terça-feira, abril 18, 2017

CIDADE EDUCATIVA DO MUNDO

ITAÚNA - CIDADE EDUCATIVA

         As cidades são a sua gente e as gentes formam as cidades... Não há como se falar do título de “Cidade Educativa do Mundo”, com o qual Itaúna foi laureada no ano de 1975, pela UNESCO/ONU, sem se mencionar o principal articulador desta importante conquista: o DR. GUARACY DE CASTRO NOGUEIRA; um itaunense apaixonado por sua terra natal; por sua História, sua Cultura, suas Tradições e Valores Humanísticos.

         E fomos visitar e pesquisar nos escritos e apontamentos (na Enciclopédia Ilustrada “Itaúna em Detalhes”, publicada em fascículos pelo Jornal “Folha do Povo”) do próprio Dr. Guaracy para contar esta História.

         Como reitor da Universidade de Itaúna, o Dr. Guaracy (seu cofundador, ao lado do Dr. Miguel Augusto Gonçalves de Souza) foi a única pessoa do interior de Minas Gerais, matriculado – a convite- na ADESG em Belo Horizonte, que fez o Curso da Escola Superior de Guerra.  Tratava-se de um grupo integrado por educadores de alto nível, membros do Conselho Estadual de Educação, chefes de departamento da Secretaria de Estado da Educação, professores universitários e empresários de projeção. Desta forma, os mesmos se inteiravam de importantes projetos do Governo para a área. 

 Em determinada ocasião, a chefe do Departamento do Ensino de 1.º Grau da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, Maria Auxiliadora de Araújo Campos Machado, auxiliar do Secretário de Educação, Agnelo Corrêa Viana, relatou ao Dr. Guaracy sobre um grande projeto estava sendo elaborado na Secretaria, para se escolher a primeira “Cidade Educativa do Mundo”, por decisão da UNESCO, em terras brasileiras e no Estado de Minas Gerais. Foi assim que o Dr. Guaracy teve o primeiro contato com o projeto “Cidade Educativa do mundo”, já no fim do curso e no início de 1974. Na verdade, se tratava de uma experiência de mobilização e integração de recursos comunitários para o desenvolvimento das atividades educacionais.

         O Projeto “CIDADE EDUCATIVA”, de nível mundial, resultou de um encontro em Paris, sede da UNESCO, dos ministros de Educação de todos os países integrantes da ONU, sob a liderança da Comissão Permanente para o Desenvolvimento da Educação, mais conhecida por Comissão Faure, criada em princípios de 1971. 

Eram seus membros  EDGAR FAURE (França), Presidente do Conselho, Ministro da Educação Nacional, Ministro de Estado para os Assuntos Sociais; FELIPE HERRERA (Chile), Professor da Universidade do Chile, Presidente do Banco Interamericano para o Desenvolvimento; ABDUL-RAZZAK KADDOURA (Síria), Professor de Física Nuclear da Universidade de Damasco; HENRI LOPES (República do Zaire), Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ministro da Educação Nacional; ARTHUR V. PETROVSKI (U.R.S.S.), Professor e Membro da Academia de Ciências Pedagógicas; MAJID RAHNEMA (Irã), Ministro do Ensino Superior e das Ciências; e FREDERICK CHAMPION WARD ( U.S.A.), Conselheiro para a Educação Internacional da Fundação Ford.
         O objetivo era descobrir novos rumos para a Educação mundial.
         A partir dos anos 70, durante dois anos, os educadores debateram os graves problemas educacionais e assim se criou a Comissão Faure.

Surgiu a ideia, ou o sonho, da Cidade Educativa“um modelo alternativo de educação para a nova civilização planetária”. Modelo este consubstanciado no já famoso “Relatório Faure”, publicado sob o título de “ Aprender a Ser” (Apprendre à être). Um livro de 458 páginas, que na opinião de René Maheu, Diretor-Geral da Unesco, “verdadeiro inventário da Educação então existente, definindo uma concepção global de educação para o futuro, que não havia sido, ainda, objeto de formulação tão completa”.


