Em 1890, o
espiritismo foi criminalizado pelo Código Penal Republicano, em particular
pelas interpretações relativas ao artigo 157. Isto resultou em restrições à
liberdade religiosa dos espíritas. No que diz respeito aos crimes contra a
saúde pública, no artigo 157 delineou que “praticar o espiritismo, a magia e
seus sortilégios, usar de talismãs e cartomancias para despertar sentimentos de
ódio ou amor, inculcar cura de moléstias curáveis ou incuráveis, enfim, para
fascinar e subjugar a credulidade pública” seria punido a uma multa pecuniária
entre 100$000 e 500$000 réis e prisão de até seis meses. Apesar do anúncio da
Constituição de 1891 de que a nação era agora um Estado Laico, a prática do
espiritismo ainda enfrentava obstáculos. Portanto, o Código Penal não
reconheceu o espiritismo como uma fé legítima e caracterizou-o como uma
violação da lei. Os relatórios indicam que antes do estabelecimento da
República, os espíritas sofreram uma enxurrada de críticas por parte dos meios
de comunicação, encontraram oposição religiosa e enfrentaram objecções de
profissionais médicos. No entanto, a aplicação da Constituição Republicana
exacerbou as suas circunstâncias problemáticas.
As advertências
contra o espiritismo eram comuns nas publicações locais e também nos jornais
regionais e nacionais que chegavam aos municípios. Essas críticas eram muitas
vezes enfatizadas com slogans que chamavam a atenção, como “Cuidado com
o Espiritismo!” Os responsáveis por essas publicações pretendiam justificar sua
condenação relatando supostas verdadeiras tragédias que se abateram sobre os
envolvidos na prática. A intenção era desencorajar a crença na doutrina
espírita através do uso de táticas alarmistas. Além disso, essas publicações
incluíam opiniões de especialistas, principalmente médicos, que denunciavam o
espiritismo como prejudicial à saúde física e mental. Esses especialistas
também criticaram o espiritismo por suas doutrinas, ensinamentos e visão de
mundo, muitas vezes desconsiderando as práticas de assistência social. Um tema
particularmente angustiante coberto pelos jornais foram as manchetes que
detalhavam as “tragédias familiares causadas pelo espiritismo”, retratando a
destruição de famílias de forma dramática.
Como por
exemplo, a morte do professor Plácido Teixeira Coutinho no arraial Sant'Ana do
Rio São João Acima, hoje Itaúna/MG, foi registrada em 17 de dezembro de 1899,
no jornal “Gazeta de Minas” de Oliveira/MG. Relatos de “noticiaristas” enviados ao
jornal, afirmaram que o professor que lecionava publicamente durante cerca de
uma década, começou a organizar sessões espíritas em sua residência há cerca de
seis meses. Isso fez com que sua filha de vinte anos enlouquecesse e o
professor fosse dominado por pensamentos e alucinações mortais, o que o levou
ao suicídio com um tiro no ouvido, dentro do cemitério do arraial. O incidente
abalou a sociedade e deixou uma marca duradoura no dia 7 de dezembro daquele
ano. Os “noticiaristas” do arraial especularam que o espiritismo foi causa
deste infortúnio devastador.
Plácido Teixeira Coutinho, renomado educador natural de Trás-os-Montes, região norte de
Portugal, era filho de José Teixeira Coutinho e Emília Magalhães Coutinho,
casado com Antônia Teodora de Oliveira e teve oito filhos (5 mulheres e 3
homens). No dia 8 de dezembro de 1873, os irmãos da Ordem de São Francisco de
Assis se reuniram em Ouro Preto para realizar um encontro dedicado a homenagear
Nossa Senhora da Conceição, padroeira de sua ordem. Esta ocasião especial
incluiu uma exposição ampla e abrangente, cujos rendimentos foram destinados ao
financiamento da construção da capela. O professor jovem de ascendência
portuguesa e devoto da ordem, esteve entre os que arrecadaram subscrições para
ajudar nos esforços da capela. Em 1877, recebeu a notícia do sucesso da
aprovação de sua cidadania brasileira através do Ministério do Império.
