luz brilhou para que as forças novamente se equilibrassem para uma grande
batalha, cuja consciência de cada um e de todos nós, será no final, o grande
despertar de um novo tempo.
*Pós-Graduação
em Psicopedagogia
Organização:
Charles Aquino
Acervo:
Shopry