         Minas Gerais contava então com 722 municípios. A Secretaria de Estado de Educação estava à procura da “Cidade Educativa”; aquela que conseguisse extrair de seu poder político, produção, riqueza e cultura, o mais intenso potencial de motivações e oportunidades para o desenvolvimento da educação, ciência e tecnologia na sua região, com ativa participação de sua gente, e em benefício de sua prosperidade, elevação moral e bem-estar. Desde 1972, com Agnelo Corrêa Viana na condução da Secretaria de Educação, desenvolvendo o projeto de Assistência Técnico-Educacional aos Municípios, liderava no Brasil a Reforma do Ensino, prevendo a progressiva passagem para a jurisdição dos municípios os recursos e serviços da Educação, especialmente aqueles do 1.º Grau.

 Por este motivo, ele, como Secretário de Educação, mais à frente dos demais colegas brasileiros, foi escolhido para representar o Brasil na reunião de Washington, junto a OEA, desejosa de implantar o Relatório Faure – Cidade Educativa – em terras do terceiro mundo. Europa e Estados Unidos com suas instituições tão conservadoras rejeitaram de pronto uma mudança tão radical nos seus sistemas educacionais.

         A Secretaria de Educação sabia que apenas uma percentagem mínima dos municípios mineiros poderia servir de campo de experimentação para implantar sua comentada reforma de “educação para todos e para cada um”. A meta principal era a promoção do desenvolvimento dos recursos humanos no município, para que este pudesse melhor equacionar seus problemas educacionais e melhor dispor de seus recursos materiais e financeiros, tendo em vista o progresso social, educacional, econômico e político.

         Sabendo que 151 municípios já tinham elaborado seu Plano Municipal de Educação, cidades grandes ou pequenas, modestas ou ricas, próximas ou distantes dos centros culturais foram consideradas para se fazer a primeira seleção para implantação da experiência-piloto de Cidade Educativa. Os envolvidos foram desafiados para demonstrar, eles mesmos, as inúmeras e inusitadas maneiras e condições de educar, com o aproveitamento ótimo e dentro das peculiaridades locais dos recursos de que podiam dispor.

         Na primeira fase da disputa foram selecionados, entre os 151 mencionados, 42 municípios, com base nos seguintes dez indicadores: força estudantil, alfabetização de adultos, participação política, volume de negócios, desenvolvimento global, universalização do primeiro grau, oportunidades de estudo oferecidos pelo município e pela iniciativa particular, recursos orçamentários do município para a educação, oportunidades de continuação de estudos no ensino do segundo grau e, por último, no ensino superior.  Nessa fase, tudo aconteceu em Belo Horizonte, à revelia dos municípios, baseando-se a comissão em dados colhidos em várias fontes.

         Neste interim, a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais enviou um ofício para o então prefeito Hidelbrando Canabrava Rodrigues, comunicando que Itaúna estava entre as 42 cidades mineiras escolhidas para concorrer ao título de “primeira cidade educativa do mundo”. O prefeito estava ausente e, no exercício do cargo, o vice Adolfo Mendes Filho, a passou para o seu Chefe do Departamento de Educação e Cultura, Prof.  William Leão. 

Ao tomar conhecimento do texto recebido, sentiu que era preciso tomar providência urgente, para continuar concorrendo ao título, pois havia prazo estabelecido para se cumprir nova tarefa. Foi neste contexto que foi procurado o Dr. Guaracy de Castro Nogueira- reitor da Universidade de Itaúna – que já tinha uma expectativa a respeito do desafio, desde o tempo do curso da ADESG e aceitou a incumbência de dar prosseguimento ao trabalho.

         Na segunda fase, os 42 municípios foram desafiados a confeccionar um jornal, tamanho tabloide, formato 24×32 cm, papel de jornal, com 12 fotografias sob o título Nós Somos Cidade Educativa”, para que cada cidade manifestasse direta e espontaneamente sua capacidade, demonstrando como a comunidade era capaz de agir produtivamente no sentido da prosperidade e bem-estar do seu povo, ativando a educação, a ciência e a tecnologia. Três artigos obrigatórios foram exigidos, falando sobre o passado, o presente e o futuro do município; outros, sobre educação, saúde, letras e artes, política, folclore e esporte, tudo impresso pelo velho sistema de composição de tipos. O saudoso tipógrafo Avelino Carvalho Neto, nas Oficinas Gráficas da Itaunense, deu um baile, fez uma obra de arte. 