Em 1881, Plácido
trabalhou como professor público de instrução primária na freguesia de São
Gonçalo do Ibituruna, termo de São João Del Rei, sendo transferido no mesmo ano
para a freguesia de Mateus Leme, termo do Pará. Ao longo da década de 80
ministrou em outras cidades mineiras. No início da década de 90, ao chegar ao
arraial de Sant’Ana do Rio São João Acima (hoje
Itaúna/MG), o professor Plácido iniciou aulas noturnas gratuitas para os alunos
do primeiro ano do ensino fundamental. Isso ocorreu no início de 1893, quando
Sant'Anna do Rio São João Acima se caracterizava por um conjunto de escolas
isoladas, criadas por iniciativa privada, e uma escola estadual. Essas escolas
gozavam de grandes vantagens educacionais.
A bisneta do
professor Plácido, a professora e escritora Maria Lúcia Mendes, residente em Itaúna, lembra
que sua avó, Angelina de Oliveira Coutinho, falava frequentemente dos livros
espíritas, que eram enviados da Europa para o professor no Brasil. Diz-se que
ele organizava reuniões em casa para discutir esses assuntos. A notável atuação
do professor Plácido na área da educação certamente influenciou as futuras
gerações de sua família, que se tornaram profissionais de destaque e educadores
respeitados na cidade. Há fortes indícios de que o professor Plácido teve papel
fundamental na organização dos primeiros encontros espíritas em Itaúna, no
final do século XIX.
Já na década de
1945, o jornalista, colunista e membro do Instituto Histórico de Ouro Preto,
Antônio Caetano de Azeredo, radicado em Belo Horizonte, escreveu uma crônica
sobre a cidade de Itaúna intitulada “Terra Abençoada”, que acreditamos ter
escrito após visitar a cidade. Curiosamente, ele cedeu a crônica sobre a cidade
de Itaúna para dois jornais da região de Minas Gerais - Correio de
Uberlândia e A Estrela Polar (Diamantina). O jornalista colaborou regularmente
com diversos jornais da região mineira (incluindo Divinópolis, Uberlândia,
Diamantina, Paraopeba, Baependi, Santos Dumont, Conselheiro Lafaiete, Ouro
Preto, entre outros). Azeredo Neto (como assinava em suas crônicas), era
conhecido na imprensa pela profundidade e perspicácia evidentes nas suas obras
escritas. Em um de seus escritos sobre o município de Itaúna, ele mencionou o
tema do espiritismo e compartilhou o seguinte pensamento:
Itaúna,
outrora simples arraial de Sant’Ana do Rio São João Acima, é hoje, uma cidade
progressista, com intensa vida industrial e privilegiada por excelente clima,
qualificado pelo sábio dinamarquês, dr. Lund, como dos melhores de Minas
Gerais; e, mais ainda, por vir se mantendo incólume em meio da derrocada de
licenciosidade de costumes em que o mundo se debate, como no domínio de novo
paganismo. É uma terra abençoada, onde todos se prezam, estimam e respeitam. É
que nela impera, soberana e excelsa, a sublime religião do Mártir do Gólgota,
não existindo, no seio de sua honesta e operosa sociedade, nenhuma seita, nem
mesmo o espiritismo, que qual árvore daninha, vai estendendo raízes por outros
rincões mineiros, esquecidos de sua bem cuidada formação religiosa, plasmada
por eruditos sacerdotes de vida ilibada, cuja voz ali foi ouvida e acatada,
traduzindo-se na fidelidade conjugal e na piedade filial reinantes como
estimáveis dons da graça divina.
A CÉLEBRE FAMÍLIA CAMPOS
No período de 1923 a 1937, José Maria Álvares da Silva Campos,
farmacêutico formado em Ouro Preto, assumiu a função de vereador distrital do
Carmo do Cajurú no sétimo mandato da Câmara Municipal de Itaúna. Em 1928, após
a inauguração do Grupo Escolar Princesa Isabel no distrito, foi o primeiro
diretor até o início da década de 1931. Apesar de possuir a Farmácia Campos
também no distrito de Cajuru, suas crenças espirituais levaram a um boicote
orquestrado. Esse infeliz incidente exemplificou o preconceito religioso da
época, levando-o a se mudar com a família para o município de Divinópolis no
início da década de 1940. Ao chegar na cidade, abriu uma farmácia de mesmo nome
e manteve a carreira de farmacêutico.
