AS
LUAS DE JÚPITER: TERRA DISTANTE E NAVEGANTE
Pronto!
Não tem mais volta. Fui lançado na órbita da Terra em direção à Estação
Espacial Internacional ISS. Estou em uma cápsula espacial. O medo e o impacto da
ignição do foguete fizeram com que eu perdesse os sentidos por algum tempo.
Quando acordei, olhei por uma pequena janela e lá estava ela. Senti exatamente
a mesma coisa que senti quando conheci a canção do Caetano: Terra. Uma sensação
de magia, de que nem tudo deve ser explicado. A canção diz assim: “quando eu me
encontrava preso na cela de uma cadeia foi que eu vi pela primeira vez as tais
fotografias em que apareces inteira, porém lá não estavas nua e sim coberta de
nuvens... Terra .... Terra... Por mais distante, o errante navegante, quem
jamais te esqueceria”.
A
ISS foi sendo aumentada ao longo dos anos. Ficou enorme. Cada país construiu
sua ramificação. Sua órbita foi colocada um pouco mais acima para que a “Icarus Dream” fosse construída. A
acoplagem de nossa cápsula foi um momento delicado e de apreensão. Nada podia
sair errado. Quando me soltei do assento foi espetacular. Não senti meu peso.
Flutuei. Bati no teto. Era como uma brincadeira de criança, quando pulávamos no
colchão da cama de meus pais. A Estação Espacial seria nossa primeira base. De
lá, passaríamos para a nave que nos levaria a Júpiter. Mas tínhamos que
aguardar por alguns dias ali, fazendo uma espécie de adaptação. Pelas janelas,
a imensidão do espaço pontilhado de estrelas e a Terra com seus oceanos,
crepúsculos e amanheceres.
0 comentários:
Postar um comentário