Das Ruínas à
Forma — dia após dia, o renascer de uma história!
Por muitos anos, o antigo prédio da Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira foi lembrado apenas como “as ruínas do hospital”. Paredes abertas, janelas vazias e o silêncio de um tempo que parecia ter se encerrado marcaram por décadas a paisagem do local.
Mas hoje, esse cenário mudou. O que antes
simbolizava o abandono, agora revela um novo tempo: o tempo da reconstrução, da
esperança e do renascimento da memória.
Dia após dia, o antigo hospital vai tomando forma. É o labor das mãos trabalhadoras que substitui o eco do esquecimento por sons de reconstrução.
Em cada marco de porta ou janela, assentado
cuidadosamente pelas mãos dos operários e sob o olhar atento dos responsáveis
pela obra, a restauração vai dando forma e robustez ao edifício. Cada detalhe
recuperado é mais do que uma ação técnica — é um gesto de respeito à memória e
à história do município de Itaúna.
Um patrimônio que
volta a respirar. As obras de revitalização seguem em ritmo acelerado e já
alcançaram importantes etapas. A parte interna do prédio histórico foi totalmente recuperada, incluindo laterais e fundos, e as equipes agora concentram
esforços na recuperação da fachada frontal, que começa a revelar, novamente, o
traçado original do edifício.
A próxima fase
será a instalação do novo telhado, devolvendo ao prédio a proteção e a
imponência que o tempo havia levado. O projeto respeita cada linha e proporção
da construção original, mantendo intactas as estruturas principais — um
testemunho da qualidade e da solidez da obra erguida há mais de um século.
O objetivo é que
o edifício, antes tomado pelas ruínas, abrigue o novo centro administrativo do
Hospital Manoel Gonçalves, devolvendo-lhe função, vida e relevância
comunitária. Mais que uma restauração arquitetônica, trata-se de um ato de
reverência à história da saúde e da caridade em Itaúna — respeito à origem e à
fé.
O altar
centenário da antiga capela, que está aos cuidados do museu do município, retornará
ao local, compondo a nova capela que será erguida no interior do prédio
restaurado.
Será, ao mesmo tempo, um retorno físico e simbólico — o reencontro entre o
espaço e a fé que lhe deu origem.
O símbolo que se
recusa a desaparecer — o antigo hospital foi, por muitos anos, o coração da
solidariedade itaunense. Agora, ele volta a pulsar — não mais como ruína, mas
como símbolo de continuidade e de esperança. A cada novo dia, o passado se
reconcilia com o presente; e a paisagem que um dia foi de abandono, hoje é de
reconstrução.
O tempo das
ruínas ficou para trás — o tempo agora é outro: tempo de forma, de fé e de
futuro. E no horizonte de Itaúna das Minas Gerais, entre andaimes e fachadas recompostas, o velho hospital se ergue novamente — como quem volta a respirar depois de um
longo silêncio.
VEJA MAIS: FOTOGRAFIAS DO HOSPITAL ANTIGO
Organização e
arte: Charles Aquino
Ilustração criada com IA, inspirada no conteúdo do texto.
https://orcid.org/0009-0002-8056-8407