Fundado com o
apoio de José Maria Campos na década de 1947, um grupo de estudiosos do
espiritismo em Divinópolis formou o Centro Espírita Estudantes do Evangelho. A
Farmácia Campos serviu de ponto de encontro para a comunidade literária da
cidade. Isto inspirou José Maria Campos e Sebastião Benfica Milagre a
conceberem a ideia de criar uma academia dedicada à literatura na década de
1961. No dia 21 de junho daquele ano, ao lado de personalidades conceituadas,
deram origem à ADL - Academia Divinopolitana de Letras. A primeira reunião foi
presidida por José Maria Campos, então com 72 anos. Uma rua do município, Rua
José Maria Campos, lhe serve de homenagem, através da Lei Municipal nº 1.404 de
12 de junho de 1978.
Nascido em 7 de
dezembro de 1889, em Pitangui, José Maria Álvares da Silva Campos, mais
conhecido como José Maria Campos, teve sete filhos com a esposa Mariana Fornero
de Campos. Foi também trineto de Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo
Branco Souto Mayor de Oliveira Campos ou também conhecida como Dona Joaquina do
Pompéu. Em 1975, ele faleceu. Segundo pesquisas genealógicas dos historiadores Coriolano
e Jacinto registradas na obra “Dona Joaquina do Pompéu” de 1956, seus pais
foram Inácio Álvares da Silva Campos e Luíza Álvares da Silva. Juntos, o casal
teve um total de dez filhos — o farmacêutico José Maria Álvares da Silva Campos
(1888-1975), a professora Maria José Álvares da Silva Campos (1890), Maria
Carolina Álvares da Silva Campos (1892-1977), José Luís Álvares da Silva Campos
(1894), o tabelião Raul Álvares da Silva Campos (1895-1949), Martinho Álvares
da Silva Contagem (1897-1956), Iara Álvares da Silva Campos (1902), Jupira
Álvares da Silva Bicalho (1905), a professora Nise Álvares da Silva Campos
(1907-1987) e Jandira Álvares da Silva Campos (1910-1991).
CASAS ESPÍRITAS EM ITAÚNA
Desses dez
irmãos, três irmãs se estabeleceram em Itaúna. Uma delas foi Maria Carolina,
também conhecida como Carola, que ocupava cargo na Escola Normal, hoje Escola
Estadual de Itaúna. Outra irmã, Nise Campos, seguiu carreira como professora e escritora, enquanto Jandira trabalhava na agência do correio local. No início
da década de 60, as irmãs Campos se uniram com o propósito de se aprofundar nos
ensinamentos do Evangelho Segundo o Espiritismo. Assim, em 8 de julho de 1963, na
residência da rua Melo Viana, centro da cidade, Ferdinando Suppa, Jandira
Campos e Nise Campos realizaram “a primeira reunião de preces” registrado em ata
oficial em 14 de setembro de 1964 a criação do GEFA – Grupo Espírita Francisco de Assis – no município de Itaúna/MG.
Após
estabelecido um número considerável de participantes regulares, a casa atingiu
sua capacidade e não tinha mais como acomodar pessoas adicionais. Como solução,
conseguiram um terreno no bairro das Graças, justamente no cruzamento das ruas
Santana e Bonfim. Neste terreno construíram um humilde estabelecimento que
acabou por se transformar num amplo e acolhedor centro religioso dedicado à
difusão dos ensinamentos da doutrina Espírita. Neste centro foram viabilizados vários
programas e iniciativas educativas centradas na assistência social e apoio aos
necessitados.
O grupo Espírita Francisco de Assis foi considerado de utilidade pública, municipal, estadual e
federal:
Pela Lei Municipal de número 2.990 de 6 de outubro de 1995, que alterou o artigo primeiro da Lei
de número 1.569 de 21 de maio de 1981 e passou a ter a seguinte redação: “Fica
declarado de utilidade pública o Grupo Espírita Francisco de Assis, entidade
sem fins lucrativos, com sede e foro nesta cidade de Itaúna.” Prefeitura
Municipal de Itaúna, Prefeito Hidelbrando Canabrava Rodrigues.
Pela Lei Estadual de número 8.110, de 1 de dezembro de 1981 do artigo primeiro declara
que “Fica declarado de utilidade pública o Centro Espírita Francisco de Assis –
Fé – luz – Amor – Caridade, com sede na cidade de Itaúna”. Palácio da
Liberdade, Vice-Governador de Minas Gerais João Marques de Vasconcelos.
