segunda-feira, outubro 25, 2021

terça-feira, outubro 19, 2021

HISTÓRIA DO TEATRO EM ITAÚNA

Pesquisadores da História do Teatro de Itaúna: em pé (da esquerda para a direita): Jerry Magalhães, Charles Telles, Charles Aquino, José Luiz Nicácio, Sílvio Bernardes, Fábio Corradi e Elimar Pereira. Sentados: Marco Antônio Lara, Celeste Assis, Regina Glória, Rebecca Corradi, Zanilda Gonçalves, Elina Dirce e Maurício José

 Uma exposição com enfoque para os 140 anos da História do Teatro em Itaúna vai marcar a reabertura do Museu Municipal Francisco Manuel Franco, no dia 16 de outubro de 2021, às 19h30. O evento, coordenado pelo produtor cultural e diretor de teatro Marco Antônio  Lara, acontecerá juntamente com o lançamento do livro “140 anos de História do Teatro”, fruto de pesquisa realizada por um grupo de artistas e historiadores, capitaneado por Marco Antônio. A exposição no Museu, sobre a memória das artes cênicas, será dividida em três momentos, correspondentes às fases delimitadas pelos pesquisadores. As duas primeiras mostras, referentes ao material garimpado dos anos de 1877 a 1939 e de 1940 a 1974, acontecerão no período de 16 de outubro a 19 de dezembro. A exposição do acervo correspondente à terceira fase, de 1975 aos dias de hoje, será realizada a partir de 22 de janeiro de 2022. 

Fotografias, cartazes, panfletos, peças teatrais, material cenográfico e figurinos irão compor a exposição histórica. A memória das artes cênicas em Itaúna está sendo pesquisada desde 2018 e vai enfocar as primeiras manifestações do teatro na cidade, do final do século XIX, com o mestre-escola José João Rodrigues Gomide, até os dias atuais, com os jovens atores e atrizes Itaunenses. 

Segundo Marco Antônio, a “Instável Cia. de Teatro”, que ele dirige e que tem em seu currículo uma série de grandes espetáculos teatrais, como “Equus”, de Peter Shaffer, “O rei está morrendo”, de Eugène Ionesco, “As cigarras do sertão”, de Mário Matos, “Macbett”, de Eugène Ionesco, entre outras, coordenou o trabalho de pesquisa e está finalizando a montagem de uma peça teatral para esse momento. Trata-se do espetáculo “Esperteza do Rato”, encenada aqui em 1877, com a participação de José João Rodrigues Gomide, Antônio do Bá e Flávio de Faria Santos. O texto é de autoria do português Rangel de Lima, e foi levado ao palco pela primeira vez em 1867, em Lisboa, no Theatro Gymnasio. Na encenação da Instável Cia. de Teatro, sob a direção de Marco Antônio, o elenco contará com Léo Tryndade, Gustavo Sol, Carol Morais, Regina Glória, Jerry Magalhães e Flávia Matos. A peça será encenada no palco do Ponto de Cultura, no asilo Frederico Ozanan. O projeto de resgate dos 140 anos da história do teatro em Itaúna captou recursos através do Fundo Estadual de Cultura e conta com apoio da Prefeitura.





Referência:


Fotografia: Williane Nunes Leão

sábado, outubro 16, 2021

MURILO ALVARENGA




Murilo Alvarenga nasceu na cidade mineira de Itaúna em 22 de maio de 1912. O artista trabalhou como cantor, compositor e humorista, atuando no teatro, rádio e cinema, entre as décadas de 1930 e 1970. Ao lado de Diesis dos Anjos Gaia, Delamare de Abreu e Homero de Souza Campos, sucessivamente, formou a mais famosa dupla do cancioneiro popular brasileiro: Alvarenga e Ranchinho.

