Ramon
MARRA*
Caminhando
pelos trilhos da vida, a transformação vai acontecendo. Muitas vezes os
caminhantes não se percebem dentro da história que ela está contando. A
distância não encurta o sentimento e os desejos escondidos na alma.
Algumas
vezes se sofre sozinho, porque a dor de dividir a fantasia ou a verdade, séria
demais. Lá no horizonte, distante não o suficiente para encurtar a
possibilidade do encontro, mas o bastante para mantê-lo postergado, há o
enigmático desejo de vivenciar o amor da alma.
Cabeça
a mil, coração disparado apenas pelo prazer que o pensamento desperta em nosso
corpo.
Essas
são as escolhas, estas são as atitudes, estas são as realidades que as
caminhadas propõem àqueles que caminham sob o sol da alma ou debaixo das
lágrimas escondidas na chuva.
Não
se pode perder a vontade de se apresentar como personagem da história que está
sendo construída.
A
beleza, a esbelteza e a altivez esculpida em nossos corpos não se despertam
sozinhos.
É
preciso um passo, um ir adiante, se permitir receber a energia para então
entende-la em nossa existência.
Sem
esta experiência, ela adormece em nossas vidas e passamos a ser espectadores de
uma monotonia existencial que fere aquilo que temos de melhor.
E
o que temos de melhor é viver intensamente a vida amando a nós mesmos primeiro,
permitindo em seguida que nosso coração pulse mil vezes além do normal quando a
vida abrir uma flor em nosso caminho.
*Pós-Graduação
em Psicopedagogia
Organização:
Charles Aquino
Acervo:
Shorpy