Pela Lei Federal
Portaria nº 1.588, de 19 de agosto de 2005. O Ministro de Estado e da Justiça,
usando da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º do Decreto no 3.415, de
19 de abril de 2000, e com base no disposto na Lei nº 91, de 28 de agosto de
1935, regulamentada pelo Decreto nº 50.517, de 2 de maio de 1961, resolve: “Declarar
de Utilidade Pública Federal as seguintes instituições: Grupo Espírita Francisco de Assis - GEFA, com sede na cidade de Itaúna, Estado de Minas Gerais”.
Segundo o
historiador Guaracy de Castro Nogueira, relata que foi uma imensa honra e privilégio ter a
oportunidade de conviver com as irmãs Campos que se dedicaram de todo o coração
a esta crença religiosa específica. Ele destaca que durante uma época em que
prevaleciam os preconceitos sociais em torno das afiliações religiosas, as
irmãs inspiravam grande respeito e admiração. O conceito de ecumenismo, ainda
não era abraçado naquela época, mas mesmo assim elas foram aceitas e
respeitadas na comunidade de Itaúna — “chegaram, viram e venceram”.
Já o professor e
padre José Bechelaine destaca que a professora e escritora Nise Campos, possuía
uma riqueza interior que expressava com notável simplicidade, tornando-a uma
figura cativante. Sua trajetória educacional começou na cidade de Pompéu, onde
cursou o ensino fundamental antes de continuar seus estudos na renomada Escola
Normal de Itaúna. Em 1925, ela fez parte do primeiro grupo de professores
formados nesta instituição. Após iniciar a carreira docente em Pompéu, Nise
retornou a Itaúna em 1930, quando a Escola Normal foi oficialmente reconhecida.
Dedicou-se à docência no Grupo Escolar José Gonçalves de Melo até à sua
aposentadoria, ganhando reputação pela sua competência e empenho inabalável.
Fora do trabalho na escola, Nise era muito procurada para aulas particulares,
principalmente na disciplina de português. Além disso, ela possuía talento para
a música e tocava bandolim. Em questões de fé, Nise foi defensora do
espiritismo kardecista e participou ativamente dos esforços filantrópicos e
religiosos do seu Centro Espirita. No entanto, ela não tinha uma mentalidade
sectária, nem procurou ativamente converter outras pessoas às suas crenças. Ela
tinha um profundo respeito pelas opiniões divergentes. Ainda tenra idade, Nise
escreveu suas primeiras obras poéticas demonstrando talento para a literatura.
Seus escritos exibiam consistentemente uma natureza contemplativa e
introspectiva, com um toque de melancolia. Além disso, ela fez contribuições
valiosas para vários jornais itaunenses.
Em 1965, através
da Lei Municipal de nº 775, a Professora Nise Campos foi agraciada com o título
de Cidadania Honorária em Itaúna — O Povo do Município de Itaúna, por seus
representantes, decreta e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Art. 1º
Concede o título de cidadã honorária de Itaúna à professora aposentada Nise
Álvares da Silva Campos, de acordo com a Lei Municipal que regula a matéria. Prefeitura
Municipal de Itaúna, 6 de dezembro de 1965 — pelo Prefeito Municipal Milton de
Oliveira Penido.
Com o passar dos
anos, foram inauguradas mais duas Casas Espíritas no município de Itaúna. O
Núcleo Espírita Nosso Lar que surgiu em 3 de outubro de 1983, como uma
organização sem fins lucrativos movida pela filantropia. Começou a funcionar
oficialmente em 27 de outubro de 1994, ocupando a atual localização à rua
Professora Maria Linda, no Bairro Residencial São Geraldo, município de
Itaúna/MG. Os fundadores guiaram-se por uma sugestão inspirada na escolha do
nome, que se alinha com o seu objetivo principal de criar um espaço acolhedor
como um verdadeiro “Lar”. Assim, através da Lei Municipal de nº 1740 de 31 de
maio de 1984 do artigo primeiro foi “declarado de utilidade pública o Núcleo
Espírita "Nosso Lar", sociedade civil, sem fins lucrativos, com sede
e foro em Itaúna. Prefeitura Municipal de Itaúna, Prefeito Municipal Francisco
Ramalho da Silva Filho.