Explique-se: houve três formações diferentes da dupla Alvarenga e Ranchinho, sendo que Alvarenga permaneceu em todas. Esteve com Diesis entre 1933 e 1938 e, depois, entre 1939 e 1965; com seu meio meio-irmão, Delamare, Alvarenga atuou esporadicamente na década de 1950. Homero foi seu parceiro mais longevo: atuaram juntos entre 1965 e 1978, ano da morte de Alvarenga. Alvarenga chegou também a formar outra dupla, Alvarenga e Bentinho, com o artista José Vosno Filho, compondo uma das principais atrações do Casino da Urca, no Rio de Janeiro. Foi com Bentinho que esteve no Recife em 1942.

Era costume do DOPS/PE fichar os artistas em trânsito no momento em que chegavam à cidade para se apresentar em alguma casa de espetáculos, teatro ou festividade. No caso de Alvarenga, permanece a dúvida quanto ao ano de registro. A ficha de Alvarenga não possui data do registro, mas sim a sua idade: 29 anos, quando se sabe que ele nasceu em 1912. De fato, o registro pode ter ocorrido em 1941. Porém, é frequente encontrar erros nas fichas da DOPS/PE. Neste caso, o mais provável é que o registro tenha sido feito em 1942.

As duplas formadas por Alvarenga – fosse com Ranchinho ou com Bentinho – eram consideradas, cada uma a seu tempo, a mais popular do Brasil. Mas os chamados Milionários do Riso não gozavam de unanimidade. Alguns intelectuais da época menosprezaram o seu estilo popular. Exemplo destes foi o teatrólogo e jornalista pernambucano Valdemar de Oliveira, que lamentava o popularesco no rádio, considerando as duplas caipiras Jararaca e Ratinho e Alvarenga e Ranchinho artistas de péssimo gosto e sem representatividade cultural.

Alvarenga e Ranchinho misturavam apresentações musicais com toadas e modas de viola, além de paródias e sátiras políticas que causaram problemas com a polícia em algumas ocasiões. A música “Liga dos bichos” (1936), cuja letra relacionava os políticos a animais, causou problemas com a censura, que viu na canção uma alusão a Osvaldo Aranha, um dos principais ministros do presidente Getúlio Vargas. Levados à presença do presidente, Getúlio, ao ouvir a canção, não viu problemas e liberou a dupla.  Alvarenga trabalhou nas principais emissoras de rádio da época e no cinema. Faleceu no dia 18 de janeiro de 1978.


ALVARENGA & RANCHINHO 




Referencias:

Texto & Acervo:  O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos: Disponível em: http://obscurofichario.com.br/fichario/murilo-alvarenga/

Acervo Batismo Murilo Alvarenga: Family Search – Batismos em Itaúna – 1901 a 1918 imagem 118. Disponível em: https://www.familysearch.org/ark:/61903/3:1:939N-DS9N-V1?i=117&wc=M5F8-6TT%3A370882003%2C369941902%2C370896201&cc=2177275

Vídeo do YouTube: Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8WOTNBQoxO8

Acervo: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alvarenga_e_Ranchinho,_1957.tif

Organização para o Blog: Charles Aquino

sexta-feira, outubro 15, 2021

ITAÚNA PERÍODO IMPERIAL


O valor de quatro contos de reis, para a construção de um chafariz em Sant’ Anna de São João Acima naquele período, seria uma quantia muito expressiva e opulenta.  

O papel social e urbano dos chafarizes em Minas Gerais no final do século XVIII e início do XIX, destacando o chafariz como um símbolo não apenas de abundância de água, mas também como um espaço de convivência social e desenvolvimento urbano. Em locais como Vila Rica (atual Ouro Preto) e o arraial de Sant'Anna de São João Acima (atual Itaúna), essas estruturas desempenhavam funções vitais, tanto práticas quanto simbólicas.

