Abaeté/MG * 09/07/1920 - Itaúna/MG † 24/01/2016
Brasileiro,
casado advogado e ex-integrante da Força Expedicionária Brasileira (FEB),
nasceu em 9 de julho de 1920, na cidade de Abaeté/MG. Filho de Antônio Cordeiro
de Andrade e Iara Campos Cordeiro.
Foi
casado com Giselda Amélia de Souza Campos, professora aposentada. Teve 7 filhos e 16 netos e 1 bisneto. Fez o
curso primário na sua cidade natal e transferiu-se para Belo Horizonte onde fez
o Curso de Contador e trabalhou no Banco do Distrito Federal.
Em
dezembro de 1942, foi convocado para o Exército, em virtude da declaração de
guerra do Brasil aos países do eixo.
Após
um ano em Belo Horizonte, no 10º R.I., foi transferido para São João del Rei e,
posteriormente, para o Rio de Janeiro, sendo incorporado à Força Expedicionária
Brasileira (FEB) e nesta condição embarcou para a Itália em 21 de setembro de
1944, retornando ao Brasil em setembro 1945.
Deixando
seu emprego em Belo Horizonte, retornou à Abaeté, a fim de fiar perto de sua
família. Nessa cidade, trabalhou como contador prestando serviços a diversas
firmas por 20 anos, sendo ainda por algum tempo, correspondente dos Bancos do
Brasil, Comércio e Lavoura, que não possuíam agências na cidade.
Espírito
dinâmico e entusiasta prestou relevantes serviços à comunidade. Foi Inspetor
Escolar durante mais de 15 anos, sem qualquer remuneração. Provedor da Santa
Casa, clubes de serviços (esportivos e sociais), ajudou na fundação do Ginásio
local, foi vice-diretor e professor de Contabilidade de várias turmas.
Em
1946, foi eleito Juiz de Paz para um período para o período de 4 anos. Nessa
época exerceu as funções de Juiz de Direito, no impedimento do Titular da
Comarca, Dr. José de Castro Pires.
Em
1967, tentando realizar seu sonho de moço, transferiu-se para Itaúna, para que
pudesse continuar seu curso de Direito. Fez parte da primeira turma de
bacharéis formados pela Universidade de Itaúna.
Integrou-se
facilmente em sua nova cidade e sua vocação de servir bem foi aproveitada,
participando da direção de várias obras assistenciais da comunidade.
Foi
advogado militante na Comarca de Itaúna. Foi Presidente da subseção da OAB por
um período e outro como Vice-Presidente. Em 1978, foi escolhido “Advogado do
Ano” através de pesquisa popular.
Durante
4 anos foi professor substituto nas Faculdades de Direito, Odontologia e
Economia, lecionando a matéria de “Estudos dos Problemas Brasileiros” (EPB).
Foi
também professor no Colégio Estadual e ainda, no Colégio Sant’Ana, da
disciplina 0SPB. Pertenceu aos quadros do Rotary, fazendo parte da Diretoria
como Secretário e Diretor de Protocolo.
Colaborou
nos serviços religiosos da Paróquia de Sant’Ana, tendo exercido por longo
tempo, as funções de Ministro da Eucaristia, proferindo palestras no “Curso de
Noivos e Encontro de Casais”.
Foi
Integrante da Pastoral Carcerária, prestou colaboração à APAC (Associação de
Proteção aos Condenados).
Era
presença obrigatória nas Comemorações Cívicas quando tenta despertar em nossa
juventude o interesse peça Pátria.
Os
estabelecimentos de ensino sempre requisitaram para palestras de cunho
patriótico e de exaltação ao amor ao Brasil, nestes tempos em que o civismo
está sendo esquecido e muito pouco incentivado e, para atingir estes objetivos,
levou vários alunos para conhecerem o Museu da FEB, em Belo Horizonte.
Proferiu
inúmeras palestras sobre a 2ª Guerra Mundial, com eloquência e testemunho
próprio por ter participado da mesma em Montense / Itália.
Confessava que “até seu sangue era verde-amarelo”. Desfrutou de merecida aposentadoria e foi 1º
Tenente do Exército, sem vantagens financeiras do posto, uma regalia concedida
a todos os ex-combatentes da FEB que possuem diploma de Escola Superior.
Recebeu
em setembro de 1991, o Diploma de Amigo do Exército.
Recebeu
em outubro de 1994, o Diploma de Amigo do TG – Tiro de Guerra.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Recebeu
em 9 de maio de 1998, a medalha “Mascarenhas de Moraes” em reconhecimento pelos
serviços prestados à ASSOCIAÇÃO DOS VETERANOS DA FEB, com palestras de cunho
cívico, divulgando o desempenho da FEB nos campos de batalha na Itália na segunda guerra mundial.
1944
Soldado da Força Expedicionária Brasileira - FEB
Soldado da Força Expedicionária Brasileira - FEB
"Doravante
tudo seria bem diferente. Estava a caminho para a guerra. O seu termino ninguém
podia afirmar. As vezes nunca mais verei minha terra, nem minha gente ...
Espero,
porém, que o meu sacrifício, o sacrifício destes milhares de jovens, não seja
em vão.
Que num futuro não muito distante, os povos possam viver em harmonia, e
que a geração de amanhã seja mais feliz, não tendo que sacrificar sua vida e
seus ideais num campo de luta.
Só
este pensamento nos consola. Que aqueles que sobreviverem a esta guerra; possam
ter no porvir, dias tranquilos e felizes" ...
REFERÊNCIAS:
Texto
e acervo pertencentes a Inácio Campos Cordeiro Júnior.
Organização
e elaboração de Charles Aquino
Jornal Vossa Senhoria 1948, p.7