Já o Grupo Espírita Eurípedes Barsanulfo fundado em 6 de agosto de 2017, entidade sem fins
lucrativos sendo uma comunidade de estudos e trabalho social cristão do
Espiritismo em Itaúna, situada à rua Agripino Lima, centro da cidade. Através da Lei Municipal de nº 5.988 de 3 de outubro de 2023, o Grupo foi declarado de
Utilidade Pública.
Uma informação relevante, apesar da escassez de documentação histórica, é o relato da trajetória de Irma de Castro Rocha em Itaúna, desde a infância até a idade adulta. A biografia de Irma conduz inevitavelmente ao município, pois este local significava a região geográfica predominante onde viveu a grande parte de seus dias. Embora suas origens sejam de Mateus Leme/MG, remontando à década de 1920, a família mudou-se para Itaúna/MG, quando Irma tinha apenas dois anos. Seu pai, Adolfo Castro, trabalhava como agente ferroviário, e o nome de sua mãe era Mariana Castro. Ela cresceu com outros quatro irmãos. E no dia 5 de março de 1927, um infortúnio se abateu sobre a família quando seu pai faleceu e foi sepultado no cemitério local. Sua morte foi oficialmente registrada no Livro de Óbitos da igreja (1901-1928) na página de número 184r, marcando-o como a 21ª pessoa a ser sepultada naquele ano sendo então devidamente registrado pelo Padre Cornélio Pinto. A renomada Escola Normal, hoje Escola Estadual de Itaúna, proporcionou-lhe educação durante sua passagem pela cidade. Já adulta, Irma mudou-se para a capital mineira ao lado da irmã. Em 1946 faleceu aos 24 anos, apenas dois anos após seu casamento com Arnaldo Rocha. Irma de Castro Rocha foi postumamente referida como Meimei, o que mais tarde, segundo registros, se manifestou através da mediunidade de diversas cartas psicográficas de Francisco Cândido Xavier, popularmente chamado de Chico Xavier, mas também por outros médiuns.
O desejo de promover mudanças e transformar o ambiente local é o que leva os agentes sociais a realizar mudanças duradouras e significativas. Estas mudanças são mais impactantes quando resultam da capacidade de fazer escolhas e agir de forma consciente. É por meio dessa lente que embarcamos em nossa jornada para pesquisar a relação entre os atores sociais e suas convicções religiosas, reveladas por meio das reminiscências históricas do espiritismo em Itaúna.
Pesquisa e organização: Charles Galvão de Aquino. Mestre pelo programa de Pós-Graduação em História (PGHIS) da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). Graduado em História pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) - Divinópolis MG, com Projetos em Iniciação Científica de Pesquisa e Extensão. Tem experiência na área de História na conservação, tratamento, organização e divulgação do Arquivo Histórico de Pitangui (IHP) nos séculos XVIII, XIX e XX. Genealogista e pesquisador em arquivos Coloniais com leitura paleográfica. Pesquisa nas seguintes áreas: História do Integralismo em Minas Gerais, História dos Ciganos em Minas Gerais, História de famílias em Pitangui descendentes dos Judeus Sefarditas da Península Ibérica do século XV e Cultura Afrodescendente no Centro-Oeste Mineiro.
REFERÊNCIAS:
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Associação Beneficente Cantinho da Meimei. Disponível em: https://cantinhomeimei.org.br/meimei.html
ARRIBAS, Celia da Graça. Afinal, espiritismo é religião? A doutrina espírita na formação da diversidade religiosa brasileira, p. 88-92, 2008. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. doi:10.11606/D.8.2008.tde-05012009-171347. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-05012009-171347/pt-br.php
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BATISTA, Márcia Helena. A Restauração Católica no cotidiano da cidade: círculo operário, imprensa e obras sociais em Divinópolis entre os anos 30 e 50. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) Pontifícia Universidade Católica, Belo Horizonte, p. 31, 197, 2002. Disponível em: http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/CiencSociais_BatistaMH_1.pdf
BECHELAINE, Maria Batista. Traços de giz em quadro negro: Memórias de uma estudante que se tornou professora. Belo Horizonte, ed, O Lutador, 1999, p.19-20.
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