A importância do chafariz ia além de sua função de fornecimento de água. Esses locais eram pontos de encontro onde diferentes classes sociais se reuniam para buscar água e, ao mesmo tempo, interagir. Pessoas conversavam e até colocavam as notícias em dia fazendo seus "fuxicos". Assim, os chafarizes desempenhavam um papel de comunicação informal, sendo centros de sociabilidade e troca de informações. Esse aspecto mostra que, além de resolver uma necessidade básica da população, eles eram fundamentais para a formação de laços sociais nas comunidades.

A comparação entre Vila Rica e a cidade do Rio de Janeiro no final do século XVIII ressalta o contraste no número de chafarizes entre as duas regiões, evidenciando o avanço de Minas Gerais em termos de abastecimento de água pública. Enquanto Vila Rica, com uma população de 8 mil habitantes, tinha dezoito chafarizes, a capital da Colônia, com cerca de 30 mil habitantes, possuía apenas onze. 

Isso mostra como o planejamento urbano e o investimento em infraestrutura em Minas Gerais eram mais desenvolvidos em relação ao Rio de Janeiro. O chafariz também fomentava o desenvolvimento de profissões relacionadas ao abastecimento e uso de água, como aguadeiros e lavadeiras. Isso transformava esses monumentos em pontos estratégicos de atividades econômicas urbanas, servindo para além de um simples abastecimento de água, mas também para sustentar práticas cotidianas e artesanais que estruturavam a vida da cidade.

De acordo com a classificação de Claudia Lopes, os chafarizes podiam ser funcionais, decorativos ou monumentais. Os funcionais eram utilitários e simples, localizados fora dos centros comerciais e administrativos. Já os decorativos tinham elementos ornamentais que valorizavam a paisagem urbana. Por fim, os monumentais eram grandes obras de arte, com complexos elementos barrocos e localizados em pontos de destaque das cidades.

Em Sant'Anna de São João Acima, a construção de um chafariz em 1880, autorizada pela Assembleia Legislativa Provincial de Minas Gerais, demonstra o empenho da administração pública em melhorar o abastecimento de água e, ao mesmo tempo, em valorizar o espaço urbano. O valor de quatro contos de réis destinado a essa construção revela o grande investimento financeiro necessário para essas obras de infraestrutura, o que indica a importância que esse tipo de empreendimento tinha para as autoridades da época.

Expandindo essa análise, podemos refletir sobre a relevância dos chafarizes não apenas como fontes de água, mas também como símbolos de poder público e de urbanização. Eles eram um marco de desenvolvimento e civilidade, demonstrando como o espaço público era pensado e utilizado em sociedades do passado. A presença de monumentos como esses reafirma a centralidade da água na organização da vida cotidiana, não apenas como recurso, mas como elemento de articulação social, política e cultural.

Ao considerar a construção de um chafariz em Sant'Anna de São João Acima, é possível perceber que a obra pública transcende o simples objetivo de fornecer água. Ela se insere em um contexto mais amplo de desenvolvimento urbano e social, refletindo o papel das infraestruturas públicas na promoção do bem-estar coletivo e na construção da identidade das cidades. O investimento em chafarizes demonstra o reconhecimento da água como um recurso vital e estratégico para a vida urbana, mas também como um meio de promover a coesão social, a estética urbana e o desenvolvimento econômico.

Em suma, os chafarizes eram mais do que estruturas utilitárias; eles eram elementos integradores do espaço público, promovendo tanto a funcionalidade quanto a beleza e a sociabilidade nas cidades. Eles simbolizavam a interseção entre o cotidiano e o extraordinário, entre o pragmático e o ornamental, moldando a paisagem urbana e as relações humanas em torno de um recurso essencial: a água.


