Padre Rodrigo Botelho
“Pusestes no lenho da Cruz a salvação da humanidade, para que a
vida ressurgisse de onde a morte viera. E o que vencera na árvore do paraíso,
na árvore da Cruz fosse vencido.” Do Missal Romano
As festividades de Santa Cruz, de acordo com o Missal antigo, eram
celebradas nos dias 3 de maio “In Inventione S. Crucis” e 14 de
setembro “In Exaltatione S. Crucis”. Com a promulgação do Missal
de Paulo VI, as memórias litúrgicas, “In Inventione” e “In
Exaltatione S. Crucis”, foram aglutinadas em uma única celebração:
aos 14 de setembro - dia da Exaltação da Santa Cruz.
Os Jubileus do Sr. Bom Jesus eram festejados com toda pompa em muitos
lugares da nossa região. Como, por exemplo, o Jubileu da cidade de Bonfim
MG, do Córrego do Soldado (extinto na década de 1960) e dos Angicos
(comunidade pertencente à Carmo do Cajuru).
Em Itaúna, foi construída no alto do morro (tradicionalmente
conhecido como morro da Santa Cruz), a Capela do Senhor do Bonfim no ano de
1853 pelo Tenente José Ribeiro de Azambuja.
Osório Martins Fagundes em seus “Fragmentos de um Passado”
relata-nos que “na década de vinte (...) e posteriormente também, todo
ano, no dia 3 de maio, grande parte do povo da cidade subia a pé até o
alto da serra, desobrigando-se de um dever cristão, rezando ao pé da Santa Cruz
e na Capela Senhor do Bonfim”.
O povo devoto de Itaúna também quis que essas terras barranqueiras
recebessem o olhar amoroso do Senhor do Bonfim. Por isso, nós vos louvamos e
vos bendizemos, Senhor. Porque, pela vossa Santa Cruz, remistes o mundo!
Referências:
Texto
e Fotos: Padre Rodrigo Botelho
Organização:
Charles Aquino
Acervo
Morro de Santa Cruz Itaúna década 30: Cláudio Gonçalves Soares
FAGUNDES,
Osório Martins. Fragmentos de um Passado, 1977, p.627.