Os artigos de fundo ficaram a cargo de Osmário Soares Nogueira (passado), José Waldemar Teixeira de Melo (presente) e Guaracy de Castro Nogueira (futuro). Outros colaboradores: Miguel Augusto Gonçalves de Sousa (Universidade), Yvette Gonçalves Nogueira (Obras Sociais), David de Carvalho (Folclore, Reinado e Teatro), Afonso Max de Oliveira (Educação e Comunidade), Nilo Caetano Pinto e Sargento Hermenegildo Thram (Esportes), Cosme Silva (Literatura), William Leão (Política) e Jésus Ferreira (Música). O prefeito Hidelbrando Canabrava Rodrigues deu todo apoio, patrocinou o jornal, sob direção do Prof.  William Leão e Dr. Guaracy de Castro Nogueira. Prefeitura, Universidade, Empresas, Jornal “Folha do Oeste”, Rádio Clube, Rotary, a comunidade como um todo enfrentou o desafio, principalmente nas etapas que se seguiram.

         Apenas 19 cidades foram capazes de elaborar o competente jornal dentro do prazo, até 20 de fevereiro de 1975: Araxá, Ouro Preto, Caeté, Passos, Congonhas, Ponte Nova, Divinópolis, Pouso Alegre, Governador Valadares, São João Del Rei, Ipatinga, São Sebastião do Paraíso, Itabira, Uberaba, Itajubá, Uberlândia, ITAÚNA, Varginha, Juiz de Fora. Muitas cidades foram eliminadas, não porque deixaram de fazer o tabloide, mas porque o fizeram de outro formato, papel de qualidade superior, número de páginas em desacordo com o padrão exigido, fotografias coloridas, ou então fotografias em número inferior ou superior ao determinado. Posteriormente, conseguimos o exemplar das 19 cidades vencedoras e ouvimos de membros da comissão julgadora que o melhor tabloide foi o de Itaúna, porque atendeu religiosamente, às exigências estabelecidas.

         Foi organizada uma comissão de especialistas, inclusive com personalidades da OEA (Organização dos Estados Americanos), de outros países, da área de Comunicação, professores, membros do Conselho Estadual, da Secretaria e do Ministério da Educação, sob a coordenação da Universidade do Trabalho (UTRAMIG), para dar mais uma “peneirada” nos 19 até então selecionados. E por fim, só restaram 16 cidades. Novo esforço foi realizado, desta feita levando em consideração os tabloides apresentados. Antes, no exame que se fez deles, levou-se em consideração apenas os aspectos formais e de apresentação gráfica, segundo as exigências feitas. 

 Os 16 jornais foram repartidos entre os membros da Comissão para um aprofundado estudo do conteúdo de cada um deles. Pesou na análise os três principais artigos a respeito do passado, do presente e do futuro de cada uma das comunidades. Foram selecionadas apenas oito cidades, quase na reta final. Novas reuniões se realizaram, consultas foram feitas a vários órgãos da administração, contabilizaram-se dados estatísticos, reexaminaram todos os artigos dos tabloides, selecionando as quatro semifinalistas. Itaúna recebeu com enorme entusiasmo o resultado divulgado para todo o Estado, através de todos os meios de comunicação: jornais, rádios e televisão. Itaúna, São João del Rei, Itabira e Uberlândia estavam no páreo.

         As quatro cidades selecionadas foram notificadas que seriam visitadas pela Comissão Julgadora, a fim de se apurar “in loco” o que se escreveu nos tabloides. A visita seria de um dia inteiro, principalmente para sentir se a população estava acompanhando o desenrolar da disputa e se queria ser mesmo uma Cidade Educativa. Para a Comissão o contato com as lideranças, os documentos e os dados estatísticos não era suficiente. Importante era ouvir a comunidade, a voz do povo a gritar “queremos ser Cidade Educativa! ” E nunca houve – na História de Itaúna - um envolvimento; uma mobilização tão grande da população em torno de uma causa.

         Para a comissão importavam as questões essenciais, verdadeiras questões de substância: relação entre a Educação e a comunidade; entre a Educação e o educando, entre a educação e o saber, entre os fins declarados e os fins realizados. No “Aprender a Ser”, relatório orientador para se buscar a CIDADE EDUCATIVA, urgia tornar realidade que a “Educação é, ao mesmo tempo, um mundo em si e reflexo do mundo”.