Saiba mais em:  Chafariz em Itaúna

Organização pesquisa e arte: Charles Aquino


segunda-feira, outubro 11, 2021

MEMÓRIAS SONORAS E AFETIVAS

 "A história da arte em Itaúna no seu sentido mais amplo, sempre foi bem representada pelas mais diversas expressões artísticas, algumas como o teatro, a dança, a pintura, a fotografia, o artesanato, a escrita e a música. Nesta obra realizada por Rodrigo Botelho, o autor percorreu a um panorama histórico-musical do município apresentando um trabalho diferenciado, porém, fácil de compreensão e leitura prazerosa. Seu diálogo com as fontes pesquisadas permitem tanto o leitor como o ledor, visitar a história itaunense e mergulhar nas relembranças ruidosas de um passado musical que agora se faz tão presente."

Charles Aquino.

Memórias sonoras e afetivas de nossa gente

Caravana Grupo Editorial 

Sobre o autor do Livro

Padre Rodrigo Botelho Moreira Júnior

Nascido em Divinópolis MG aos onze de fevereiro de 1984. Filho de Rodrigo Botelho Moreira e Ildete Alves Botelho. Estudou na Escola Estadual Frederico Zacarias (Abaeté MG), Escola Estadual Sant’Ana (Itaúna MG), Escola Municipal Padre Pedro Machado (Perdões MG), Escola Estadual José Gonçalves de Melo (Itaúna MG) e Escola Estadual de Itaúna. Aos doze anos dedicou-se ao estudo da música e no ano de 1996 começou a cantar no Coro João XXIII, sendo um dos coristas mais jovens. Ingressou no Seminário Diocesano São José, onde estudou Filosofia no Curso Livre de Filosofia Padre Libério em Divinópolis MG. Em 2021 é nomeado Administrador Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora da Guia em Divinópolis MG

Veja mais em: 

O VIGÁRIO DO CÓRREGO

FESTIVIDADES DE SANTA CRUZ

MAESTRO AZARIAS

Sim baixaste lá do céu

OSCAR DIAS CORRÊA (CENTENÁRIO)


 Emissão Postal Comemorativa:

Centenário do Nascimento de Oscar Dias Corrêa

 1º Porte da Carta (PPC) Correios do Brasil

Descrição:

O selo traz a foto do homenageado cedida pelo acervo da Academia Brasileira de Letras, ocupando a parte superior da peça. A foto foi tratada para criar uma diferença de planos principal e de fundo para dar mais destaque ao motivo principal: o homenageado. Na parte superior direita, foi posicionado o valor facial e na inferior direita, as informações de país emissor e ano. Este selo ainda traz a tecnologia 2D, sendo o segundo selo a receber esse quesito de segurança. Foram utilizadas as técnicas de fotografia, foto- -retoque e montagem em computação gráfica.

Características técnicas:

Departamento/Seção:     Selos | Emissão 2021

Código:2691197 - 852013345

Peso: 10 gramas

Peso cúbico: 0 gramas

Informações Adicionais:

Data de emissão:   8/10/2021

Arte: Foto: Acervo ABL

Folha: com 20 selos

Tiragem: 400.000 selos

Valor facial: 1º Porte da Carta

Edital: nº 17

Locais de lançamento:     Rio de Janeiro/RJ

Processo de impressão:   ofsete

REFERÊNCIAS:


Correios On Line

Pesquisa para o Blog: Patrícia Nogueira

Organização para o Blog: Charles Aquino

sábado, outubro 02, 2021

IHP - PITANGUI

IHP - INSITUTUTO HISTÓRICO DE PITANGUI

O IHP - Instituto Histórico de Pitangui, situado em Pitangui/MG, gentilmente cedeu um vídeo mostrando minha experiência de pesquisa com seu acervo de documentos significativos durante minha graduação. É certo que, como novato, tive dificuldade em decidir se dirigia meu olhar para a câmera ou para os materiais inestimáveis. No entanto, a beleza de ser um eterno aprendiz é a oportunidade de crescimento. É meu sincero desejo que este curso e nossos esforços coletivos de compartilhamento e aprendizagem continuem a promover o crescimento e o conhecimento. Atenciosamente a todos!

ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO HISTÓRICO - IHP

PITANGUI MAIS DE 300 ANOS DE HISTÓRIA