terça-feira, março 27, 2018

TURÍBULO

Missa em Sant’Ana

Estive em Itaúna no último fim de semana. No sábado, 24/03/2018, recebi um convite para assistir à missa solene. Missa em português abrilhantada pelo Coro Santana, entoando Cantos Gregorianos acompanhados por um organista.
Confesso que tive uma grata surpresa. Os cânticos em latim, fizeram passar rapidamente o tempo, sem que eu me dessa conta das horas. Aliás, qual a urgência que eu tinha? Nenhuma. Passaria mais duas horas na igreja, enlevado pelo cantar de Belas e afinadas vozes e os acordes do órgão, entregue a um ótimo instrumentista.
Além da boa música, tive outras belas surpresas. Um grande número de coroinhas, crianças, incluindo meninas e adolescentes. O padre, apesar de jovem soube muito bem comandar a celebração, auxiliado por um acolito de competência.
Foi uma inesquecível volta no tempo. Imagens cobertas por panos roxos, a igreja bem pintada e conservada. O cheiro do incenso, emanado pelos turíbulos. O tilintar das sinetas e a missa retornando ao tempo em que fui jovem, bem solene e cerimoniosa, como nunca devia ter deixado de ser.
A matriz razoavelmente cheia. Não como antigamente, tempo no qual, além dos bancos e até os corredores e portas ficavam apinhados. Parece-me ser um bom começo. Gente de várias idades e não somente velhos como eu, maioria nas celebrações atuais.
Sou um católico pródigo e displicente. Não sou assíduo nas igrejas como já fui na infância e juventude. Acredito que se tivesse a oportunidade de assistir missas como a que presenciei em Itaúna, talvez eu deixasse a preguiça de lado e iria empregar meu ócio na igreja e nas cerimônias católicas. Louve-se o trabalho da paróquia, do pároco e dos paroquianos. Meus cumprimentos ao professor Luiz Mascarenhas, um dos responsáveis pelo coro. Música soberba. Grata surpresa e ótimas lembranças!!!

Urtigão (desde 1943) é pseudônimo de José Silvério Vasconcelos Miranda, que viveu em Itaúna nas décadas de cinquenta e sessenta do século passado.