         Dentro desta ideia, a comissão se dirigiu para Itaúna, para sentir se Itaúna era capaz de considerar que existe -com efeito-  uma correlação estreita, simultânea e diferenciada, entre as transformações sociais do meio socioeconômico e as estruturas, os modos da ação educativa, mesmo porque a educação contribui funcionalmente no movimento da história.

         O título que se disputava não era visto como uma medalha, nem diploma, muito menos se esperava uma verba expressiva do governo! ITAÚNA queria apenas ter a possibilidade de aprender durante a vida inteira, pois a ideia de Educação permanente é a pedra angular da CIDADE EDUCATIVA. Uma revolução através da qual queríamos implantar uma ideia mestra para as políticas educativas para dos anos vindouros.

         Houve uma intensa mobilização na cidade para receber a comissão de maneira festiva e grandiosa. Os jornais e a Rádio Clube de Itaúna (única rádio existente à época) começaram a conclamar a população para receber a visita da Comissão.  Na sexta-feira da paixão, em plena procissão do enterro, naquele ambiente solene da Semana Santa, após o canto da Verônica, para uma multidão de mais dez mil pessoas, com o apoio do Cônego José Ferreira Netto – então Pároco de Sant'Ana-  o Dr. Guaracy usou do microfone e fez veemente apelo para que todos comparecessem na terça-feira seguinte, 4 de março, portando faixas com os dizeres, “Queremos ser Cidade Educativa”, a fim de se receber a Comissão Julgadora que visitaria a cidade. Tal atitude demonstrava o tamanho empenho dos líderes da cidade no envolvimento para a conquista deste título.

         A recepção da Comissão Julgadora foi apoteótica. Tiro de Guerra e Polícia Militar; banda de música, todas as autoridades dos três poderes presentes, líderes religiosos, alunos das escolas de todos os níveis, guardas de congado, times de futebol, professores e o povo a gritar “queremos ser cidade educativa”. A Comissão desceu no trevo e subiu a pé a rua Silva Jardim, aplaudida e ovacionada até chegar à praça defronte a Matriz, onde foram feitos vários pronunciamentos.

          As visitas começaram pelo Orfanato São Vicente de Paula. Tudo bem organizado e programado.  A equipe contava, entre outros, com o entusiasmo de Maria José Morais, Ana Alves, Zulmira Antunes, José Waldemar Teixeira de Melo, Luís Lage, Marco Elísio Chaves Coutinho e padre José Wetzels. Uma brilhante ex-aluna da Fundação São Vicente de Paulo, Elina Dirce, fez a apresentação da casa e de seus objetivos. Inteligente e de palavra fácil surpreendeu e recebeu o aplauso de todos.

No Hospital “Manoel Gonçalves”, com a presença de todos os médicos, os visitantes descobriram a marca principal da comunidade. Em Itaúna, em matéria social, havia a marca da benemerência de filhos ilustres que deixaram suas fortunas, para resolver graves problemas comunitários, na área da Saúde e da Educação.

         A Comissão deslocava-se de um local para outro a pé, seguida de uma multidão, demonstrando sempre que a comunidade estava unida na busca da responsabilidade de ser Cidade Educativa. A Escola Estadual de Itaúna e o Colégio Sant´Ana demonstraram, através de manifestações da direção, de alunos e professores, o quanto a cidade estava preparada para enfrentar o desafio proposto.     No almoço de confraternização no “Rancho Guarany”, as lideranças presentes transformaram aquele encontro num autêntico debate na ânsia de conhecer, em profundidade, o verdadeiro sentido da conquista, não do título, mas da tarefa de ser Cidade Educativa. 

Em nome da cidade, no salão nobre do Colégio Sant'Ana, o reitor da Universidade, Dr. Guaracy,  traçou o perfil da comunidade, analisando sua história,  sua vocação para servir e, como, ao longo dos anos, enfrentou desafios de toda natureza, nas áreas industriais, comerciais e de prestação de serviços, conquistando louros através do trabalho comunitário, na implantação de empresas, num ambiente sadio de convivência harmônica entre trabalhadores e empresários, em que sindicatos patronais e de operários se uniam para o desenvolvimento da cidade.

