"As bolas de futebol já foram mais
rústicas, pesadas e irregulares. A primeira bola descoberta terá cerca de 450
anos e apareceu em Stirling Escócia. As primeiras bolas de futebol tinham uma
abertura por onde entrava uma câmara inflável de borracha. O principal problema
surgia na hora de cabecear, quando o cadarço que amarrava a fenda machucava a
cabeça dos jogadores - por isso, muitos deles, usavam uma "touca”! Nas
décadas 30/40, a bola que imperava nos gramados tinha uma costura interna, sem
a abertura e sem o cordão. Mas o seu couro marrom ficava encharcado e
pesado nos dias de chuva e nos campos cheios de lama!" (ZONA DO AGRIÃO).
SPORT
CLUB ITAÚNA: DÉCADA 1941
1
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Argemiro
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2
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Mathias
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3
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Mirocles Herculano
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4
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Vandeir
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5
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Zaquel
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6
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Chico Herculano
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7
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José Moreira
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8
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Armando Rodrigues
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9
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Plínio Coutinho
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10
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Rui
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11
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Wilson Mendes Nogueira
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12
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Francisco Alves Paulino (Cubu)
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SPORT CLUB ITAÚNA: DÉCADA 30
CAMPO DA VÁRZEA (HOJE RODOVIÁRIA)
Ao centro de touca o zagueiro Cubu
O relato sobre o Sport Club Itaúna nas décadas de 1930 e 1940, através das memórias de Francisco Alves Paulino, o Cubú, oferece uma visão rica e nostálgica do futebol amador da época. As bolas de futebol eram rudimentares, de couro, e se tornavam pesadas e irregulares em dias chuvosos, dificultando o jogo. Cubú, um dos melhores zagueiros do time, usava uma touca para se proteger ao cabecear a bola, refletindo as condições adversas e os equipamentos rudimentares. Ele relembra com carinho sua participação no futebol itaunense, destacando a alegria e a realização de defender seu time, com a mentalidade de que "a bola poderia até passar, mas o atacante não".
Aos 100 anos, Cubú ainda guardava essas memórias com clareza, mostrando o impacto duradouro do esporte em sua vida. Seu testemunho documenta a história do Sport Club Itaúna e ressalta a evolução do futebol, a paixão pelo esporte, a resistência dos jogadores e a importância social e cultural do futebol amador. A história de Cubú enriquece a compreensão sobre a importância do esporte no contexto local, revelando como o futebol pode ser um poderoso veículo de identidade e memória coletiva.
CUBÚ
Francisco
Alves Paulino
Nascimento: 01/11/1911
Fotografia: 22/05/2012
101
anos de vida e de bola!
Cubú
foi um dos melhores “beques” (zagueiro) que já passaram pelo time de futebol de
amador itaunense, o Sport Club Itaúna, décadas de 30/40.
Francisco
Alves Paulino, o Cubú, disse que usava
uma touca para se proteger das
“cabeçadas” que dava na bola, por ser de couro e costurada, a bola poderia
machucar se a pessoa não soubesse cabecear. Nos dias de chuva, a “pelota” ainda
mais pesada, misturando-se com a lama do campo. Mas sempre foi um momento
mágico e feliz da minha vida.
Fui muito feliz por ter participado
destes momentos bons do futebol itaunense. Tudo está gravado em minhas
lembranças até hoje, e olha que estou com mais de 100 anos de idade. Minha
função era de “beque”! Defender a nossa zaga do adversário e tínhamos o
pensamento: a bola poderia até passar, mas o atacante não! Risos!
REFERÊNCIAS:
Entrevista com
Francisco Alves Paulino em sua residência na cidade de Itaúna, no dia
22/05/2012 (Francisco estava com 100 anos de vida e com muita alegria. Veio a falecer no ano de 2013 e sepultado no
cemitério central da cidade de Itaúna).
Acervo: Hely Jaó
e Professor Marco Elísio Chaves Coutinho
Organização e
Fotografia: Charles Aquino
Colaborador:
Prof. Marco Elísio Chaves Coutinho