À tarde, na capela do Colégio Sant'Ana fez-se a apresentação cultural em que foram apresentados números musicais, executados por itaunenses, destacando-se Jesus Ferreira, no violino, e Affonso de Cerqueira Lima, no violão, dois intérpretes consagrados em seus instrumentos. Já anoitecendo, a Comissão se despediu, caminhando até a praça principal, sob os acordes dos instrumentos e o canto afinado dos seresteiros.

   Por fim, em duas reuniões, foram examinados todos os critérios e resultados. Os dados colhidos estavam em três grupos: A – Bem-Estar social:  Itaúna conseguiu 379,01 pontos e Itabira menos, 373,30 pontos; B – Iniciativas da comunidade para suprir deficiências no acesso da população aos serviços urbanos existentes: Itaúna conseguiu 282,80 pontos e Itabira menos, 238,29 pontos, e. C – Iniciativas da comunidade para participar na tomada de decisões; Itabira suplantou Itaúna, ela com 200 pontos e nós com 113,30 pontos. Saímos vencedores em dois grupos.

 No total eles ficaram com 811,59 e nós com 793,11 pontos. Diferença de 18,48 pontos, equivalendo a 0,018 (dezoito milésimos) do total de pontos. Porém, em Itabira, o número de sindicatos, de associações profissionais e de classe era muito maior. Em decorrência de tão mínima diferença, os representantes do MEC, UNESCO e OEA propuseram que não deveria haver distinção entre a primeira e a segunda colocada e que o título deveria ser dado às duas cidades no mesmo sentido de igualdade, proposta aprovada por unanimidade, transformando-se numa declaração oficial para ser lida, na sessão solene de encerramento do processo de escolha da Cidade Educativa.

         Foi no Auditório da Associação Médica de Minas Gerais que aconteceu a sessão solene de encerramento.  O regulamento previa uma decisão por pontos ganhos. Os dados até então apurados representavam 80% do total, cabendo os restantes 20% ao que fosse apresentado pelas cidades. Cada uma deveria apresentar um audiovisual com um tempo máximo de 20 minutos e uma palestra a cargo de um seu representante com o máximo de duração de 30 minutos. Ao audiovisual e à palestra seriam atribuídos pelos treze jurados notas, a fim de que se preenchessem os 20% restantes.

 Dentro, porém, do que havia sido unanimemente aprovado na reunião do dia 19 de abril de 1975, pela manhã, tomou-se a decisão do empate, mas a sessão transcorreu conforme havia previsto o regulamento, sem que as duas cidades soubessem do resultado já tomado em caráter definitivo. Itabira foi sorteada para apresentar em primeiro lugar seu audiovisual, em seguida coube idêntica tarefa a Itaúna. Falou o representante de Itabira, professor Romar Virgílio Pagliarini e, em seguida, o de Itaúna, professor Guaracy de Castro Nogueira.

         A Comissão Julgadora reunida com a totalidade de seus participantes presentes, por decisão unânime, leu a proclamação apontando Itaúna e Itabira com as primeiras cidades educativas do mundo!

         No dizer do Dr. Guaracy e que tem meu endosso e testemunho: ” O itaunense é um planejador frio, um lutador apaixonado; um vitorioso tranquilo, mas insatisfeito, sempre disposto a novos planos, novas lutas, novas vitórias. Homem equilibrado. Cônscio de riscos a vencer, parte decididamente em busca da vitória, superando óbices, antagonismos e obstáculos. É o que tem demonstrado, através dos tempos”.

         E salve a terra barranqueira de Sant’ana do rio São João Acima de Pitanguy – Itaúna – Comuna sempre brilhante!




REFERÊNCIAS:

FONTE IMPRESSA:  NOGUEIRA, Guaracy de Castro. In Enciclopédia Ilustrada de Pesquisa: Itaúna em detalhes. Ed. Jornal Folha do Povo, 2003, p. 28 a 31.

TEXTO ORGANIZADO PARA O BLOG: Professor Luiz Mascarenhas.

ORGANIZAÇÃO & ARTE: Charles Aquino

ACERVO FOTOGRÁFICO: Prof. Marco Elísio Chaves Coutinho 

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